Não é necessário o Exército; a BM gaúcha dá conta do recado e, se necessário, pede reforço da PM do Pará
Nelson Marchezan Jr. (PSDB) escreveu ao presidente solicitando também reforços da Força Nacional, que já atua em Porto Alegre desde fevereiro de 2017
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB), escreveu ao presidente Michel Temer (PMDB), na última quarta, pedindo a convocação do Exército e da Força Nacional na cidade para 24 de janeiro, data do julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no TRF4. Lula foi condenado em primeira instância no caso do tríplex no Guarujá. A Força Nacional, porém, já atua em Porto Alegre desde fevereiro de 2017 por causa da crise de segurança que afeta o Rio Grande do Sul. A operação foi renovada por mais 180 dias a partir de 1º de janeiro de 2018.Marchezan justificou o pedido a Temer por causa do “iminente perigo à ordem pública e à integridade dos cidadãos porto-alegrenses”. Marchezan também citou a “ameaça de ocupação de espaços públicos municipais pelos diversos movimentos sociais que manifestaram-se nesse sentido”. Além disso, mencionou postagens “propugnadas” em redes sociais, “inclusive de senadores”, que mencionam “desobediência civil e luta”. O MST anunciou que fará um acampamento na cidade, mas a Justiça proibiu. [a PM do Pará é especialista em resolver conflitos que envolvam invasores de propriedades públicas ou privadas;
em 17 abril 1996 alguns integrantes do MST bloquearam rodovias do Pará - a PM foi lá e fez uma limpeza na área e NUNCA MAIS rodovias foram bloqueadas no Pará;
recentemente, uns invasores ocuparam uma propriedade e a PM foi convocada para fazer a reintegração de posse a e mesma foi feita.
Eles saberão, se convocados, auxiliar a Brigada Militar do RS a conter baderneiros.]
Nas redes sociais, o prefeito costuma provocar simpatizantes de Lula e do PT no seu perfil no Facebook com textos de “zoeira” nos chamados “decretos de final de semana”. “Se você pertence a certos partidos vermelhos, está proibido formar quadrilha”, chegou a escrever no período de festas junina. O pedido a Temer também menciona o fato do TRF4 “situar-se no interior de um parque municipal”. “Solicitei ao Presidente @MichelTemer o apoio da Força Nacional e do Exército Brasileiro para atuarem no dia 24. Devido às manifestações de líderes políticos que convocam uma invasão em Porto Alegre, tomei essa medida para proteger o cidadão e o patrimônio público”, escreveu o prefeito nos eu perfil do Twitter, ao divulgar a carta.
Em setembro, depois de um pedido da prefeitura, a Justiça proibiu manifestações contrárias a Marchezan nos eventos em que o prefeito vai aos bairros da cidade. É durante o “Prefeitura nos Bairros” que o prefeito da capital gaúcha, Nelson Marchezan Jr. (PSDB), costuma dançar a música “Despacito” junto à comunidade, rendendo elogios e críticas nas suas redes sociais. Por sua vez, o sindicato dos funcionários da prefeitura lançou uma paródia, “Marchezito”, criticando ações do prefeito.
Revista VEJA