Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
"Se tem alguém passando fome no Brasil é porque tem gente comendo mais do que deveria", disse o presidente Lula, culpando os gordinhos pela crise famélica no país que, segundo Marina Silva, atinge mais de cem milhões de pessoas(somos uma Etiópia muito piorada).
Na boca de Bolsonaro, essa fala seria imediatamente rotulada como "gordofobia".
Onde já se viu culpar os mais rechonchudos pela falta de comida dos pobres?
Então quer dizer que o problema da fome seria resolvido não com o Fome Zero fracassado do PT,mas com uma dieta forçada imposta pelo estado?
Não sei se Lula reparou bem, mas em seu governo há gente muito, muito acima do peso.
É o caso do ministro Flavio Dino, obeso e comunista, que não gosta de ser chamado de obeso comunista.
Seu sobrepeso salta aos olhos, ainda que a marquise preparada no Carnaval resistiu bravamente ao ministro saltitante, que fazia o L - talvez de Leveza.
Por trás da fala preconceituosa do presidente há a velha cartilha marxista: a vida é um jogo de soma zero em que alguns tomam dos outros o que existe.
Se João é pobre, então é culpa de Pedro, que é rico.
Se Manuel está magrinho sem a prometida picanha em sua mesa, então só pode ser culpa de Flavio, que devora tudo que vê pela frente.
Falta tudo para uns pois há fartura para outros.
Enquanto a esquerda destila tal ladainha ridícula, a turma da elite cosmopolita "progressista" simula virtudes luxuosas. É o caso do jornalista André Trigueiro, que escreveu: "Deixei de comer carne bovina há 3 anos pra não correr o risco de ingerir proteína animal c/ cheiro de floresta queimada ou digital de mão de obra equivalente à escravidão. Agora é hora de prestar mais atenção na carta de vinhos".Puxa, que nobre!
O pobre faminto - um entre uns cem milhões, segundo o governo petista -doido para ver aquela chuva de picanha prometida por Lula na campanha, enquanto o jornalista esnobe se acha a melhor pessoa do mundo pois recusa carne em nome de uma causa idiota, e pretende agora ser mais seletivo com a escolha dos seus vinhos também.
Quem sabe um Romenée-Conti, bem ao gosto do seu presidente querido?
De onde surgiram os 33 milhões de famintos que os aliados de Lula usam
como moeda política e a CNBB vai resgatar na Campanha da Fraternidade
Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
“Nós, com meio por cento do PIB, acabamos com a fome entre 2003 e 2010. Acabou. Ninguém mais ouvia falar. Você não via criança no sinal de trânsito. Não tinha mais.”É uma frase como essa, dita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na manhã da quarta-feira 15, no coração da Avenida Faria Lima, em São Paulo, que separa o verdadeiro drama da fome de quem faz política com o prato vazio no Brasil.
Na contramão da velha mídia politicamente correta, a reportagem de Oeste escolheu o caminho mais difícil para tratar do tema: quais são os dados reais sobre a fome no país? Quem financia essas pesquisas? Onde estão os 33 milhões de famintos?
E, principalmente, por que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) embarcou no sensível discurso sem filtro?
O tema bíblico da Campanha da Fraternidade é: “Dai-lhes vós mesmos de comer”.
A primeira resposta possível está numa pesquisa encomendada no ano passado ao Instituto Vox Populi e à Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional). Chama-se “Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 (Vigisan)”. A Penssan é formada por profissionais de esquerda ligados a instituições públicas de ensino e pesquisa e foi criada com apoio financeiro de entidades nacionais e estrangeiras. Entre ela, a Fundação Friedrich Ebert (Alemanha), Fundação Ford (Estados Unidos) e Oxfam e ActionAid (Inglaterra). Em outubro de 2021, Lula e Martin Schulz, presidente da Friedrich Ebert, encontraram-se em Berlim. Em agosto de 2018, o empresário já havia visitado Lula na prisão em Curitiba.
