O “partido do judiciário” já nem disfarça seu autoritarismo
A nota da
Força Tarefa (o nome, de origem bélica, já bem denota a sua natureza) chamando
de “cortina de fumaça” às inúmeras críticas à condução coercitiva de Lula a uma
sala do Aeroporto de Congonhas – críticas vindas de todas as partes, inclusive
de um Ministro do Supremo, Marco Aurélio
Mello – é só uma patética demonstração do autoritarismo que impera
do que, sob a inação de seus órgãos superiores, transformou-se o “Partido do
Judiciário e Arredores”, porque a ele também se filiam o Ministério Público e a
Polícia Federal.
Já se
mostrou aqui o esdrúxulo despacho de Sérgio Moro de que Lula só deveria
ser conduzido coercitivamente “caso o ex-presidente, convidado a
acompanhar a autoridade policial para depoimento, se recuse a fazê-lo”, que
revela um ardil porque, sem a intimação regular, não há como falar em “convite”
da autoridade policial que, na prática é um “venha comigo por bem ou por mal”.
É tão
insólita essa ordem que dá para a gente se perguntar: Lula aceitou o “convite”?
Se tivesse aceito, poderia ter ido no próprio carro? Ou o “convite” só vale
dentro do camburão da PF? [primeiro, a condução coercitiva foi a forma segura encontrada pelo juiz Sérgio Moro para obrigar o suspeito a comparecer ao interrogatório sem protelações.
Fosse apresentada uma intimação formal - ou mesmo um convite (sem existência formal no ordenamento legal brasileiro) - Lula espalharia aos quatro ventos o dia e hora, com dois objetivos:
- um dos seus puxa sacos juramentados ingressar com um pedido de liminar suspendendo o depoimento;
- avisar para os militontos promoverem badernas nas proximidades de local do depoimento ou mesmo da residência do Lula - o que mais Lula deseja no momento, ele e o projeto de poder do PT precisam, é de um cadáver.
A condução coercitiva apresenta a vantagem de apresentar para o conduzido uma única alternativa: ir por bem ou por mal.
Com o recurso, legal, da condução coercitiva o juiz Sérgio Moro impediu que Lula protelasse mais uma vez as explicações que deve e insiste em não fornecer, que baderneiros tentassem interferir no trabalho da PF.
PARABÉNS juiz Sérgio Moro.
Lula NÃO FOI CONDUZIDO EM CAMBURÃO - merecia ir de camburão e mais ainda, no cubículo - e sim em veículo da PF, descaracterizado.]
Agora.
são os promotores que invocam artigos do Código de Processo Penal (todos eles,
aliás, prevendo a medida apenas após intimação não atendida) e uma decisão do
Supremo que pouco parece ter a ver com o caso, porque não se trata de iniciativa
autônoma, imediata, da autoridade policial, mas de ato judicial adrede
preparado.
Tão
moderados…Porque não contam que queriam levar também de camburão a D. Mariza e
só não o fizeram porque Moro pisou no freio de suas ambições meganhescas? Porque
não tomaram a termo as declarações de Lula em sua própria casa, se estavam tão
preocupados em prevenir tumultos e exposições desnecessárias. A
resposta é só uma: é o espalhafato, a pirotecnia.
O efeito
político do gesto de ousadia. É isso o
que o país está condenando e até desafetos de Lula reconhecem ter sido um
desastre para eles, ao ponto de Elio Gaspari ter admitido hoje que “Moro deu a
Lula o papel de coitadinho”.
Não,
Gaspari, coitado é o Brasil, que não merecia ter servidores públicos tão
regiamente remunerados para fazerem isso: servirem apenas a seus próprios ódios
e ambições. [concordamos que coitado é o Brasil, mas, por ter eleitores tão estúpidos que elegeram e reelegeram uma coisa como o Lula presidente da República e continuaram o crime elegendo e reelegendo um 'cérebro baldio' para o mesmo cargo.
Temos uma certeza: Lula estará preso antes do próximo dia 1º de Maio.]
Fonte: Fernando Brito - O Tijolaço