Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
“Como se tornou o
padrão”, diz de forma resignada o juiz americano Mark T. Pittman em sua decisão
de janeiro, “as partes não conseguiram concordar com uma agenda de produção [de
documentos] mutuamente aceitável”.
As partes são a Administração de Alimentos e
Drogas dos Estados Unidos (FDA) e a organização sem fins lucrativos
Profissionais da Saúde Pública e Médicos pela Transparência (PHMPT). A última
forçou a primeira, via Lei de Acesso à Informação do país, a liberar documentos
a respeito dos trâmites que levaram à aprovação da Comirnaty, vacina de mRNA da
Pfizer-BioNTech. O processo começou em setembro de 2021.
Vacina da Pfizer: documento traz informações inéditas| Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS
A
FDA foi condenada pelo juiz a tornar públicas 300 mil páginas dos
documentos, começando com a liberação imediata de 12 mil, seguida de 55
mil páginas por mês. Antes, em novembro, a agência havia proposto
liberar os documentos no ritmo de 500 páginas por mês. Isso significa
que a liberação completa levaria 55 anos ou mais. A justificativa para
esse plano intergeracional é que somente dez funcionários cuidam dessa
tarefa, e que já estavam ocupados com 400 outros pedidos de informação
via lei de acesso à informação. É preciso, por exemplo, anonimizar
pacientes nos documentos. Mas o juiz não se convenceu.
O
juiz mandou que a ONG e a agência publiquem um relatório de progresso
no dia 1º de abril. A primeira leva de 55 mil páginas foi liberada no
dia 1º de março, perdendo atenção nas notícias para a situação na
Ucrânia. A ONG reclamante selecionou 150 arquivos, equivalentes a 500
páginas (menos de 0,2% do total) e os disponibilizou em seu site. A Gazeta do Povo traz abaixo uma seleção das informações contidas nesses documentos, com explicações e pontos de cautela.
BMJ x Facebook Um documento traz informações previamente confidenciais de 191 locais em que foramrealizados os estudos da vacina, e o pesquisador responsável por cada um.
A grande maioria é nos Estados Unidos, mas também foram envolvidos África do Sul, Alemanha, Argentina, Turquia e inclusive o Brasil. Alguns pesquisadores ficaram responsáveis por mais de um centro. Por exemplo, a pesquisadora Laura Hammit, da Universidade Johns Hopkins, ficou com nove centros.
No Brasil dois locais foram envolvidos: Cristiano Zerbini cuidou do estudo no CEPIC (Centro Paulista de Investigação Clínica e Serviços Médicos Ltda.), em São Paulo; e Edson Moreira da Fiocruz conduziu o estudo no Hospital Santo Antônio e Associação Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador.
Estão
listados também quatro locais em que o estudo foi conduzido pela
subcontratada Ventavia Research Group,de onde veio uma denúncia de más
práticas de pesquisa pela ex-funcionária Brook Jacksonpublicada em novembro de 2021na revista científica British Medical Journal (BMJ). Brook Jackson tem
experiência de 18 anos em ensaios clínicos e tinha posição imediatamente
abaixo de CEO na Ventavia, supervisionando a obediência da empresa às
leis, regulamentos e protocolos científicos.
A
publicação da BMJ foi rotulada no Facebook como “sem contexto” pela
agência de checagem de fatos Lead Stories. Seguiu-se uma disputa pública
entre a agência e a revista. Jackson no momento está processando a
Ventavia e a Pfizer em um tribunal do Texas que liberou no mês passado um documento dos trâmites do processo.
A
ex-auditora clínica alega ter observado diariamente “fabricação e
falsificação de informações em amostras de sangue, sinais vitais,
assinaturas e outros dados essenciais” do estudo local, acusa a Ventavia
de ter incluído participantes ilegítimos, incluindo familiares, de ter
mantido o imunizante em temperatura inadequada, entre outras más
práticas. Importante lembrar que somente 2% dos locais de teste foram
administrados pela Ventavia.
Engolir moeda, ser atingido por um raio: eventos adversos? Particularmente interessante é o documento de título “Análise Cumulativa de Relatos de Eventos Adversos Pós-Autorização da [Comirnaty] recebidos até 28 de fevereiro de 2021”. As primeiras doses do imunizante foram autorizadas para armazenamento em 1º de dezembro de 2020, e para uso emergencial dez dias depois nos Estados Unidos. A aprovação completa veio quase um ano depois, em 21 de agosto de 2021. Portanto, os dados incluídos neste relatório vão até seis meses antes da aprovação completa da vacina da Pfizer.
A análise cumulativa foi produzida em
resposta a uma requisição da FDA por um plano de farmacovigilância, como
a introdução do documento mostra. Antes de discutir os resultados, é
muito importante que fique clara a diferença entre evento adverso e efeito colateral.
Evento adverso é quase literalmente qualquer coisa negativa que possa
acontecer com um participante de um estudo clínico como o
desenvolvimento da vacina.
Em um documento similar a
respeito da segurança da vacina da Pfizer para crianças, disponível no
site da FDA, é listado como evento adverso, por exemplo, o caso de uma
criança que engoliu uma moeda (p. 45).
Já outro relatório a respeito da vacina de mRNA da concorrente Moderna
lista como evento adverso sério o caso de uma pessoa idosa que foi atingida por um raio (p. 54). Ninguém em sã consciência pensaria que esses seriam efeitos de ter tomado as vacinas. A palavra efeito implica relação de causa e consequência.
Sabemos que a miocardite em homens jovens a uma taxa de 10 a 20 por 100 mil é um provável efeito
da vacina da Pfizer. Mas isso é porque foram feitas mais investigações
para ligar o evento adverso a este fator.
É por cautela que os
pesquisadores incluem todo tipo de evento adverso não só daqueles
pacientes que receberam a vacina como também dos que não receberam e são
do grupo controle (que não recebe nada) ou placebo (que recebe algo
inócuo sem saber se é a vacina ou não). Inicialmente ao menos, os
pesquisadores também não sabem quem recebeu a vacina ou não (a falta de anonimização de
participantes foi um dos defeitos alegados por Brook Johnson no caso
dos testes locais da Ventavia).
Além disso, ao coletar eventos adversos
ativamente ou passivamente, os pesquisadores também não sabem se um
evento adverso como, digamos, derrame cerebral é comparável ao caso de
engolir moeda ou ser atingido por um raio, ou se é mais parecido com a
miocardite masculina jovem.
Por isso, aqueles que
estão usando a liberação desses documentos para alegar ou insinuar que todos os
eventos adversos listados na análise cumulativa foram causados pela vacina da
Pfizer estão fazendo desinformação, de forma consciente ou não.
Resultados da análise cumulativa até fevereiro de 2021 Ao atender ao pedido judicial por informação, a FDA removeu do relatório da análise cumulativao número total de doses entregues ao redor do mundo (p. 6), mas informa que há 42 mil relatos de eventos adversos, 2% dos quais são mortes. A remoção das informações é feita com uma tarja cinza com um código em cor preta que vem da lei americana e significa que foi ocultada uma informação sensível. Pode ser sensível para o governo federal, ou uma informação comercialmente sensível para a fabricante da vacina.
Por
exemplo, é ocultado o número de novos funcionários que a Pfizer
contratou em tempo integral na época para lidar com os relatos de
eventos adversos, que é informação privilegiada a respeito da empresa,
assim como o número de funcionários que ela planejava contratar até
junho de 2021. A FDA não existe para prejudicar comercialmente a Pfizer,
mas para regular seu trabalho e monitorar a segurança de seus produtos.
No entanto, a remoção da informação do número total de doses tem o
efeito de dificultar o cálculo da incidência de cada tipo de evento
adverso por dose.