Uma das referências do projeto da Penssan se chama José Graziano. Ele foi nomeado em 2003 para ser ministro de um programa que nunca existiu: o Fome Zeroé uma fábula, uma embalagem tão ruim que até o PT o largou pelo caminho.
Como o programa deu errado, Lula o indicou para um cargo decorativo na FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).
Publicado em 2022, o Vigisan foi usado como base para que a CNBB afirmasse em seus relatórios que“o Brasil é considerado o celeiro do mundo, mas carrega uma grande contradição”.Qual contradição? Nessa resposta começa o problema:“A fome é real e atinge hoje cerca de 33 milhões de brasileiros”. De onde surgiu esse número?
Para afirmar que o Brasil tem 33 milhões de famintos, a Penssan comparou dois inquéritos encomendados a ela mesma.O primeiro levantamento foi realizado em dezembro de 2020, no primeiro ano da pandemia, em 2.180 domicílios localizados nas cinco regiões do país. O resultado dizia que 9% da população — 19 milhões de brasileiros — estava em situação de vulnerabilidade alimentar. Ou seja, alarmante, muita gente.
A segunda sondagem foi pior, porque teve uma abrangência maior: durante seis meses — de novembro de 2021 a abril de 2022 —, os pesquisadores visitaram 12.745 domicílios.
A conclusão foi que 15% dos brasileiros estavam passando fome.
Foi essa pesquisa que deu origem aos 33 milhões de famintos no Brasil.
Margem de erro Assim como a fala de Haddad sobre os meninos no semáforo, os 33 milhões de famintos geraram muito ruído em ano eleitoral. De novo: por que a Igreja Católica embarcou? O vereador Rodinei Candeia, da cidade gaúcha de Passo Fundo, afirma que, na romaria de São Miguel, a mais tradicional do interior do Rio Grande do Sul, um bispo e seis sacerdotes citaram a pesquisa para atacar o então presidente Jair Bolsonaro, em plena campanha eleitoral.
“Logo na apresentação, há uma declaração de apoio ao governo do PT, fixando a data que as políticas públicas eram válidas, até 2016, e a partir daí entra num rumo de insegurança”, afirmou. “Foi um ato político, muito bem pensado e organizado, para atacar o governo federal e fortalecer o discurso de Lula e da esquerda”
A pesquisa, realizada em plena pandemia de covid-19, era baseada em oito perguntas. O corte temporal é explícito. Todas as questões dizem respeito exclusivamente ao sentimento de cada entrevistado nos últimos três meses:
— Nos últimos três meses, os moradores deste domicílio tiveram a preocupação de que os alimentos acabassem antes de poder comprar ou receber mais comida?
— Nos últimos três meses, os alimentos acabaram antes que os moradores tivessem dinheiro para comprar mais comida?
— Nos últimos três meses, os moradores ficaram sem dinheiro para ter uma alimentação saudável e variada?
— Nos últimos três meses, os moradores deste domicílio comeram apenas alguns poucos tipos de alimentos que ainda tinham porque o dinheiro acabou?
— Nos últimos três meses, algum morador deixou de fazer alguma refeição porque não havia dinheiro para comprar comida?
— Nos últimos três meses, algum morador comeu menos do que achou que devia porque não havia dinheiro para comprar comida?
— Nos últimos três meses, alguma vez sentiu fome, mas não comeu porque não tinha dinheiro para comprar comida?
— Nos últimos três meses, algum morador fez apenas uma refeição ao dia ou ficou um dia inteiro sem comer porque não havia dinheiro para comprar comida?
A representatividade nacional da amostragem de domicílios e municípiosdeixa muitas dúvidas, dada a falta de informações e de dados no documento publicado. A pedido de Oeste, o cientista de dados Leonardo Dias analisou a amostragem. De acordo com o especialista, houve uma sucessão de erros.
“Em primeiro lugar, foi usada a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015, sendo que já está disponível a PNAD 2021, que tem uma proporção de amostra de salário bem diferente”, afirmou Dias. “Na edição mais recente, 38% da população ganhava até dois salários mínimos; 40%, de dois a cinco; e 22%, acima de cinco salários”, diz.
