Eu sabia que essa semana não tinha escapatória. Foi botar o pé na
Praça General Osório e o urro do ciclope provocou uma revoada de pardais e um
tremendo susto em vários incautos, que entravam, distraídos, na estação do
Metrô. Claro, era ele: Bagá em toda a sua fúria, causada pela tremenda
chinelada que o seu adorado Mengo levou do Corinthians, em pleno Maracanã.
Chegou correndo, esbaforido, quase botando os bofes pela bocarra, mas disparando a sua metralhadora giratória, sem piedade:
— Chefia, não aguento mais o Cristóvão! Até domingo eu ainda achava que podia dar certo e que você estava de má vontade. Mas o que ele fez nessa partida contra o Timão foi indesculpável.
Embora desde a contratação do técnico eu venha criticando a infeliz ideia de Rodrigo Caetano e do conselho gestor, me fiz de bobo e provoquei a fera: — Mas a culpa foi também dos jogadores, Bagá! Afinal, ninguém jogou bulhufas...
Olho rútilo e baba bovina (ave, Nélson!) escorrendo da beiçola, o gigante de ébano bramiu: — Amizade, o meu Mengão não pode ir pro vestiário apanhando de 2 a 0 e voltar com o mesmo time, como se nada tivesse acontecido. Em 40 anos de arquibancada, é a primeira vez que vejo um treinador agir assim! Tinha que ter voltado com pelo menos duas alterações, pra tentar logo a reação. A apatia do Cristóvão é de enlouquecer.
Não dava pra discordar do sacrossanto crioulo. Como de hábito, a figura estava prenhe de razão. E continuava a sua colérica ladainha: — Com 10 minutos, o que ele fez? Tirou um atacante, Gabriel, e pôs um meia, Alan Patrick! Só mais tarde, quando a vaca já tinha ido pro brejo, ele sacou um dos três volantes! Parei contigo, Cristóvão.
Como eu nem comecei, preferi deixar a bola com o gigante de ébano. E ele ainda tinha o que falar: — O cara escala três volantes e manda o time pro ataque? Como assim? Atacar de que maneira, senão tem ninguém pra armar as jogadas? O Flamengo ficou rondando, rondando a área, que nem peru bêbado na véspera do Natal e, na primeira bobeada, contra-ataque e gol do Corinthians. Claro! O Cristóvão escala três cabeças de área e nem assim a defesa fica protegida. Tá brincando, né?
Tento amenizar o tom da conversa, lembrando que a partir de agora o Flamengo terá Emerson e Guerrero e o monstro solta um rugido enfurecido, antes de trocar de alvo: — Esse Bandeira também... Que tremendo acordo Caracu! O Timão tava louco pra aliviar a folha de pagamentos, a gente ajudou e o cara exige que os seus ex-jogadores não o enfrentem? Ah, vai...
Prefiro nem fazer o advogado do diabo e o Bagá continua soltando a lenha no cartola: — O que esse presidente está esperando pra botar o Cristóvão no olho da rua? Errou, irmão, admite e conserta. Chama logo o Oswaldo (de Oliveira) que ainda está aí dando sopa. Aliás, na saída do Luxa, se tivessem deixado o Jayme como interino, poderiam ter pegado o Marcelo Oliveira, antes do Palmeiras. Resolveram apostar no Mourinho do Pelourinho, deu nisso. [qualquer coisa serve para substituir o traste do Cristóvão... mas, vamos manter distância do tal Marcelo.]
Amanhã, o Fla volta a campo, pela Copa do Brasil, com Emerson e Guerrero. Esperançoso? — Sei, não, chefia. Jogar lá é osso duro de roer e o 0 a 0 é dos caras. Só se o Guerrero estiver numa outra noite iluminada, como a da estreia... [E o inútil do Cristóvão não for mais o técnico e sim o JAYME DE OLIVEIRA.]
Esperemos, Bagá, esperemos.
Chegou correndo, esbaforido, quase botando os bofes pela bocarra, mas disparando a sua metralhadora giratória, sem piedade:
— Chefia, não aguento mais o Cristóvão! Até domingo eu ainda achava que podia dar certo e que você estava de má vontade. Mas o que ele fez nessa partida contra o Timão foi indesculpável.
Embora desde a contratação do técnico eu venha criticando a infeliz ideia de Rodrigo Caetano e do conselho gestor, me fiz de bobo e provoquei a fera: — Mas a culpa foi também dos jogadores, Bagá! Afinal, ninguém jogou bulhufas...
Olho rútilo e baba bovina (ave, Nélson!) escorrendo da beiçola, o gigante de ébano bramiu: — Amizade, o meu Mengão não pode ir pro vestiário apanhando de 2 a 0 e voltar com o mesmo time, como se nada tivesse acontecido. Em 40 anos de arquibancada, é a primeira vez que vejo um treinador agir assim! Tinha que ter voltado com pelo menos duas alterações, pra tentar logo a reação. A apatia do Cristóvão é de enlouquecer.
Não dava pra discordar do sacrossanto crioulo. Como de hábito, a figura estava prenhe de razão. E continuava a sua colérica ladainha: — Com 10 minutos, o que ele fez? Tirou um atacante, Gabriel, e pôs um meia, Alan Patrick! Só mais tarde, quando a vaca já tinha ido pro brejo, ele sacou um dos três volantes! Parei contigo, Cristóvão.
Como eu nem comecei, preferi deixar a bola com o gigante de ébano. E ele ainda tinha o que falar: — O cara escala três volantes e manda o time pro ataque? Como assim? Atacar de que maneira, senão tem ninguém pra armar as jogadas? O Flamengo ficou rondando, rondando a área, que nem peru bêbado na véspera do Natal e, na primeira bobeada, contra-ataque e gol do Corinthians. Claro! O Cristóvão escala três cabeças de área e nem assim a defesa fica protegida. Tá brincando, né?
Tento amenizar o tom da conversa, lembrando que a partir de agora o Flamengo terá Emerson e Guerrero e o monstro solta um rugido enfurecido, antes de trocar de alvo: — Esse Bandeira também... Que tremendo acordo Caracu! O Timão tava louco pra aliviar a folha de pagamentos, a gente ajudou e o cara exige que os seus ex-jogadores não o enfrentem? Ah, vai...
Prefiro nem fazer o advogado do diabo e o Bagá continua soltando a lenha no cartola: — O que esse presidente está esperando pra botar o Cristóvão no olho da rua? Errou, irmão, admite e conserta. Chama logo o Oswaldo (de Oliveira) que ainda está aí dando sopa. Aliás, na saída do Luxa, se tivessem deixado o Jayme como interino, poderiam ter pegado o Marcelo Oliveira, antes do Palmeiras. Resolveram apostar no Mourinho do Pelourinho, deu nisso. [qualquer coisa serve para substituir o traste do Cristóvão... mas, vamos manter distância do tal Marcelo.]
Amanhã, o Fla volta a campo, pela Copa do Brasil, com Emerson e Guerrero. Esperançoso? — Sei, não, chefia. Jogar lá é osso duro de roer e o 0 a 0 é dos caras. Só se o Guerrero estiver numa outra noite iluminada, como a da estreia... [E o inútil do Cristóvão não for mais o técnico e sim o JAYME DE OLIVEIRA.]
Esperemos, Bagá, esperemos.
Blog do R.M.P