Fica evidente a
inadequação dos relatos de eventos adversos para fazer conclusões
causais quando se analisa os 42 mil casos. Por exemplo, 71% dos relatos
são a respeito de mulheres, contra 22% dos homens (o resto não tem
informação de sexo). Isso não está de acordo com um dos efeitos
adversos preocupantes mais bem conhecidos, que acontece mais em homens
jovens. Uma hipótese que explica isso melhor é que as mulheres são mais
propensas que os homens a buscar ajuda médica, são mais avessas a correr
riscos. Isso exemplifica como os relatos têm ruídos de influências
diversas que nada têm a ver com a real incidência de reais efeitos
colaterais. No entanto, mais pessoas do grupo dos vacinados tiveram
eventos adversos comparadas às do grupo placebo. A febre severa foi 14
vezes mais comum entre vacinados, por exemplo.
O tema
central de muitos dos documentos liberados é justamente os efeitos
adversos cobertos pela análise cumulativa de um ano atrás. Ela já está
desatualizada. Temos análises envolvendo mais pessoas, com mais rigor.
Uma delas, organizada por um consórcio de planos de saúde, foi publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA),
com a primeira autoria de Nicola Klein, do Centro de Estudos de Vacinas
do plano de saúde Kaiser Permanente. O estudo monitorou semanalmente os
eventos adversos em 6,2 milhões de pacientes com duas doses cada até
junho de 2021, ultrapassando a cobertura de tempo da análise cumulativa
da Pfizer. Aproximadamente metade desses receberam a vacina da Pfizer, metade recebeu a vacina da Moderna, também de mRNA.
Os cientistas dos
planos de saúde investigaram por teste estatístico se os eventos adversos
observados nos vacinados estão acima dos níveis esperados. A inflamação do
coração e em seu revestimento foi observada em 34 casos, 85% deles em homens
jovens.
Esse evento esteve acima do esperado para a população em geral, o que
sabemos de outros estudos, pois essa inflamação, além de ser evento adverso, é
também efeito colateral.
Consistentemente com outros estudos, foi leve e
passou rápido na maioria dos casos. Nenhum outro evento adverso esteve mais
presente entre vacinados que na população em geral.
Mais informações liberadas por via judicial Apesar de ser uma pequena fração do que está por vir nas 55 mil páginas de informações a serem liberadas mensalmente pela FDA a respeito da vacina da Pfizer/BioNTech, já há muita informação nos 150 arquivos liberados. A principal informação é a do
relatório da análise cumulativa, em torno dos quais muitos outros arquivos
orbitam, sendo dados brutos. Há mais coisa digna de menção neste comentário
inicial.
Na defesa da
Comirnaty, especialmente contra críticas exageradas, alguns podem ser tentados
a alegar que o uso pretendido da vacina é o que ela está entregando agora:diminuir o risco de um quadro de covid mais grave. Os documentos mostram que
isso não é verdade e a vacina foi apresentada à FDA como “imunização ativa para
prevenir a doença de coronavírus 2019 (COVID-19)”.Prevenir a doença é
diferente de prevenir um pior quadro dela.
Os
documentos mostram que a Pfizer já sabia, através dos modelos animais,
que mais doses intensificavam efeitos adversos: “A incidência e
severidade das reações foi maior depois da segunda ou terceira injeções
comparadas à primeira injeção. A maioria dos animais tiveram um edema
muito tênue depois da primeira dose. Depois da segunda ou terceira dose,
a severidade do edema aumentou para grau moderado ou, raramente,
severo.” Também é revelado que a fabricante sabia do rápido decaimento
da proteção vacinal.
É confirmado pelos
arquivos que o imunizante não fica no local da aplicação e se espalha pelo
corpo, como já havia sido sugerido pela Agência Europeia de Medicamentos e por
um relatório japonês que vazou. As nanopartículas de mRNA são encontradas em
pequenas quantidades nos ovários, no baço e 16% ficam no fígado após 48 horas
da injeção.
Estamos só no começo da jornada de saber o
que houve nos bastidores da FDA quando a Pfizer fez seu pedido de
licença para a vacina Comirnaty. Porém, como no caso do relatório da
análise cumulativa de eventos adversos, muita cautela deve ser usada na
hora da interpretação da novidade das informações.Circular uma lista de
mais de mil eventos adversos listados no relatório como se fossem todos
conhecidos como efeitos colaterais é, de fato, desinformação.
O documento responsabiliza as acusadas por danos sociais e morais
coletivos decorrentes de omissões no processo de vacinação
O Ministério Público Federal, através do procurador da República Cléber
Eustáquio Neves, moveu uma ação civil pública contra a Anvisa e as
farmacêuticas produtoras de vacinas contra a covid-19 aplicadas no
Brasil. O documento de 84 páginas responsabiliza as acusadas por danos
sociais e morais coletivos decorrentes de uma série de omissões no
processo de vacinação — especialmente na faixa de crianças e
adolescentes —, inclusive quanto a estudos incompletos sobre eficácia e
segurança das vacinas.
Ministério Público move ação contra a Anvisa e farmacêuticas que produzem a vacina contra covid-19 no Brasil - Foto: Shutterstock
Entre outros pedidos liminares, o procurador determina a proibição da edição de qualquer norma de obrigatoriedade de vacinação contra covid e um processo eficaz de monitoramento dos eventos adversos das vacinas, cujas vítimas deverão ser indenizadas. O valor da ação foi fixado em R$ 500 milhões.
A seguir, alguns trechos do documento:
“A respeito da vacina produzida e comercializada, o estudo de Fases I/II/III da vacina Comirnaty/Pfizer permanece em curso, recrutando voluntários, registrado no ‘clinicaltrials.gov’ sob a identificação NCT0436872830, com previsão de término apenas em 2 de maio de 2023.
Estamos em janeiro de 2022 e o produto da empresa Pfizer está sendo amplamente aplicado em seres humanos, inclusive em grávidas, sem que sequer o estudo de Fases I/II/III tenha sido finalizado.
De forma mais surpreendente, a Pfizer conseguiu o registro definitivo para seu produto experimental, o primeiro no Brasil. Licença concedida pela Anvisa em 23 de fevereiro de 2021, baseada tão somente em análise documental.”
“A Fase IV sequer é mencionada nas 56 páginas do parecer — devendo-se ressaltar novamente que, conforme demonstrado, os estudos científicos precisam concluir as quatro fases para que um medicamento deixe de ser considerado experimental.”
O estudo clínico dessa faixa etária era ainda mais precário do que o utilizado para aprovar o registro definitivo do produto para adultos
“Evidencia-se assim, com relação ao procedimento adotado pela Anvisa em todos os requerimentos formulados pela Pfizer/BioNTech até o momento, que os pedidos da fabricante estão sendo deferidos sem uma análise cautelosa e aprofundada, sem a adoção de qualquer medida de precaução para eventos adversos que podem causar graves lesões à pessoa vacinada com seu produto.”
“A incúria da Anvisa chegou ao extremo de deferir a ampliação da vacinação para a faixa de 12 a 15 anos como se se tratasse de mera extensão da bula do registro definitivo da Comirnaty/Pfizer, sem observar que o estudo clínico dessa faixa etária era ainda mais precário do que o utilizado para aprovar o registro definitivo do produto para adultos, estando também em um estágio muito mais precoce do que o dos testes em maiores de 16 (dezesseis) anos. O estudo que a Anvisa aceitou como suficiente para conceder o registro definitivo da vacina para a faixa de 12 a 15 anos compreende apenas testes clínicos de Fase I/II com pouco mais de mil adolescentes sendo acompanhados por apenas dois meses.”
“O procedimento da Anvisa de autorizações e deferimentos subsequentes em favor da Pfizer/BioNTech descumpre o Art. 10 da Resolução/RDC n. 475, de 10 de março de 2019, quanto à apresentação de todos os documentos exigidos pela Guia n. 42/2020, especialmente na parte em que menciona que o uso emergencial — etapa ainda mais precária que o registro definitivo concedido — somente poderia ser autorizado mediante apresentação de ‘dados de segurança dos estudos de Fase III referentes a um segmento mediano de, pelo menos, dois meses após a última imunização e estabelecimento de um perfil de segurança preliminar para eventos adversos graves’ (inciso XII), sendo certo que os estudos clínicos dos adolescentes de 12 a 15 anos e das crianças de 5 a 11 anos não cumpriram essa exigência.”