“A Vigisan trabalhou com 6% acima de cinco salários, o que é totalmente fora da realidade. Ou seja, focou a amostra e os pesquisados numa população muito mais pobre do que a média brasileira em 2021”
Prato meio cheio Os dados indicam a possibilidade de uma amostragem superestimada nas Regiões Norte e Nordeste, onde a situação da insegurança alimentar é mais grave, e subestimada nas Regiões Sul e Sudeste, onde o problema é menor. “Não houve um recorte estatístico adequado para chegar a esse resultado”, afirma Dias. “De certa forma, o que aconteceu é muito similar ao que foi feito por algumas pesquisas eleitorais, embora ainda pior”, diz. “É de esperar esse tipo de pergunta, ainda mais sendo uma pesquisa com um forte viés ideológico.”
Não há dúvidas de que a fome existe no Brasil. Mas afirmar que 33 milhões de brasileiros passam fome seria algo como a população do Peru ou da Austrália.
Nesta semana, Oeste visitou uma comunidade da periferia de Osasco, na Grande São Paulo, o Conjunto Habitacional Vitória, antiga Favela “Pinga Pus”, local que até os anos de 1990 era considerado um dos mais perigosos da cidade. Somados o conjunto e a favela vizinha, chamada Fazendinha, 6 mil moradores vivem ali. Muitos passam dificuldade, mas fome, não.“Conheço pessoas que têm necessidades, mas não passam fome”, conta a líder comunitária Lourdes Maria Pereira Mello. “Pode não ter uma carne, não ter mistura todos os dias, mas tem arroz e feijão. Fome ninguém passa.”
Jucélia do Amor Divino Andrade mora na favela com os dois filhos há 12 anos. Desempregada e tratando de um câncer, ela recebeu neste mês R$ 400 do Auxílio Brasil. Até o mês passado, o valor era de R$ 600. Jucélia usa o dinheiro para pagar as contas de água, luz e gás. Os alimentos vêm de doações, uma cesta básica da igreja e outra da prefeitura.
“Nunca fiquei um dia sem refeição”, diz. “Alguém sempre ajuda, e eu corro atrás. Troco a carne pelo ovo, uma salsicha, uma amiga compra umas misturas para mim, e assim vou levando, mas, graças a Deus, fome nunca passei e não conheço ninguém que esteja nessa situação.”
Lourdes é um exemplo de que o sentido da vida é continuar. Natural de Nova Londrina, no Paraná, ela perdeu os pais aos 4 anos e foi doada. Passou apuros até os 19 anos, fugiu e foi morar na rua. Engravidou e foi abandonada pelo pai da criança. Quando encontrou a chance de trabalhar, agarrou com toda força.
Ao passar pelo Hospital das Damas, em Osasco, nos anos 1990, viu uma placa anunciando uma vaga para faxineira e entrou. A vaga já estava preenchida. Havia outra, para secretária de enfermagem. O médico que a entrevistou pediu que ela datilografasse uma carta. Embora não soubesse ler nem escrever, Lourdes topou o desafio, até que começou a chorar. Comovido, o médico lhe deu um emprego. “Me ensinaram a escrever, a ler, alugaram uma casa para mim, acolheram meu filho. Passei a ter um pouco de conhecimento e descobri que a vida não era só tristeza. Você precisa dar o primeiro passo”, diz. “Ali, eu me transformei na pessoa corajosa que sou hoje: a Dona Lourdes do Conjunto Vitória.”
Indústria da fome No começo do ano, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente)usou um número ainda mais esdrúxulo, também extraído do relatório da Penssan: disse que 120 milhões de pessoas — ou seja, mais da metade da população — passam fome no Brasil. É algo como a população do Japão.
Marina segue a cartilha Vigisan: 125 milhões vivem com “insegurança alimentar”.
Mas o que isso significa, afinal?
