Análise Política
A boa notícia do momento é que nos próximos dias devem chegar lotes do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção de vacinas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Butantan (leia). Quem diz é o Ministério da Saúde,
A
AstraZeneca/Oxford e a CoronaVac dependem de importar o produto. E num
quadro internacional de escassez relativa de vacinas isso é um
permanente desafio. Alentador que já esteja
contratada para futuro próximo a situação na qual o Brasil conseguirá
produzir vacinas sem depender desse tipo de importação. Aliás, é um
debate que vem sendo relegado na Comissão Parlamentar de Inquérito no
Senado da Covid-19. [para a turma da Covidão-19 só vale a pena debater assuntos que possam prejudicar o governo do presidente Bolsonaro e, por extensão, aos brasileiros - para os sem noção que criaram a Covidão, a SAÚDE DA POPULAÇÃO é um detalhe que se bem usado pode encher o bolso de muitas 'autoridades locais'.
Só que vão quebrar a cara e reeleger o capitão.]
O depoimento da Pfizer foi
claro ao descrever a lentidão das respostas do governo federal. Mas
infelizmente não pôde esclarecer por que a oferta de imunizantes ao
Brasil foi de início tão desproporcional ao que se ofereceu, por
exemplo, para os Estados Unidos.
Além da
verificação de responsabilidades a respeito de ações passadas, será
positivo se a CPI puder oferecer sugestões concretas e caminhos sobre o
que o Brasil precisará fazer para essa situação de dependência aguda ser
evitada no futuro, em situação semelhante.
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político