“Vê-se que, sob todos os aspectos, a Anvisa e a própria Pfizer negligenciam, por completo, os efeitos nefastos, imediatos e futuros, que a vacinação nessa faixa etária pode acarretar, com prejuízos irreparáveis às crianças.”
“O Center for Disease Control and Prevention (CDC), órgão americano de saúde, publicou em outubro de 2021 um registro reconhecendo que as vacinas de mRNA (RNA mensageiro), como a Comirnaty/Pfizer, têm sido associadas a um risco de miocardite/pericardite muito maior do que o anunciado inicialmente, tendo afirmado que os registros nos jovens com menos de 20 anos do sexo masculino seriam superiores a 100 casos por milhão de doses (deixando em aberto a real quantidade ao usar o termo ‘>100 cases’), sendo que os registros do CDC referem-se apenas aos casos de complicação cardíaca grave ocorridos em até 7 dias após a vacinação, sendo ignorados/excluídos nesse levantamento os casos detectados posteriormente a esse período.”
“Efetivamente, tem-se que disponibilizar a toda população brasileira vacinas e imunizantes de caráter experimental, sem qualquer estudo prévio de suas consequências, notadamente quando não restou concluído o processo de formação e demais estudos clínicos, causa tanto dano social como dano moral coletivo.”
“Como se denota, por tudo que foi escandido acima, toda a população brasileira foi instada a participar de experimentos científicos, sem a conclusão dos estudos clínicos e sem receberem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que é exigido em qualquer experimentação dessa natureza.”
[em que pese a contundência da denúncia apresentada pelo MP, mantemos o nosso ponto de vista favorável aos imunizantes, tendo em conta que muitos dos nossos são beneficiários de inúmeras vacinas, que recebemos no século passado, e também das recebidas contra a covid-19 - CoronaVac e Pfizer - e que até o presente momento não nos causou nenhum inconveniente.
Nossa opinião é que a Anvisa se deixou contaminar pela 'mosca azul', tanto que ao tempo que se recusa identificar autores de alguns pareceres, faz questão de transformar suas reuniões de trabalho em verdadeiros 'showmícios' - com ampla divulgação de mídia militantes.
Seu presidente, que antes primava pela reserva nos seus pronunciamentos, chegou ao ponto de fazer pronunciamentos de 'desafio' ao presidente da República - será que esqueceu que é um oficial-general, ainda que da reserva?]
Imunizante chinês está fora dos planos do Ministério da Saúde para o PNI
no próximo ano e, até meados de dezembro, não tinha novas remessas
produzidas no Brasil há cerca de dois meses
Primeira vacina contra a Covid-19
a chegar aos braços dos brasileiros, em janeiro, a CoronaVac tem futuro
incerto para 2022. Sem encomendas federais para 2022, o imunizante
desenvolvido na China pela farmacêutica Sinovac BionTech e
operacionalizado no Brasil pelo Instituto Butantan vive um limbo onde
antes havia grandes expectativas.
O
atual status da CoronaVac pouco lembra a onda de otimismo gerada pela
sua aplicação na enfermeira Monica Calazans, em 1 de janeiro, cena que
transformou o enredo do combate à pandemia no país. Quase um ano após
essa estreia, o imunizante está, por ora, fora dos planos do Ministério
da Saúde para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Há cerca de dois meses, quando afábrica do Instituto Butantanenvasou as mais recentes unidades, a vacina não tem novas remessas
produzidas no Brasil. Novas compras de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA),
da China, não estão encomendados nem têm previsão de chegar. Na última
sexta, o governo brasileiro anunciou que vai enviar 500 mil doses para o
Paraguai, em uma doação para o consórcio Covax Facility, liderado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).
A
presença tímida da CoronaVac hoje destoa dos ambiciosos planos traçados
para o imunizante no início. Os projetos do Butantan, em consonância
com o governador de São Paulo, João Doria,envolviam a independência
total na produção do antígeno em solo paulistano. Para isso, o instituto
iniciou a instalação de uma fábrica de 11 mil metros quadrados em seu
pátio de produção, na Zona Oeste da capital paulista.
Atrasadas,
as obras devem se estender ao longo do ano que vem. O prazo anterior
para a entrega do prédio, divulgado pelo Butantan, era de setembro de
2021 —com as primeiras doses sendo totalmente produzidas no Brasil em
dezembro — o que, evidentemente, não ocorreu. Agora, a previsão para ter
a fábrica totalmente operacional é o segundo semestre de 2022, disse
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, ao GLOBO. — Estará apta a funcionar, mas qual vacina produzir é uma questão que neste momento não dá para responder —afirmou Covas.
Passada
essa fase, as primeiras vacinas só devem ser produzidas após trâmites
regulatórios. O custo para colocar a construção de pé é de cerca de R$
200 milhões, sem contar equipamentos.
Diversas vacinas Desde o princípio, o projeto foi desenhado para produzir diversos imunizantes, mas com dedicação especial à CoronaVac. A estimativa anunciada era de que a fábrica produzisse em torno de 100 milhões de doses anuais da vacina. — Essa fábrica em
construção é multipropósito. Entre as vacinas que pode produzir, está a
CoronaVac. Ela vem exatamente atender às demandas do Butantan para
vários imunizantes, como a vacina da raiva, da hepatite B, da dengue
—explica Covas.
Retomar o espaço que a CoronaVac teve no PNI nos
primeiros meses de 2020 figura como uma missão dificílima, diante do
amplo oferecimento de outros imunizantes contra a Covid no país. O
veto da Saúde para o ano que vem, como afirmou diversas vezes o
ministro Marcelo Queiroga, está relacionado ao fato de a CoronaVac só
ter autorização de uso emergencial e não o registro definitivo na
Anvisa.— O objetivo é oferecer vacinas para o mundo. Essa dependência que o
Butantan tem atualmente do Ministério da Saúde não é salutar. O Butantan
quer sua autossuficiência nessa área — afirma Dimas Covas. [esse cidadão, Dimas Covas, deve se considerar realizado se conseguir devolver ao Instituto Butantan, pelo menos parte do prestígio secular daquela instituição. Ao nosso entendimento, não adianta o 'joãozinho' e companhia tentarem responsabilizar o governo Bolsonaro - fizeram a escolha errada e agora arquem com as consequências. E jogar para as crianças o que não serve para os adultos é além de covardia uma esperteza criminosa.]
Nicho infantil Embora a ideia de transformar a CoronaVac em um imunizante de “nicho”, somente para crianças, não seja bem aceita pelo Butantan, especialistas em saúde acreditam que a vacina cairia bem especificamente para esse público, por conta de seu perfil de segurança, com poucos efeitos adversos.
Mas, para chegar ao braço da população de 3 a 17 anos, a vacina ainda precisa passar pelo crivo da Anvisa.O segundo pedido para essa liberação ocorreu no último dia 15 e tem prazo de até 30 dias. A agência alegou que faltaram documentos na requisição, o que o instituto nega. — A CoronaVac foi um prato de arroz e feijão para quem estava morrendo de fome, salvou muitas vidas. Mas hoje temos dados que não tínhamos. Sabemos, por exemplo, que ela tem resultado bom, mas inferior a outras quando se trata de pessoas acima de 60 anos.Antes não era correto ser sommelier de vacina, agora podemos, sim, escolher — diz o infectologista Alexandre Naime Barbosa, membro do Comitê de Monitoramento Extraordinário da Covid-19 da Associação Médica Brasileira (AMB).Saúde - O Globo
Pergunte a qualquer especialista digno do nome se a pandemia
acabou.E se chegou a hora do liberou geral.