Na prática, são pessoas que não se alimentam como deveriam?
Ou convivem com a incerteza quanto ao acesso à comida no futuro?
Como isso faz sentido num país cuja agropecuária alimenta o mundo?Em carnes, por exemplo, o segmento nacional ofertou 20 milhões de toneladas para o mercado interno em 2021, somando proteínas de origem bovina, suína e de frangos.
São quase 100 quilos por ano para cada habitante, conforme os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De arroz e feijão, mistura favorita do brasileiro, a safra de 2021 soma praticamente 15 milhões de toneladas, o que equivale a quase 200 gramas de grãos crus por habitante por dia.
Batata e mandioca, por exemplo, aproximadamente 300 gramas por dia. E trigo, mais 100 gramas diários.
O material da CNBB sobre a Campanha da Fraternidade é explícito: a culpa pela fome no país é da grande propriedade rural.“Uma das mais importantes causas da fome no Brasil faz referência à concentração de terras, ocasionando uma distribuição excludente e causadora de desigualdades socioeconômicas de modo que é fundamental uma justa redistribuição da terra”, afirma.
Segundo Bruno Lucchi, diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), rebate o argumento ao lembrar que,graças à força da agropecuária nacional, o país conseguiu passar pela pandemia e enfrentar as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia sem que faltasse nenhum tipo de alimento na mesa do brasileiro. “O setor mostrou a importância que tem no país não só do ponto de vista econômico, de gerar riqueza por meio de valores de exportação e a geração de empregos, mas principalmente em garantir o abastecimento da população brasileira.”
No ano passado, a CNA entregou um documento aos candidatos à Presidência da República e ao Congresso, com um capítulo exclusivo sobre segurança alimentar. “Não podemos comemorar que há mais gente entrando nas bolsas da vida, porque aí estamos dando um atestado de que a política econômica do país não está sendo satisfatória. Ela tem que receber o auxílio, mas também tem que ter uma reinserção no mercado de trabalho e conseguir se sustentar de forma independente.”
É aí que a conta não fecha. Em abril de 2014, durante uma entrevista coletiva para blogueiros progressistas, o vencedor das eleições, agora presidente Lula, confessou que, quando era oposição, costumava citar números aleatórios que não condiziam com a realidade. “Era bonito a gente viajar o mundo e falar que no Brasil tem 30 milhões de crianças de rua… No Brasil, a gente nem sabia”, afirma. “Não esqueço nunca: estava debatendo eu, o Roberto Marinho e o Jaime Lerner, em Paris. Não sei de que entidade era, mas eu estava dizendo que no Brasil tem 25 milhões de crianças de rua. Quando eu terminei de falar, o Jaime Lerner falou para mim: ‘Oh, Lula, não pode ter 25 milhões de crianças de rua, porque senão a gente não conseguiria andar na rua, Lula, é muita gente’.”
É da vida que governos registrem desencontros na largada. Basta lembrar
dois programas no nascedouro do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da
Silva, naquele já longínquo 2003: o Fome Zero e o Primeiro Emprego.
O primeiro foi abatido na decolagem, quando se desenhou mais como
iniciativa de organização político-popular do que como ação de combate à
fome propriamente dita. O segundo morreu de morte morrida mesmo, quando
a sempre repetida tese de que as contratações são estimuladas quando se
removem direitos trabalhistas colheu um primeiro fracasso (seriam
vários).
Qual a diferença, porém, com os desencontros de hoje, que se estão longe
de serem graves mostram-se sintomáticos? Vinte anos atrás tateava-se
para adiante, e agora os ruídos parecem decorrer de uma pilotagem de
olho no retrovisor.
Até certo ponto, o governo comandado pelo PT parece ter alguma
dificuldade para ganhar velocidade por ter um foco excessivo em falar
mal, procurar defeitos e desfazer ações do antecessor, ou antecessores
(entra aí a administração que sucedeu a de Dilma Rousseff).
