Presidente orienta Forças Armadas a comemorar aniversário do golpe militar de 31 de março
[comentário 1: os 55 anos do Movimento Revolucionário de 31 de março de 1964, o CONTRAGOLPE que livrou o Brasil de ser uma nova Cuba, DEVE ser comemorado com todas as honras devidas aos grandes eventos.
O Brasil é hoje uma NAÇÃO SOBERANA graças àquele MOVIMENTO.]
O presidente Jair Bolsonaro orientou os quartéis a
comemorarem a “data histórica” do aniversário do dia 31 de março de
1964, quando um golpe militar derrubou o governo João Goulart e iniciou
um regime ditatorial que durou 21 anos.
Generais da reserva que integram o primeiro escalão do Executivo, porém,
pedem cautela no tom para evitar ruídos desnecessários diante do clima
político acirrado e dos riscos de polêmicas em meio aos debates da
reforma da Previdência.
Em um governo que reúne o maior número de militares na Esplanada dos
Ministérios desde o período da ditadura (1964-1985) – o que já gerou
insatisfação de parlamentares –, a comemoração da data deixou de ser uma
agenda “proibida”. Ainda que sem um decreto ou portaria para
formalizá-la, a efeméride volta ao calendário de comemorações das Forças
Armadas após oito anos. Veja onde estão os oficiais das Forças Armadas
no governo no "mapa dos militares". Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff, ex-militante torturada no
regime ditatorial, orientou aos comandantes da Aeronáutica, do Exército e
da Marinha a suspensão de qualquer atividade para lembrar a data nas
unidades militares. [comentário 2: o presidente da República não interfere na escolha dos assessores dos parlamentares, feita por eles e estes nada tem a ver com quem o presidente escolhe para sua equipe;
Dilma, a escarrada ex-presidente é uma nódoa, uma mancha, uma impureza na história do Brasil e deve ser esquecida - os cofres públicos, agradecem.]
O Planalto pretende unificar as ordens do dia, textos preparados e lidos
separadamente pelos comandantes militares. Pelos primeiros esboços que
estão sendo feitos pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, o
texto único ressaltará as “lições aprendidas” no período, mas sem
qualquer autocrítica aos militares. O período ficou marcado pela morte e
tortura de dezenas de militantes políticos que se opuseram ao regime. [comentário 3: dezenas de BRASILEIROS DO BEM, inclusive jovens soldados prestando Serviço Militar Inicial foram assassinados de forma covarde, violenta e vil - o exemplo do soldado Mario Kozel Filho, explodido por covardes terroristas, é inesquecível e hoje seus familiares recebem um salário mínimo de pensão;
já um dos seus assassinos, o famigerado Diógenes do PT, foi indenizado com R$ 400.000,00 e recebe pensão mensal;
o tenente PM Mendes, se entregou aos porcos guerrilheiros comandados pelo imundo Lamarca, no Vale do Ribeira-SP, passando a refém para que seus comandados feridos recebessem atendimento médico - Lamarca mandou que fosse morto a coronhadas para evitar a execução a tiros, devido fazer barulho.
O assassino demonstra tanto prazer que fica a impressão que vai ter um orgasmo.]
O texto também deve destacar o papel das Forças Armadas no contexto
atual. De volta ao protagonismo no País, militares são os principais
pilares de sustentação do governo Bolsonaro. Por isso, generais da
reserva disseram à reportagem que no entendimento da cúpula das Forças
Armadas e do próprio presidente, a mensagem precisa ser “suave”. Eles
afirmam que não querem nenhum gesto que gere tumulto porque não é hora
de fazer alarde e/ou levantar a poeira. O momento, dizem, é de acalmar e
focar em reverter os problemas econômicos, como reduzir o número de
desempregados.
Investigações
A suspensão da festa em comemoração a 1964 por
Dilma coincidiu com a criação da Comissão Nacional da [in]Verdade. O grupo
foi criado pela presidente em meio à pressão da Organização dos Estados
Americanos (OEA), que condenou o Estado brasileiro pelo desaparecimento
de guerrilheiros na região do Araguaia, e da Justiça Federal, que
cobrava a entrega de restos mortais a familiares de vítimas da ditadura.
Embora não tenha avançado nos esclarecimentos dos episódios mais
emblemáticos do período, a comissão desagradou aos militares. Na época,
segundo relato de oficiais, ficou estabelecido uma espécie de acordo
informal com o Exército – comandado à época pelo general Enzo Peri – de
que não haveria “perseguição”. Oficiais afirmam que Dilma, na ocasião,
chegou a dizer: “Não farei perseguição, mas em compensação não quero
exaltação”.
Do outro lado, integrantes da comissão chegaram a demonstrar desconforto
com a postura do então ministro da Defesa, Celso Amorim, e dos
comandantes das Forças Armadas de, segundo eles, não se esforçarem na
busca de informações. O relatório final do grupo foi entregue em
dezembro de 2014 e considerado um fiasco por pesquisadores e parentes de
desaparecidos políticos. A partir daí, as comemorações nas unidades militares minguaram. A
lembrança da passagem do 31 de março ficou limitada às atividades do
Clube Militar, com sede no Rio, formado por oficiais da reserva.
Em janeiro de 2016, o então chefe do Comando Militar do Sul, o atual
vice-presidente Hamilton Mourão, deixou o posto com um discurso em que
citava a derrubada de Goulart. Ele lembrou que assumiu o cargo em 31 de
março de 2014. “31 de março, grande data”, disse. Ao lado dele estava o
substituto, general Edson Pujol, hoje comandante do Exército.
Cabeceira
O próprio Bolsonaro já declarou ter como ídolo um dos
símbolos do regime militar, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra,
morto em 2015. Ustra foi comandante do DOI-Codi do II Exército, em São
Paulo, onde teriam morrido 45 prisioneiros. Durante a campanha, o presidente disse que seu livro de cabeceira é A verdade sufocada,
uma versão de Ustra para os assassinatos de opositores do regime. Na
época da campanha eleitoral, generais chegaram a sugerir que Bolsonaro
não repetisse a afirmação. [comentário 4: tenho orgulho de possuir, os dois livros de autoria do coronel CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA - A VERDADE SUFOCADA e ROMPENDO O SILÊNCIO - que li e reli incontáveis vezes.]
Ao votar pelo impeachment de Dilma, Bolsonaro citou Ustra no discurso,
causando polêmica. “Perderam em 64, perderam agora em 2016. Pela
família, pela inocência das crianças em sala de aula, que o PT nunca
teve, contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São
Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor
de Dilma Rousseff, pelo Exército de Caxias, pelas Forças Armadas, pelo
Brasil acima de tudo e por Deus acima de tudo, o meu voto é sim”,
declarou na ocasião em plenário. [comentário 5: o presidente Bolsonaro, foi modesto, já que não citou que os comunistas perderam em 35 e perderão quantas vezes for necessário.]
Tânia Monteiro - O Estado de S. Paulo