Duvido que algum responda “sim” e “sim”.
E por que não se nota uma grita generalizada contra a reabertura ampla, geral e
irrestrita das atividades?
Pois o patamar de mortes/dia por Covid-19 ainda bate as centenas.
A explicação está mais no âmbito da ciência política que da
infectologia, da imunologia ou da epidemiologia. O liberou geral decorre da
crescente péssima relação custo/benefício, para os políticos, de continuar
tentando impor as antes celebradas medidas de distanciamento social para
redução da circulação do SARS-CoV-2.
A real é que o pessoal se cansou e decidiu virar a página. E
os políticos, de olho nas urnas do ano que vem, resolveram que não é o caso de
dar murro em ponta de faca. Fim. Poderiam, pelo menos, reforçar a necessidade do uso de
máscaras quando a circulação volta ao normal. Mas nem isso.
É verdade que chegamos a bons níveis de vacinação e
estamos batendo
no número mágico de 60% de vacinados com duas doses, ou única.
Mas
outros países bem vacinados vêm assistindo a repiques de casos e mortes
por novas
variantes, e o conceito de “completamente vacinado” sofre mutações em
velocidade
viral.
A aplicação de doses de reforço espalha-se pelo planeta. Ou
melhor, pela parte rica do planeta. Os países pobres continuam comendo poeira.
Não chega a ser novidade. Sim, não parece, mas o Brasil ainda convive com milhares de
casos e centenas de mortes no registro diário. Uma atenuante, dirão, é os
números estarem declinando já faz algum tempo. Eles vêm caindo desde
março/abril, quando a taxa de vacinados ainda era pequena. Eis outro “por
quê?” à espera de resposta.
E outra: se estamos abrindo agora porque os números estão caindo,
por que não abrimos antes? Uma boa hipótese para o declínio de casos e mortes desde
março/abril é a variante Gama(“de Manaus”) ter “vacinado” em massa a população
brasileira, mas isso ainda aguarda comprovação. [comprovação que jamais será reconhecida - reconhecer que a variante Gama - "vacinou" em massa a população brasileira é reconhecer a imunidade de rebanho = admitir que o presidente Bolsonaro sempre esteve certo.l
É muita coisa para os inimigos do Brasil admitirem.]
Outra hipótese a pesquisar é se vacinas de vírus inativado
não seriam mesmo mais eficazes contra variantes. Mas não tem sido elegante tocar nessa
possibilidade em certos círculos, dado que a CoronaVac é chinesa.
Mudando de assunto, os Estados Unidos reabrem o turismo a
vacinados, inclusive com as vacinas chinesas da Sinovac (nossa CoronaVac) e
Sinopharm. E Israel, pioneiro na vacinação em massa, aceita, além dessas,
também a russa Sputnik V, apesar de o imunizante não estar chancelado pela
Organização Mundial da Saúde.
E no Brasil? Por que a CoronaVac ainda não tem aqui o
registro definitivo e a Sputnik V continua bloqueada? As respostas deveriam estar sendo cobradas da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas esta corre em raia mais ou menos
livre desde que conseguiu transmitir a impressão de não estar alinhada a Jair
Messias Bolsonaro. Parece ter recebido, por causa disso, um amplo passe livre.
Além de se manifestar contra a vacinação em geral, o presidente
afirmou três vezes, somente nesta semana, que a Coronavac não tem
eficácia científica comprovada. Por outro lado, o Ministério da Saúde
informou que já distribuiu mais de 101 milhão de doses da Coronavac. Vai daí que: ou o presidente mente descaradamente ao declarar
ineficaz uma vacina aprovada e distribuída por órgãos técnicos de seu
governo; ou o Ministério da Saúde engana descaradamente a população
brasileira ao oferecer um medicamento imprestável.
Ele costuma colocar a culpa nos outros,
mas não tem como dizer, por exemplo, que o Ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga, é o único responsável pela aplicação da vacina do Instituto
Butantan. De todo modo, como a eficácia da Coronavac tem farta comprovação
científica, no Brasil e em outros países, como Chile, para não citar a
China, produtora original da vacina, a conclusão é inevitável: Bolsonaro
mente. Mas isso se estivéssemos tratando de uma pessoa normal. Mentiroso é
quem afirma algo sabendo tratar-se de mentira. Não é o caso. Pelo seu
comportamento nesta e em outras situações, Bolsonaro demonstra que não
acredita – isso mesmo, não acredita – nas informações científicas sobre a
Covid e muito menos sobre a eficácia da Coronavac. [nossa posição pró vacinas é pública e notória; mas certas coisas não podem ser ignoradas ou esquecidas e uma delas é que a Coronavac não está entre as que desfrutam de maior credibilidade.
Até o 'joãozinho', - que governa os paulistas pensando em ser escolhido candidato à Presidência em 2022 - que chegou a ser caixeiro viajante da Coronavac (se Bolsonaro defendesse qualquer vacina com o empenho que o tucano defendeu a chinesa, seria acusado de prevaricação; Doria defendeu o imunizante chinês até que sentiu que o barco chinês estava afundando e como todos os ... esqueceu a maravilha.
O próprio Instituto Butantan que no passado gozou de grande credibilidade, começa a se enrolar quando tenta defender a Coronavac. Agora mesmo, no episódio em que a Anvisa suspendeu parte do fármaco da Sinovac, o Butantan tentou avalizar a empresa que processo o envasamento do imunizante e seu opinião não foi considerada. A suspensão permanece.]
Diria, de novo, uma pessoa normal: ciência não é algo em que se
acredita ou não. Ciência é experimento, prova, demonstração, testes.
Diferente de senso comum praticado por pessoas ignorantes que se acham
portadores da verdade para tudo. Sabe aquele cara que diante de uma informação científica, olha para você com ar superior e diz: e você acredita nisso? Muita gente entende que há uma estratégia por trás desse
comportamento de Bolsonaro. Mas qual seria a estratégia de espalhar
mentiras e confundir a população, junto à qual, aliás, perde confiança
toda semana?
Não é estratégia. Na verdade, ao desclassificar a vacinação, a
Coronavac, os números sobre a pandemia(acha que o número de mortos é
bem menor do que o registrado pelo seu próprio governo) e a gravidade da
doença(acha que os mortos por Covid iam morrer em poucas semanas,
tendo o vírus apenas antecipado o desfecho fatal), Bolsonaro se comporta
como o sabichão de mesa de bar.
Nossas avós diziam: a ignorância é atrevida. Tinham razão. Repetiam
Sócrates, pelo avesso. Só sei que nada sei, dizia o verdadeiro sábio,
criador do pensamento ocidental. Só que o sabichão de mesa de bar é apenas isso. Ignorante inofensivo.
Sendo presidente, Bolsonaro causa enorme problema para o país e sua
população. O que nos salva, parcialmente, é que a população é mais
esperta que o presidente.
A maioria esmagadora dos brasileiros corre atrás da vacina, seja qual
for e onde esteja sendo aplicada. A adesão dos brasileiros à vacina
está bem acima da média mundial. Aqui não tem movimentos anti-vacina,
demonstração cabal de que a maioria não cai na conversa maluca do
presidente. Mas o estrago está feito. O negacionismo de Bolsonaro atrasou[por não ter comprado o que ainda não existia?] de fato
a chegada das vacinas ao Brasil e, pois, contribuiu para um número
maior de doentes e mortos.
O que evitou o pior – um país sem vacinas – foi a ação do Supremo
Tribunal Federal, que reconheceu o poder de governadores e prefeitos nos
programas de combate à pandemia. [os exemplos funestos dos efeitos dos superpoderes dados a governadores e prefeitos são tantos, que o próprio STF tem tentado impor um releitura do que decidiu em abril 2020.] E esses lutaram pelas vacinas, assim
como parte das lideranças políticas e civis, conseguindo forçar o
governo federal a adquiri-las. A mídia independente e séria teve papel
crucial ao mostrar os dados da ciência e os fatos observados.