Fez sentido que a propaganda eleitoral petista tenha aproveitado o
impulso proporcionado pela ideia, habilmente disseminada, de que o país
está destruído e é preciso reconstruí-lo. Eleições vencem-se também por
saber navegar e potencializar estados emocionais.
Mas, se o antibolsonarismo parece ter sido suficiente para a colheita
dos votos decisivos na eleição de outubro, persistir nele como centro da
narrativa traz pelo menos duas complicações: 1) obriga a recuos quando
se pretende fazer tábula rasa de eventuais avanços do período anterior; e
2) secundariza-se o coração da narrativa de qualquer governo de
sucesso, ser um instrumento para a construção de um futuro melhor.
Sem contar que nunca se falou tanto num candidato derrotado. Bolsonaro
continua no palco iluminado, agora pela mão dos adversários.
Vamos ao que interessa. Quais são as ideias do governo para evitar que
2023 registre desaceleração da economia, o que traria certamente a
diminuição do ritmo da recuperação do emprego?
Apenas a ação indutora do
Estado(e como vai ser isso?)será suficiente ou será necessário
evoluir na melhora do ambiente para o investimento privado?
O principal risco político para a nova administração é continuar ocupada
com a guerra cultural-propagandística contra a anterior enquanto se
deterioram as condições econômicas do povão.
Sempre se poderá, é claro, evocar alguma herança maldita, mas não é certo que venha a resolver o problema.
Até porque o bolsonarismo preserva, como começam a mostrar os
levantamentos, forte base social. E mantém uma militância mobilizada
para a guerra cultural e de narrativas.
Muito diferente dos primeiros
governos do PT, que só enfrentavam oposição social-partidária real em
época de eleição.[a oposição será permanente, não com narrativas e sim com fatos que sempre mostrarão o desgoverno recém instalado - não será tarefa dificil mostrar erros em um ajuntamento, que insistem em chamar de governo, no qual o ministro da Educação não sabe somar 8 + 4.
Necessário ter em conta que com o Novo Congresso a oposição vai complicar mais o que já está complicado;
- conseguiram aprovar a PEC da Transição, que em um primeiro momento pareceu uma vitória da esquerda, mas agora se revela um desastre para os comunistas que tentam iniciar um governo = vai faltar dinheiro, até o pequeno aumento do salário mínimo pode emperrar e não terão a desculpa de alegar que a falta de recursos seria motivada por uma não ocorrida rejeição da PEC PRECIPÍCIO.]
O governo tem só uma semana, e o presidente parece ter-se dado conta da
necessidade de um freio de arrumação. Mais que um freio, talvez seja
necessária alguma correção de rota. Lula ainda tem tempo.
Nos municípios
onde Bolsonaro e Haddad tiveram sua maior votação, a semelhança é a
população pequena, boa parte na zona rural; diferenças são todo o resto
O retrato da polarização
Nova Pádua foi a cidade mais
bolsonarista, enquanto que Guaribas o principal reduto haddadista no 1º
turno das eleições. Ambas resumem o Brasil
Infelizmente, votar no PT, votar no Haddad, significa votar pela manutenção da miséria. Detalhe: a miséria permanece, até cresceu, apesar de Guaribas receber atenção especial do PT desde 2003(foto: Picasa)
REPETINDO O PASSADO Separadas por uma distância de 3.134 quilômetros, Nova Pádua e
Guaribas têm em comum o campo como base econômica principal. Em Nova
Pádua, a tônica da discussão política tem sido há algum tempo a busca
por ferramentas que aumentem a transparência da administração e diminuam
a corrupção.O município exibe há tempos um perfil antipetista.Em
2014, Dilma Rousseff também já havia sido fragorosamente derrotada em
Nova Pádua. Um percentual até maior que o oferecido agora a Jair
Bolsonaro. A cidade rendeu 88,14% de seus votos na ocasião a Aécio
Neves, do PSDB.
