Mulheres de políticos viraram comparsas do maridão
Não combina com a cara de faraó, pensei enquanto
olhava de soslaio o chapéu de palha que Ulysses Guimarães, ressonando à
minha esquerda no banco traseiro do Opala, tinha sobre a cabeça desde o
fim da tarde daquele sábado de setembro. Ganhara o chapéu em
Itaquaquecetuba, procissão de vogais e consoantes estacionada na Grande
São Paulo que hospedara o quinto comício do dia. Cinco horas e dois
palanques depois, o presente do eleitor anônimo continuava cobrindo a
calva do deputado que comandava o PMDB em mais uma campanha eleitoral,
dessa vez promovida para eleger novos prefeitos e vereadores.
Revista Oeste - Coluna Augusto Nunes