Médicos e os profissionais da saúde pública e privada tiveram
comportamento exemplar, tirante aqueles, agora apanhados pela CPI, que
agiram contra a ciência que deveriam ter aprendido. Essa barreira continua de pé. Mas é preciso impedir que o presidente continue nessa cruzada do mal.
Ministério da Saúde manda suspender a imunização de jovens
entre 12 e 17 anos sem comorbidade contra a covid-19 por falta de
"evidências científicas sólidas" e "cautela". Governadores, porém,
anunciam que vão ignorar a ordem e se baseiam em decisão da Anvisa
tomada em junho
A confusão causada pelo Ministério da Saúde, que suspendeu a indicação
de imunizar os adolescentes entre 12 e 17 anos sem comorbidades contra a
covid-19, colocou o governo federal em rota de colisão com os estados.
Alguns governadores anunciaram que ignorarão a decisão e que continuarão
a vacinação desse grupo. Além disso, especialistas criticaram a decisão
da pasta, salientando que gerou confusão e insegurança.
Um dos estados que não seguirão a determinação do
ministério é São Paulo e informou a continuação por recomendação do
Comitê Científico de estado. Segundo o Palácio dos Bandeirantes, foram
imunizados cerca de 72% deste público. “São Paulo lamenta a decisão do Ministério da Saúde,
que vai na contramão da orientação do Conselho Nacional de Secretários
Estaduais de Saúde (Conass) e de autoridades sanitárias de outros
países. A vacinação nessa faixa etária já é realizada nos Estados
Unidos, no Chile, no Canadá, em Israel, na França, na Itália, entre
outras nações. A medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de
adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além
de professores que convivem com eles”, diz nota do governo paulista. [São Paulo não aceitar uma decisão do governo federal só surpreende aos estúpidos - todos agora, felizmente, na esquerda. Afinal, aquele Estado é considerado por seu atual governador, o 'joãozinho', um curral eleitoral e em tudo que 'joãozinho' tiver condições de usar aquele Estado para tentar ser candidato em 2022, ele faz. Percebam que nos referimos não a ele ganhar a eleição - lhe faltam cacife e votos - e sim ser indicado para ser candidato, já que por enquanto ele é apenas um candidato a candidato.
Aliás, o Brasil vive a fase expressa naquele provérbio português: "Onde muitos mandam, ninguém obedece."
Atualmente no Brasil o Supremo manda - inclusive nos outros dois Poderes, que diz a Constituição são harmônicos e independentes; O Poder Legislativo manda.
Só quem não manda é o Presidente da República Federativa do Brasil, Chefe do Poder Executivo da União.
Ele só manda quando alguma coisa dá errado, ainda que ele tenha sido impedido de fazer por decisão de um dos dois Poderes - neste caso o Poder que decidiu impedir o Presidente de fazer o que considerava certo, simplesmente dá para trás e diz que nada ter a ver com a confusão.]
A nova recomendação é de que os jovens de 12 a 17 anos
sem comorbidades que tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19
não devem retornar para a segunda. “Em relação a orientação, aqueles
sem comorbidades, independentemente da vacina que tomaram, param e não
tomam outra. Por uma questão de cautela, até que se tenha mais
evidências, como falei aqui, para se seguir em frente”, disse o ministro
Marcelo Queiroga, da Saúde.
No caso dos jovens dessa faixa com comorbidades ou
deficiência que tomaram a dose da Pfizer, única autorizada para esse
grupo, deve-se completar a cobertura imunológica com a segunda. Já os
adolescentes, com ou sem comorbidades, que tomaram alguma vacina
diferente da Pfizer, não devem buscar a segunda aplicação.
Explicação O ministério tentou explicar as razões para a suspensão. Segundo Queiroga, a decisão foi tomada por causa da falta de “evidências científicas sólidas” e “cautela”. Além disso, Queiroga reclamou que muitos municípios aplicaram vacinas que não estavam autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para esse grupo.
Segundo o ministro, um efeito adverso grave — segundo anunciou o governo — que motivou a paralisação da vacinação dos adolescentes sem comorbidades é a morte de um jovem, de 16 anos, em São Paulo, que tomou a Pfizer. Mas a relação do óbito com a vacina não foi comprovada e a Anvisa iniciou a investigação do episódio — mas ressaltou que não seria necessário mudar as condições aprovadas para a vacina. “A Anvisa já iniciou avaliação e a comunicação com outras autoridades públicas e adotará todas as ações necessárias para a rápida conclusão da investigação. Entretanto, com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina”, disse a agência, que aprovou a aplicação da Pfizer em adolescentes entre 12 e 17 anos em junho.
Mesmo com o aval da agência, Queiroga disse que as evidências científicas da vacina em relação aos subgrupos “estão sendo construídas”. “Recentemente, o NHS (órgão regulador inglês) restringiu a vacina nos adolescentes sem comorbidades. Àqueles que já tinham sido imunizados com a primeira dose, se recomendou parar por ali e aplicar as duas doses somente nos com comorbidades. Em função desses aspectos todos, nós resolvemos restringir essa imunização aos adolescentes acima de 12 anos com comorbidades e aqueles privados de liberdade”, explicou.
Crítica aos gestores O ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, criticou ontem o fato de estados e municípios não seguirem as regras do Programa Nacional de Imunizações (PNI) contra a covid-19. Irritado, acusou os gestores de terem começado a vacinar adolescentes antes da data indicada pela pasta e que muitas cidades aplicaram doses que não estavam autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a esse grupo — a única autorizada é a da Pfizer. “A vacinação era para começar ontem (quarta-feira) nos adolescentes acima de 12 anos. Sabe quantos já tem vacinados no Brasil? Quase 3,5 milhões de adolescentes. Como é que nós conseguimos coordenar uma campanha nacional de imunização dessa forma?”, indignou-se. [No DF o governador Ibaneis destrambelhou de vez acelerou a aplicação da segunda dose e para os adolescentes e reduziu a imunização com a primeira dose. As contas não vão fechar =faltarão imunizados com a primeira dose para recebimento da segunda.] Segundo dados do Ministério da Saúde, dos 3.538.528 adolescentes que receberam pelo menos uma dose, 26.777 receberam aplicações de AstraZeneca, Janssen e CoronaVac, imunizantes que não têm autorização para serem aplicados na faixa etária.Os demais tomaram a vacina da Pfizer. Além de continuar com a vacinação dos jovens de 12 a 15 anos, os secretários de Saúde estaduais e municipais pediram, ontem, à Anvisa, uma posição da agência. O ofício foi assinado pelos presidentes dos conselhos nacionais de secretários de saúde estaduais (Conass) e municipais (Conasems). A solicitação foi feita porque diversos estados e cidades começaram a vacinar adolescentes sem comorbidades com a vacina da Pfizer, única autorizada pela autarquia a ser utilizada neste público.
Governador, mancadas em seu governo (governo ou desgoverno) são recorrentes.
Na Saúde, sua gestão tem sido desastrosa, desde sua posse. Assumiu, com a ideia infeliz de que eficiência na gestão era demitir diretor de hospital.
Não deu certo, o senhor demorou a perceber seu erro e passou a trocar secretário de Saúde - nos parece, salvo engano, que em um final de semana o DF teve quatro secretários.
O atual, um general, ainda está tentando achar um rumo - está no caminho errado, esqueceu que o ritmo de aplicação da primeira dose da Covid-19, tem que ser mais rápido que o ritmo adotado para a segunda dose. Acelerou o ritmo de aplicação da segunda dose e da garotada dos 12 aos 17 e logo o número de imunizados com as duas doses, alcança o dos imunizados com a primeira dose - só não ultrapassa pela impossibilidade matemática do número de vacinados com a segunda dose ser superior ao dos que receberam a primeira.