Guaribas (PI) possui quase o dobro de habitantes de Nova
Pádua, com 4,4 mil pessoas. No primeiro turno, 2.785 eleitores votaram
em Fernando Haddad. Antes ainda da posse de Lula no seu primeiro
governo, em 2003, José Graziano escolhera a cidade para ser piloto do
Fome Zero, a primeira experiência de transferência de renda dos governos
petistas, que depois evoluiria para o Bolsa Família. Como se vê, Nova
Pádua e Guaribas resumem, nas suas pequenas dimensões, os embates e as
divisões do Brasil.
Pela pluralidade da informação destacamos que alguns órgãos de imprensa, mantém Guaribas como reduto petista e colocam a cidade de Treze de Maio - SC, como a cidade mais BOLSONARISTA. Apesar da diferença em números absolutos existente entre o total de eleitores de Treze de Maio e Nova Pádua, os números relativos aos que votaram em Bolsonaro nas duas cidades são praticamente iguais e estão um pouco acima de 80%.
Lula lamentou não poder reencontrar velhos amigos
no fim de semana em Adis Abeba, líderes de dinastias cleptocratas que sustentam
longevas ditaduras
Horas
depois de ser condenado a mais de 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de
dinheiro, estava pronto para atravessar o Atlântico e participar de uma reunião
sobre... a luta contra a corrupção. A viagem
de dez mil quilômetros à Etiópia (14 horas em voo direto) foi abortada pela
Justiça na sexta-feira. “Vejam que absurdo” — contou em vídeo na página do PT.“Eu estava com a mala pronta, quando recebi um recado em casa: um juiz bloqueou
o meu passaporte.”
Protestou:
“Nós vivemos um momento de ditadura de uma parcela do Poder Judiciário,
sobretudo o Poder Judiciário que cuida de uma coisa chamada Operação Lava-Jato,
que vocês já devem ter ouvido falar aí na África.” Lula iria
à cúpula da União Africana em Adis Abeba, capital de um país onde o “estado de
emergência” é decreto recorrente, e a opinião pública não pode ser expressa nem
em particular. Queixou-se
por não poder estar com “o querido companheiro” Hailemariam Desalegn, primeiro-ministro
etíope, cuja polícia matou mil opositores nos últimos 16 meses e recolheu
outros 21 mil a “campos de reabilitação” — informa a Human Rights Watch em
relatório deste mês.
Organismo
comunitário, a União Africana foi erguida nos anos 90 pelo falecido ditador
líbio Muammar Kadafi, na época isolado porque patrocinava atentados como o da
bomba num avião da Pan Am, que espalhou 270 cadáveres sobre uma vila da
Escócia. Kadafi apoiou Lula na campanha de 2002, segundo o ex-ministro Antonio
Palocci, preso em Curitiba. Eleito, Lula foi a Trípoli.
A visita a Kadafi para
“negócios” , como definiu, está contada em livro dos repórteres Leonêncio Nossa
e Eduardo Scolese.
As
eleições municipais demonstraram que os brasileiros estão desiludidos
com esse populismo de esquerdacampeãona promessa de “distribuição” da
riqueza, mas absolutamente incompetente na tarefa de criá-la
A
constatação da existência de irregularidades no pagamento do Bolsa
Família a cerca de 1,1 milhão de famílias – o equivalente a 8% dos quase
14 milhões de famílias inscritas no programa – levou o governo a
cancelar 469 mil benefícios e bloquear – até que as objeções levantadas
sejam esclarecidas, num prazo de três meses– o saque de outras 654 mil
contas em todo o País. Explicou o ministro Osmar Terra, do
Desenvolvimento Social e Agrário, que não se trata de “corte ou economia
de recursos, mas do necessário controle de gastos”. E acrescentou: “O
objetivo é separar o joio do trigo. Quem realmente precisa vai continuar
recebendo o benefício”. [só no Distrito Federal existe mais de 8.000 bolsas fraudadas - a solução é o cancelamento e a prisão dos beneficiários da fraude. A punição tem que ser exemplar e se estender aos que colaboraram no processo fraudulento.]
