Juiz citou sobrecarga e fato de caso do Grupo Triunfo não estar relacionado à Petrobras
[o juiz Moro está certíssimo; o mais conveniente é reduzir o recebimento de processos e assim dar celeridade aos que estão desde o inicio na 13ª Vara Federal.
O excesso de processos em poder do magistrado está atrasando a manifestação da Justiça sobre processos de criminosos notórios - não fosse a sobrecarga de trabalhos sobre o titular daquela Vara, Lula já teria recebido sua segunda condenação, que já estaria em fase de recursos junto ao TRF-4.
Os nobres defensores de Lula precisam ter mais condenações do ex-presidente para recorrer - o que evitará que continuem impetrando recursos, petições e habeas corpus sobre o caso do 'triplex' - sentença examinada, e confirmada, por 19 juízes e já definitiva.]
O juiz Sergio Moro abriu mão de conduzir o processo que envolve pagamentos de propina feitos pelo Grupo Triunfo,
incluindo a concessionária Econorte, e intermediados pelos operadores
Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran. Os valores teriam beneficiado Carlos
Nasser, da Casa Civil do governo do Paraná, e o então diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Estado do Paraná (DER/PR),
Nelson Leal Júnior, entre outros. A decisão de Moro foi tomada nesta
segunda-feira e a ação foi redistribuída para a 23ª Vara Criminal de
Curitiba - uma das quatro varas criminais da Justiça Federal em
Curitiba.
É a
primeira vez que o juiz da Lava-Jato abre mão de conduzir uma ação que envolve
corrupção e pagamento de propinas. Moro argumentou no despacho que o caso não
está relacionado à Petrobras, embora tenha vínculo com o departamento de
propinas da Odebrecht, e que não haveria grandes dificuldades de compartilhar
as provas. Afirmou ainda que está sobrecarregado com as "persistentes
apurações de crimes relacionados a contratos da Petrobrás e ao Setor de
Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht", que tem elevado número de
casos e variadas complexidades.
As
defesas haviam apresentado recurso afirmando que a 13ª Vara era incompetente
para julgar o caso. Moro afirmou que a Justiça Federal de Curitiba é
competente, mas encaminhou para redistribuição entre as outras três Varas
Criminais Federais da capital paranaense. A
investigação do Grupo Triunfo teve início com a 48ª Fase da Lava-Jato,
realizada em fevereiro passado, com seis pessoas presas e mandados de busca e
apreensão na sede do governo do Paraná.
As
investigações que envolvem o ex-governador do Paraná Beto Richa, citado nas
delações premiadas de executivos da Odebrecht, porém, seguem com Moro. O
inquérito é mantido em sigilo. A defesa
de Richa apresentou recurso para que o caso seja encaminhado à Justiça
Eleitoral, assim como ocorreu com as investigações que envolvem o governador de
São Paulo, o também tucano Geraldo Alckmin.