Voltando ao DETRAN-DF: NADA FUNCIONA naquele departamento - é documentação de veículos atrasada, emissão/renovação de CNH enrolada, vistoria não anda (o Detran inventou de terceirizar as vistorias e o senhor esqueceu de perguntar o que o quadro efetivo de funcionários do DETRAN faz ou deveria fazer???) além do comportamento padrão adotado pelos "auditores" do Detran-DF = usam as sirenes das viaturas para abrir caminho em locais em que o trânsito está congestionado... estão sempre com pressa, especialmente nos horários de almoço.
Fossem "auditores" conscientes, quando se deparassem com um engarrafamento, envidariam esforços para resolver o congestionamento ou minorar os efeitos negativos do mesmo.
Agem exatamente ao contrário - fogem dos engarrafamentos.
Demita esse diretor-geral e nomeie alguém competente que as coisas vão melhorar. Ele parece que só é cuidadoso na hora de conceder entrevista - sempre enrola com a promessa de que vai melhorar.
Uma rapidinha sobre a vacinação: Na região da Ceilândia só há disponibilidade da CoronaVac para vacinar os maiores de 18 anos; já no Plano Piloto tem imunizantes de fabricantes, digamos, mais conceituados. Mera coincidência ???
Finalizando quando o senhor vai por alguma ordem no Metrô - DF? Seis meses de greve? usando material sucateado para reparos?
Esquema atual protege contra doença grave, mas risco de imunossuprimidos e idosos suscita debate
As vacinas contra Covid-19 continuam a conferir boa proteção contra a
doença grave, hospitalização e morte,mas uma possível queda nos
índices de imunidade levou recentemente ao debate sobre a necessidade de
uma dose de reforço dos imunizantes. Alguns estudos têm
demonstrado que, alguns meses depois da segunda dose de qualquer vacina,
a quantidade de anticorpos tende a cair, mas isso não significa que as
pessoas vão ficar vulneráveis à infecção, uma vez que organismo tem
outras formas de defesa.
Embora uma dose de reforço seja uma
estratégia já bem estabelecida para outros imunizantes, a questão
principal hoje é qual seria a necessidade de começar a aplicação dessa
injeção extra quando grande parte da população ainda está parcialmente
imunizada ou não recebeu ainda nenhuma dose das vacinas, explica o
pediatra e diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato
Kfouri. A maioria dos países da África não vacinou nem 5% da
população com a primeira dose.O Haiti, na América Central, só iniciou a
campanha de vacinação contra o coronavírus no mês passado.
Além
disso, os cientistas ainda estão começando a colher dados de estudos
científicos controlados, randomizados e duplo-cegos(o chamado
padrão-ouro em ensaios clínicos) sobre a eficácia de uma dose de reforço
das vacinas. Mesmo assim, diversos países já anunciaram ou até
mesmo começaram a aplicação de uma terceira dose, contrariando o apelo
da Organização Mundial da Saúde (OMS) por não fazê-lo até que a
desigualdade da vacinação seja resolvida. Veja abaixo o que se sabe sobre a dose de reforço e sobre a perda de eficácia das vacinas com duas doses ou dose única. [ignorar a África, Haiti e outros países pobres, não propiciando vacinação completa para para todos, equivale a manter um campo de cultura para o coronavírus.]
O que se sabe sobre a eficácia de uma terceira dose da vacina contra Covid-19? Ainda não há estudos científicos demonstrando que a eficácia das vacinas aumenta com uma terceira dose. Algumas evidências, no entanto, já começam a se acumular. O que se sabe até agora é que uma dose de reforço pode estimular o organismo a produzir mais anticorpos específicos contra o coronavírus Sars-CoV-2 e células do tipo B (produtoras de anticorpos) de memória, o que ajudaria a fornecer uma proteção imunológica mais duradoura.
Recentemente, o laboratório chinês Sinovac, fabricante da vacina Coronavac, divulgou dois estudos controlados, randomizados e duplo-cegos sugerindo que uma terceira dose da vacina de seis a oito meses após o esquema tradicional com duas doses pode aumentar em até sete vezes a taxa de anticorpos neutralizantes capazes de bloquear a entrada do vírus nas células.
Um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Oxford mostrou que o intervalo maior entre as duas doses da vacina AstraZeneca, de até 45 semanas, e a aplicação de uma terceira dose do imunizante tiveram sucesso em aumentar até 18 vezes a taxa de anticorpos contra o Sars-CoV-2 no organismo.
E, em Israel, dados do ministério da saúde apontam uma queda para um terço na taxa de casos da doença em pessoas com mais de 60 anos após a dose reforço.
A proteção conferida pelas vacinas diminui com o tempo? Ainda é cedo para saber por quanto tempo a resposta imune gerada pelas vacinas vai durar. Até o momento, dados de acompanhamento dos ensaios de fase 3 apontam para uma duração de pelo menos oito meses da proteção conferida por anticorpos neutralizantes para a maioria das vacinas. Contudo, a proteção dada por essas moléculas é uma, mas não a única, forma de defesa do organismo.
A imunidade conferida por infecção natural, segundo alguns estudos, pode durar anos, mas essa proteção tende a ser ligeiramente menor frente a novas variantes capazes de fugir dos anticorpos específicos contra a forma ancestral do vírus, como é o caso da delta. Mesmo com uma melhor capacidade de induzir resposta imune do que a infecção natural, é natural que a taxa de anticorpos em circulação no sangue caia após alguns meses até um ano.
As vacinas aplicadas no início do ano ainda podem prevenir infecções? As vacinas contra Covid-19 foram desenvolvidas para proteger especialmente contra a hospitalização e morte,mas não têm o poder de conter totalmente o contágio em si. Assim, mesmo indivíduos vacinados com duas doses ainda podem se infectar e disseminar o vírus, embora em uma proporção menor do que os não vacinados.
Até o momento, estudos de efetividade em todo o mundo comprovaram que as vacinas reduzem novas hospitalizações e mortes, como ocorreu no Chile, que apresentou uma queda de mais de 80% das hospitalizações, 86% das mortes e quase 90% de internações por UTI com cerca de 75% da população vacinada. No entanto, o país enfrentou uma subida de casos recente, muito provavelmente devido a uma falsa sensação de proteção das pessoas após apenas uma dose das vacinas e ao relaxamento das medidas de distanciamento.
No final de julho, a Pfizer divulgou um estudo, ainda em formato de pré-print, indicando que a efetividade de sua vacina seis meses após a conclusão do ensaio clínico é de 91%, mas essa taxa cai para até 86% dependendo das variantes em circulação. Também no último mês, um estudo conduzido em Israel apontou que há uma queda na efetividade da vacina da Pfizer de 64% para 39% contra infecções causadas pela variante delta. A proteção contra hospitalização e doença grave, no entanto, continua elevada, acima de 90%.
No Reino Unido, a proteção por resposta humoral (de anticorpos) dos imunizantes AstraZeneca ou Pfizer contra a deltacaiu de 49% para 30,7%, após uma dose, e, com as duas doses, de 93,7% para 88%, no caso da Pfizer, e de 74,5% para 67% com a AstraZeneca.
Já uma pesquisa feita pela Clínica Mayo, nos Estados Unidos, centro de referência em estudos de medicina, apontou que a chegada da delta no estado de Minnesota reduziu a efetividade da vacina da Pfizer contra infecção de 76% para 42%. Essa queda não foi tão pronunciada assim para a vacina da Moderna, cuja proteção era de 86% contra infecção e, em julho, esse índice chegava a 76%.
No Brasil, dados da pesquisa Vebra Covid-19 com as vacinas AstraZeneca e Coronavac apontam para uma proteção de 77,9% contra casos sintomáticos, no caso da primeira, e 50,7%, para o segundo fármaco em pessoas de 18 a 59 anos. A proteção para casos sintomáticos em indivíduos com idade acima de 60 anos da Coronavac, no entanto, varia de 28% a 62%.