Um pente-fino no Bolsa Família era
indispensável diante das evidências de que os governos petistas, por
criminosa negligência ou simples incompetência, haviam perdido o
controle do programa. Há cerca de dois meses, no início de setembro, o
governo Temer anunciara a decisão de fazer uma ampla varredura no
cadastro do Bolsa Família, com a intenção de garantir que, depurado dos
pagamentos que vinham sendo indevidamente feitos, o programa passasse a
beneficiar um número maior de famílias realmente necessitadas de ajuda.
As
irregularidades que agora começam a ser corrigidas foram apuradas
mediante o cruzamento de informações de 6 bases distintas de dados: o
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas, o Instituto Nacional do Seguro Social, o Sistema
Integrado de Administração de Recursos Humanos, o Sistema de Controle de
Óbitos e a Relação Anual de Informações Sociais.
A existência de
mais de 1 milhão de benefícios suspeitos de estarem sendo concedidos
indevidamente não é surpresa ao cabo de mais de uma década em que o
Bolsa Família foi manipulado pelo lulopetismo como poderoso instrumento
para a consolidação de seu projeto de poder. A história é conhecida,
revelada anos atrás pelo ex-petista Hélio Bicudo, e remonta ao início do
primeiro mandato de Lula, no momento em que o comando político do
governo promovia a transformação do projeto original, Fome Zero, em
Bolsa Família.
O Fome Zero era, mais do que um programa de
transferência de renda, um amplo, complexo e dispendioso projeto de
inclusão social que demandaria tempo para ser implantado e para produzir
efeitos políticos. Em reunião no Palácio do Planalto, os responsáveis
pelo Fome Zero, entre eles Hélio Bicudo, questionaram o então ministro
José Dirceu, chefe da Casa Civil de Lula, a respeito da troca de um
programa socialmente reestruturante que ambicionava promover uma
transformação social, por outro que atingiria desde logo uma quantidade
muito maior de beneficiários, mas praticamente se limitaria àquilo que o
Fome Zero também previa: a transferência direta e mensal de uma “renda
mínima”. A explicação do chefe da quadrilha do mensalão foi curta e
grossa: “O Bolsa Família representa 40 milhões de votos”.
O Bolsa
Família, de qualquer modo, cumpre o papel de prover minimamente
necessidades materiais básicas, como a de ter o que comer, de uma
população carente de outras fontes suficientes de recursos. Nem se trata
de questionar, como ocorreu no passado dentro do próprio governo
petista, a capacidade desse programa de abrir de fato a possibilidade de
futura inclusão dos desvalidos na vida econômica do País. Mas é claro
que, tendo sido o Bolsa Família concebido primordialmente para garantir
ao lulopetismo um curral eleitoral de “40 milhões de votos”, durante os
governos Lula e Dilma ninguém se preocupou para valer com o controle
rigoroso dos cadastros. Daí aberrações como as reveladas agora, de que
pelo menos 3 mil famílias beneficiárias do programa fizeram doações a
campanhas eleitorais no pleito municipal.
A oposição sem voto já
acusa o governo de promover “cortes”no Bolsa Família como prova de sua
intenção de reduzir os investimentos sociais e, conforme o que está
proposto na PEC do Teto de Gastos, “congelar” gastos na educação e na
saúde. É um discurso fácil e mentiroso que tem, de qualquer modo, apelo
emocional. Mas as eleições municipais demonstraram que os brasileiros
estão desiludidos com esse populismo de esquerda campeão na promessa de
“distribuição” da riqueza, mas absolutamente incompetente na tarefa de
criá-la.
O Partido dos Trabalhadores (PT) tem sido motivo de profundas e amargas decepções para quem acreditou em seus propósitos iniciais. Criado há 35 anos por um grupo heterogêneo composto por acadêmicos de esquerda,
líderes sindicais e católicos identificados com a Teologia da Libertação,
levantou a bandeira da justiça social e da moralização da vida pública e se
propôs a lutar contra "tudo o que está aí", para garantir os direitos
dos trabalhadores e a inclusão na vida econômica dos miseráveis abandonados na
periferia das metrópoles e nos grotões do interior.
