Muita gente têm se manifestado a favor de
"remexer o passado", referindo-se, particularmente, à abertura de processos contra o, hoje falecido, Cel Carlos
Alberto Brilhante Ustra – o nosso CABU – e a episódios
ocorridos durante o combate ao terrorismo no Brasil.
Dizem ser necessário para garantir que não se
repetirão no futuro, quando, na verdade, o que querem é
lançar cortina de fumaça sobre fatos escabrosos praticados no passado,
anteontem, ontem e ainda hoje pelos mesmos bandidos de outrora, agora travestidos de representantes do
povo.
Pregam o julgamento de um passado devassado por inquéritos e enorme quantidade de obras literárias – como “A Verdade Sufocada” - que viraram do avesso os fatos e expuseram toda a verdade, de ambos os lados da contenda.
Dizem preocupar-se com os excessos do passado, mas não hesitaram em torturar e massacrar moralmente o nosso
CABU, até à morte, na tentativa
de desviar a atenção da sociedade sobre a série de delitos
que sintomatizam a impunidade, a
permissividade e a degradação moral que têm assolado o país nas últimas
décadas.
E agora? O “bode expiatório” morreu, a quem irão massacrar para
enganar os incautos, recontar a história e livrarem-se do peso e da vergonha da
derrota? CABU morreu lutando pela
vida e pela verdade, morreu em paz com a
sua consciência de Soldado porque cumpriu o seu dever, foi fiel ao Exército e
ao seu juramento, dedicou-se inteiramente ao serviço da Pátria e não temeu
arriscar a vida para cumpriu as ordens que recebeu.
Nunca pode descansar do combate e
usufruir da merecida glória de ser um vitorioso. Passou
a inatividade combatendo e, indefeso e quase só, enfrentou, com galhardia, a ira revanchista dos derrotados.
Ele continuaria a vencê-los se Deus, o Senhor dos Exércitos, não o tivesse retirado da linha de frente, mesmo a contragosto dele, de sua amada família e de seus amigos e admiradores.
Morre o herói, fica o exemplo.
Morre o guerreiro, mas não acaba luta. Morre o líder, mas não morre a sua
causa!
Ele nos mostrou como se combate o bom
combate e como se guarda a fé na missão e nos ideais. Não temos o direito de desmerecer
este legado, não temos o direito de abandonar a causa da liberdade pela qual
ele dedicou toda a sua energia de vida! Fica
para inspirar-nos e para lembrar-nos da garra e do permanente otimismo de
Carlos Alberto - como a ouvimos
tantas vezes chamá-lo -, Dona
Joseíta, o esteio e o amor da sua vida, que, com a fragilidade, a elegância
e a meiguice da sua feminilidade, a calma e a doçura da sua voz, o
conhecimento, a cultura, a inteligência, a cumplicidade e o bom senso dos seus
conselhos, nunca o deixou só, desamparado ou desesperançado.
À Dona Jô, além do nosso carinho
e do nosso pesar, o nosso agradecimento por tê-lo ajudado a manter a impulsão,
a altivez e a dignidade que fizeram dele O NOSSO HEROI e o símbolo
de uma luta que nunca acaba, mas que ele venceu e nos ensinou a vencer, todos
os dias!
Minha fé me conforta ao dizer que
Deus o tem, reconhece o seu valor e o conforta do afastamento terreno da sua
Jô, da sua família e de seus amigos!
= Nenhuma ditadura serve para o
Brasil =