E em relação às hospitalizações e mortes, o que sabemos sobre a proteção das vacinas de seis a oito meses após o seu uso? No geral, apesar da leve queda de níveis de anticorpos que pode ocorrer alguns meses após a vacina, todas as vacinas contra Covid-19 têm se mostrado bem-sucedidas em proteger contra o agravamento do quadro, hospitalizações e morte. Isso não significa, no entanto, que a eficácia dos imunizantes é de 100%, pois nenhuma vacina ou medicamento tem esse poder.
Nos países com alta de casos e já com elevada cobertura vacinal, a maioria das internações e mortes por Covid ocorre em indivíduos não vacinados. Nos EUA, 99% das mortes foram nas pessoas que não se vacinaram. Uma pesquisa do grupo Vebra Covid com mais de 60 mil moradores do estado de São Paulo indicou uma proteção, de janeiro a julho, de 93,6% de duas doses da vacina AstraZeneca contra morte, e 87,6% para internações. A mesma efetividade foi encontrada no estudo feito com a Coronavac no município de Serrana, de 95% de proteção para mortes e 86% contra hospitalização pela doença do coronavírus.
E um levantamento do InfoTracker mostrou que pessoas completamente vacinadas representaram somente 3,68% das mortes por Covid que ocorreram no Brasil entre 28 de fevereiro e 27 de julho.
A terceira dose será necessária para todos ou só para grupos específicos, como os mais velhos ou imunossuprimidos? As vacinas contra Covid apresentam, em geral, uma eficácia mais baixa para pessoas imunossuprimidas, como aquelas com doenças autoimunes ou em tratamento contra câncer, por exemplo. Esse público não foi inicialmente incluído nos ensaios clínicos, mas com o uso em massa dos imunizantes, dados sobre sua eficácia ou efetividade nesse grupo tendem a aparecer.
Um artigo publicado no dia 23 de julho na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association) mostrou que uma terceira dose da vacina da Moderna em pacientes com transplante de rim induz uma boa proteção em quase metade (49%) daqueles que não tiveram resposta imune após as duas doses.
Até então, apesar de as vacinas de RNA terem apresentado uma alta eficácia nos ensaios clínicos (acima de 95%), uma pesquisa mostrou que nesse grupo uma única dose não conferia proteção em quase 8 em cada 10 pacientes, mas aplicação de uma segunda dose das vacinas eleva a proteção para até 54% dos transplantados. Já uma pesquisa do Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo, apontou que a vacinação contra a Covid-19 em pacientes imunossuprimidos é segura e produz boa resposta imune, chegando até 70,4% da chamada soroconversão (presença de anticorpos específicos contra o vírus no sangue) após duas doses da Coronavac.
Na última quinta-feira (12), a agência reguladora de medicamentos e vacinas norte-americana, FDA, aprovou uma terceira dose das vacinas de RNA em uso no país (Pfizer e Moderna)para pessoas imunossuprimidas. Essa seria uma necessidade para que essas pessoas sejam completamente imunizadas, e não é equivalente a uma dose reforço em pessoas saudáveis, explica Kfouri, da SBIm. Em relação aos mais idosos, em geral as vacinas em uso apontam para uma diminuição da taxa de anticorpos induzidos pós-imunização nesse grupo.
A proteção de duas doses da Coronavac em pessoas com 70 a 74 anos é de cerca de 80% contra hospitalizações e 86% contra mortes. No entanto, a proteção cai na população com 80 anos ou mais, sendo de 43,4% contra hospitalizações e 49,9% contra mortes. Esses valores podem indicar a necessidade de uma dose de reforço nas pessoas com mais de 80 anos.
Quais países já começaram a aplicação de uma terceira dose? Em quais situações a recomendação faz sentido? O governo de Israel passou a oferecer no final de julho uma dose reforço para pessoas com mais de 60 anos já vacinadas com duas doses da Pfizer no país. Recentemente, autoridades de saúde do país decidiram diminuir a faixa etária da terceira dose para aqueles com 50 anos ou mais.
Ja a Indonésia começou a aplicar uma dose reforço nos profissionais da saúde do país que foram vacinados com a Coronavac. A decisão veio após a morte de médicos no país alguns meses após terem recebido as duas doses do imunizante. O país asiático, no entanto, tem 19% da população vacinada com ao menos uma dose e apenas 10% com o esquema completo.
E, na quarta-feira (11), o Chile começou a aplicar uma dose extra da vacina AstraZeneca nos idosos que já receberam as duas doses da Coronavac. O Uruguai, com 64% da população com esquema completo e 73% com pelo menos uma dose, aprovou uma dose reforço do imunizante da Pfizer para aqueles que já receberam duas injeções da Coronavac. Outros países, como Inglaterra, França e Alemanha, pretendem começar a vacinação com uma dose reforço a partir de setembro, quando a maioria dos adultos já tiver recebido o esquema normal de imunização.
O Brasil já está realizando estudos sobre a terceira dose? Uma terceira dose da vacina da Pfizer está sendo testada com 1.160 voluntários, segundo a farmacêutica, Metade tomou a vacina, metade tomou placebo. A ideia é mostrar se a eficácia da vacina tomada na dose de reforço é significantemente maior do que naquelas pessoas que só tomaram duas doses.
O mesmo tem acontecido com a Oxford/Astrazeneca, que começou os testes com a terceira dose nas últimas semanas. O Ministério da Saúde e o Instituto Butantan também já anunciaram estudos de doses de reforço com a Coronavac.
O surgimento de novas variantes reforça a necessidade de terceira dose? Pelo o que se sabe até agora, as novas cepas do coronavírus não conseguiram driblar completamente o efeito das vacinas. Elas até podem diminuir um pouco a eficácia dos atuais imunizantes, mas não chegam a torná-los obsoletos.
Por que a CPI da Covid acertou ao criar esta semana uma frente para investigar declarações contrárias à ciência
Amparado em falsidades e distorções, sustentado por autoridades públicas
e disseminado pelas redes sociais, o negacionismo é o vírus informativo
que atrapalha o combate à Covid-19
[quando falamos a verdade e temos confiança no acerto dos nossos atos, , não temos a necessidade de explicar -quando começamos a justificar, explicar em demasia, o que apresentamos como fatos - as 'nossas verdades' - ... . Que credibilidade pode ter uma CPI presidida por Omar Aziz (gangues do Amazonas) ,relatada pelo senador Calheiros e tendo como vice o senador Rodrigues?]
Mas o negacionismo
científico assumiu formas mais insidiosas. Seus praticantes relativizam a
gravidade da crise sanitária e atacam instrumentos de eficiência
comprovada na sua contenção, como a máscara e o distanciamento social. E
os negacionistas ainda colocam em dúvida a segurança e a eficiência de
vacinas que seguiram todos os protocolos de pesquisa antes de chegar
(com atraso) ao braço dos brasileiros.[somos favoráveis às vacinas - posição manifestada em vários Posts deste Blog Prontidão Total. Mas na criação e uso de qualquer medicamento, há aspectos que só o tempo esclarece. As vacinas estão demonstrando eficiência, mas até quando garantirão a imunidade? Pergunta que só o tempo pode responder. Temos que aguardar que cesse a imunidade dos primeiros vacinados - algumas vacinas são dose única para toda vida, torcemos para que os imunizantes contra o coronavírus estejam entre elas; de quais cepas estamos protegidos? Resposta com o tempo. Possíveis efeitos colaterais? resposta também com o tempo.
Enquanto o tempo não responde, sugerimos aos ainda não imunizados que não percam tempo e se vacinem.]tAmparado em falsidades e
distorções, sustentado por autoridades públicas e disseminado pelas
redes sociais, o negacionismo é o vírus informativo que atrapalha o
combate à Covid-19.