Depois de mais de 20 anos,
ao custo de renegar fundamentos de seu ideário, conquistou o poder e ali
permanece até hoje, de braços dados com as lideranças políticas mais
retrógradas que antes combatia. Hoje, o PT "ou muda ou acaba",
segundo anátema lançado por um de seus muitos militantes desiludidos, a
senadora Marta Suplicy.
Outro contundente depoimento sobre os descaminhos do PT
foi prestado por um de seus apoiadores de primeira hora,o dominicano Frei Betto,
que no primeiro mandato de Lula, em 2003, coordenou a implantação do programa
Fome Zero, logo substituído pelo Bolsa Família. Substituição que, aliás,
motivou o afastamento voluntário de Frei Betto do governo, pelas razões que
deixa claras na longa entrevista concedida à coluna Direto da Fonte, de Sonia
Racy, publicada no Estado de 30 de março.
Afirma o religioso dominicano que hoje se assiste ao
"começo do fim" do PT. Mas, provável e compreensivelmente levado pela
memória afetiva que o liga a líderes e à história do PT e "apesar de todos
os pesares", Frei Betto entende que os 12 anos de governo do PT até agora
"foram os melhores de nossa história republicana". O que não o impede
de botar o dedo na ferida, indo diretamente à questão central que provoca sua
desilusão com o partido de Lula: "O PT trocou um projeto de Brasil por um
projeto de poder". E isso se reflete no fato de que não se concretizou até
hoje "nenhuma reforma de estrutura, nenhuma daquelas prometidas nos
documentos originais do PT". E cita: "Nem a (reforma) agrária, nem a
tributária, nem a política. E aí poderíamos acrescentar: nem a da educação, nem
a urbana. Em suma, o que falta ao governo - e desde 2003 - é planejamento
estratégico". Em outras palavras, um projeto de País.
Para Frei Betto, os governos do PT facilitaram "o
acesso dos brasileiros aos bens pessoais, mas não aos bens sociais". E
explica: "Se vamos em um barraco de favela, lá dentro tem TV a cores,
micro-ondas, máquina de lavar" e muitos outros bens de consumo.
"Porém, essa família continua no barraco, sem saneamento, em um emprego
precário, sem acesso à saúde, educação, transporte público e segurança de
qualidade. O governo facilitou o acesso dos brasileiros aos bens pessoais, mas
não aos bens sociais." Essa colocação explicita o espírito das "políticas
sociais" dos governos petistas, sempre de caráter pontual, feitas para
atingir objetivos de curto prazo e, de preferência, eleitorais. Foi o que
ocorreu com a substituição do Fome Zero pelo Bolsa Família. O primeiro, muito
mais complexo e, consequentemente, preso a possibilidades de ampliação mais
lentas, não se limitava a proporcionar às pessoas excluídas da vida econômica
uma contribuição financeira mensal para a sobrevivência, mas oferecia um
conjunto de possibilidades e impunha obrigações, de modo a criar condições para
a inserção do beneficiado na atividade produtiva. É o que Frei Betto chama de
programa de "caráter emancipatório". Ao contrário, o Bolsa Família,
muito mais facilmente implantável e ampliável, acaba tornando seus
beneficiários dependentes financeiros do poder público. Cria e alimenta, em
português claro, verdadeiros currais eleitorais.
Essa evidência se confirma com o testemunho de outro
desiludido com o PT, o jurista Hélio Bicudo, que relatou em entrevista gravada
a um programa de televisão o seguinte episódio: em 2003, numa reunião de
membros do governo sobre a implantação do Bolsa Família, questionado sobre os
objetivos e benefícios do programa, o então ministro José Dirceu, chefe da Casa
Civil, respondeu sem pestanejar: "Quarenta milhões de votos". Dá para
entender por que o PT acabou se transformando numa farsa até para muitos
antigos e fiéis militantes e apoiadores.