Um conto de duas cidades:
Nos municípios onde Bolsonaro e Haddad tiveram sua maior votação, a semelhança é a população pequena, boa parte na zona rural; diferenças são todo o resto
O retrato da polarização
Nova Pádua foi a cidade mais bolsonarista, enquanto que Guaribas o principal reduto haddadista no 1º turno das eleições. Ambas resumem o Brasil
Infelizmente, votar no PT, votar no Haddad, significa votar pela manutenção da miséria. Detalhe: a miséria permanece, até cresceu, apesar de Guaribas receber atenção especial do PT desde 2003(foto: Picasa)
REPETINDO O PASSADO
Separadas por uma distância de 3.134 quilômetros, Nova Pádua e Guaribas têm em comum o campo como base econômica principal. Em Nova Pádua, a tônica da discussão política tem sido há algum tempo a busca por ferramentas que aumentem a transparência da administração e diminuam a corrupção. O município exibe há tempos um perfil antipetista. Em 2014, Dilma Rousseff também já havia sido fragorosamente derrotada em Nova Pádua. Um percentual até maior que o oferecido agora a Jair Bolsonaro. A cidade rendeu 88,14% de seus votos na ocasião a Aécio Neves, do PSDB.
Guaribas (PI) possui quase o dobro de habitantes de Nova Pádua, com 4,4 mil pessoas. No primeiro turno, 2.785 eleitores votaram em Fernando Haddad. Antes ainda da posse de Lula no seu primeiro governo, em 2003, José Graziano escolhera a cidade para ser piloto do Fome Zero, a primeira experiência de transferência de renda dos governos petistas, que depois evoluiria para o Bolsa Família. Como se vê, Nova Pádua e Guaribas resumem, nas suas pequenas dimensões, os embates e as divisões do Brasil.
Revista IstoÉ
Pela pluralidade da informação destacamos que alguns órgãos de imprensa, mantém Guaribas como reduto petista e colocam a cidade de Treze de Maio - SC, como a cidade mais BOLSONARISTA.
Apesar da diferença em números absolutos existente entre o total de eleitores de Treze de Maio e Nova Pádua, os números relativos aos que votaram em Bolsonaro nas duas cidades são praticamente iguais e estão um pouco acima de 80%.
(Arte/VEJA)