O negacionismo agrupa boatos e fake news, companheiros históricos de
todas as epidemias, em um sistema de crenças infundadas, abrangendo de
medicações milagrosas comprovadamente ineficientes — como a cloroquina,
que o presidente Jair Bolsonaro parece afinal ter abandonado em prol da
proxalutamida, droga ainda em fase inicial de testes — a ideias
conspiratórias sobre o “controle social” exercido por meio do lockdown.
Alguns postulados negacionistas são besteiras folclóricas, como a ideia
de que a vacina emite sinal de wi-fi. Em suas formas mais sofisticadas,
porém, pretende se amparar naquilo que ele nega — a ciência. —
Negacionista é aquele que afirma uma hipótese sem evidências suficientes
e sem métodos rigorosos — diz a cientista política Lorena Barberia, da
Universidade de São Paulo (USP), coordenadora científica da Rede de
Políticas Públicas e Sociedade, grupo interdisciplinar que estuda
questões relacionadas à pandemia.
É ciência, “sqn” Por vezes, o negacionista debruça-se sobre os mesmos dados brutos estudados por cientistas sérios, mas seleciona (e distorce) só aqueles que servem a sua visão particular. [a mídia militante, ou adestrada, é quem mais distorce os fatos, manipula, omite, faz narrativas - a explicação veiculada na matéria sob comento é um exemplo de narrativa criativa.
Outro exemplo: o Luis Miranda, irmãozinho dileto do deputado Luis Miranda, declarou na PF que esqueceu de gravar a conversa dele e do mano com o presidente Bolsonaro; quando instado a apresentar provas das pressões que diz ter sofrido para comprar a vacina 'covaxin', declarou que trocou de telefone e esqueceu de fazer backup dos dados do telefone que usava.
A mídia amestrada divulgou os esquecimento do servidorzinho com o mínimo destaque possível.] Foi o que se viu, por exemplo, nas fake news sobre Serrana, cidade paulista onde se realizou um estudo de grande escala sobre a eficiência da CoronaVac. Aproveitou-se um aumento de mortes por
Covid-19, em março, para afirmar que a imunização havia fracassado. Na
verdade, o programa de vacinação só foi concluído um mês depois. E com
sucesso: a queda no número de mortes chegou a 95%.
A partir do chão da realidade, o negacionista dá saltos
conspiratórios. É fato documentado que, no início da pandemia, em Wuhan,
autoridades chinesas reprimiram e censuraram médicos que tentaram soar o
alarme sobre o perigo da nova epidemia, o que retardou a resposta
global à nova ameaça. Essas circunstâncias serviram de base para teorias
delirantes sobre agentes patogênicos criados em laboratórios chineses e
espalhados de forma intencional. A hostilidade em relação à China, por
sua vez, alimentou a rejeição da CoronaVac, vacina que o Instituto
Butantan desenvolveu, no Brasil, em parceria com o laboratório chinês
Sinovac.
O elemento político é nítido: o negacionismo tornou-se
mais uma arma na “guerra cultural”,a disputa ideológica binária entre a
extrema-direita e a centro-esquerda. Não é por acaso que o negacionismo
vem sendo um tema central da CPI da Covid. Ainda que as suspeitas de
corrupção na compra de vacinas tenham tomado o centro dos debates, um
dos sete núcleos em que a CPI recentemente se dividiu será dedicado às
“ações anticiência” do governo.
Quando o Supremo Tribunal Federal arbitrou que governadores
e prefeitos teriam autonomia para decidir sobre medidas de distanciamento e
isolamento social, retirou uma parte do poder do presidente da República. Mas
abriu-lhe, indiretamente, um caminho alternativo potencialmente promissor: ofereceu ao governo
federal a oportunidade de concentrar-se no tema das vacinas.[enfatizando que a vacina só se tornou eficaz - mediante sua inoculação no braço das pessoas - em 8 dezembro 2020, no Reino Unido. Ainda que o Brasil se esforçasse ao máximo, não conseguiria imunizar uma única pessoa antes daquela data.
Aliás, a desastrosa decisão do STF - tão incoerente que se fosse possível a Suprema Corte decidiria "esqueçam, o que decidimos sobre autonomia das 'autoridades locais' e todo o resto que nos vincule ao tema". A CPI Covidão, mais dia menos dia, terá que se debruçar sobre o tema e comprometer as 'autoridades locais' e muitas outras.
A decisão foi tão sem sentido, que ainda hoje permanece válido o enigma: ' como é possível dar autoridade total ao Poder Executivo da União para coordenar as ações de combate à covid-19,desde que respeitando o decidido pelas autoridades locais? acrescentamos: que diabo de autoridade total é esta que depende da concordância dos terceiros envolvidos?]
Pelo que se vê até o momento da Comissão Parlamentar de
Inquérito no Senado da Covid-19, o Planalto não apenas aproveitou mal a
possibilidade, mas, na melhor das hipóteses, deixou florescer um ecossistema
entrópico em assunto tão importante. Daí a emergência no noticiário de um
amontoado de personagens obscuros apanhados em situações idem. Já se podia antever, e foi antevisto, pelo menos desde
outubro do ano passado: se o governo escorregasse no assunto das vacinas
cometeria um erro político de consequências potencialmente graves (“Salada indigesta”). Para quem quis enxergar,
o sinal amarelo acendeu quando o presidente reagiu biliosamente ao anúncio de
que o Ministério da Saúde compraria a CoronaVac.
Aliás o Brasil vive uma situação surreal: o governo federal
acabou decidindo gastar bilhões com ela, que hoje está no braço de metade dos
imunizados, mas quem fatura politicamente são os governadores, enquanto o
entorno presidencial continua falando mal da vacina chinesa do Butantan. Mesmo
que todos os estudos comprovem a eficácia dela.
E não é só com a vacina da Sinovac. Um problema menos
alardeado é a inexplicável demora para a aprovação do uso maciço por aqui da
russa Sputnik V. Outra bem eficaz. Neste caso, nota-se uma curiosa aliança
entre a direita saudosa da guerra fria e a esquerda corporativista que, na
dúvida, toma as dores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Estivesse a CPI realmente tão preocupada em salvar vidas
quanto em emparedar o governo, e a Anvisa já estaria faz tempo dançando em chapa quente por
causa da Sputnik V. A vacinação brasileira contra a Covid-19 vai razoavelmente,
mas poderia estar indo melhor. Velocidade é fundamental, também por causa da
corrida contra as novas cepas. E o Brasil tem estrutura para vacinar
diariamente pelo menos o dobro do que está conseguindo imunizar hoje, inclusive pela verificada e crescente adesão popular.
Não é engenharia de obra pronta, porque vem sendo
dito desde sempre: a única política razoável sobre vacinas é trazer todas, na
maior quantidade possível, e no menor prazo possível. Claro que demandas assim
superaquecidas ensejam risco de maus modos administrativos, e também por isso é
necessário centralizar e adotar transparência máxima.
O governo federal carrega o mérito de ter buscado
nacionalizar a produção da AstraZeneca na Fiocruz, mas errou em dois aspectos
estratégicos: confiou na política de uma só vacina e não cuidou adequadamente
de ter vacinas aqui em grande quantidade no curtíssimo prazo. Este segundo
ponto foi fatal quando a segunda onda veio como um tsunami a partir de Manaus.
É a típica situação em que o acúmulo de erros acaba
impedindo a capitalização política.
Todas as pesquisas mostram que o eleitorado
1)está mais otimista quanto ao controle da epidemia e 2) credita em boa medida
a vacinação ao Ministério da Saúde.
Enquanto isso, o presidente da República
vive seu momento mais crítico, na popularidade e na política. [popularidade agora é o que menos importa; o que conta mesmo é em 2022, teclar BOLSONARO e CONFIRMA - de preferência com o VOTO IMPRESSO impedindo fraudes mediante desvio de votos.]