A medida permitiu a alteração das regras trabalhistas por três meses, durante a pandemia de Covid-19
O ministro da Economia, Paulo Guedes, prevê que 5 milhões de
trabalhadores devem ter salários e jornadas cortados ou contratos
suspensos até o fim desta quinta-feira (30/4), pelo programa de
manutenção de empregos do governo. A medida permitiu a alteração das
regras trabalhistas por três meses, durante a pandemia de Covid-19. Até
esta quarta-feira (29/4), 4,3 milhões de pessoas haviam sido afetadas.
Guedes
comemorou o resultado do programa proposto pelo governo, em audiência
pública na comissão mista que discute as medidas adotadas para conter os
impactos do novo coronavírus no país, nesta quinta. Com a possibilidade
de reduzir os gastos com folha de pagamento, as empresas que estão com
faturamento comprometido pela crise deixam de demitir funcionários,
argumenta.
O ministro comparou a situação com a dos Estados Unidos, onde 26
milhões de pessoas perderam os empregos. No Brasil, segundo ele, os
níveis continuam parecidos com os registrados no mesmo período de 2019.
Na primeira metade de abril deste ano, 270 mil pessoas pediram
seguro-desemprego. "Mais ou menos o mesmo do ano passado. Não houve onda
maciça de desemprego", disse.
Já a situação
dos trabalhadores autônomos e sem carteira assinada, que estão entre os
grupos que mais sofrem com a queda de atividade econômica, não é tão
positiva. "Claro que, aqui, os informais estão sofrendo muito", admitiu.
Mas lembrou que, para esse grupo, o governo propôs o auxílio
emergencial de R$ 600. Segundo a Caixa, que faz os repasses, o benefício
foi pago a 50 milhões de brasileiros até agora. [o detalhe desfavorável é que o tão falado auxílio emergencial não apareceu ainda para muitos;
milhões estão ainda com a inscrição em ANÁLISE e quando recebem um aviso de inconsistência de dados, acessam a inscrição e nada encontram de errado.
Considerando o tempo desde o inicio do cadastramento para o auxílio - que de emergencial não tem nada já que a demora, a indefinição, alcança milhões - o governo já tem condições de informar aos que ainda não receberam nenhum valor, se foram reprovados e o que devem fazer.
A incerteza, a falta de transparência, é que atormenta a milhões.]
Economia - Correio Braziliense