Mesmo com ilegalidade, professores prometem greve
por tempo indeterminado
Se a
determinação do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) for descumprida,
o GDF fica autorizado a cortar o ponto dos profissionais
Os 32 mil professores da rede pública de ensino estão obrigados a
retomar as atividades e começar, enfim, o ano letivo no Distrito
Federal. Após declarar greve na última segunda-feira — data prevista para o início das aulas —, o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro)
perdeu ação na Justiça, que decretou, ontem, a ilegalidade do movimento.
Caso a determinação do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) seja
descumprida, o GDF fica autorizado a cortar o ponto dos profissionais. Além
disso, a entidade sindical terá de pagar multa diária
de R$ 50 mi por cada escola parada. Mesmo diante da determinação do
TJDFT, diretores do Sinpro afirmam que a tendência é de acirramento na relação
com o Palácio do Buriti e eles não descartam insistir na paralisação.
Sob o argumento de que não houve um aviso prévio de 72 horas a respeito do movimento, como prevê a Lei Geral da Greve, a Procuradoria-Geral do DF ajuizou a ação na última segunda-feira e obteve resposta positiva em menos de 24h. Por meio de nota, a entidade informou que, até a noite de ontem, ainda não havia sido notificada oficialmente e que, tão logo isso ocorresse, recorreria da decisão. Isso porque, na visão dos sindicalistas, o movimento não é de greve e, portanto, não está caracterizado na legislação que trata do tema. “A decisão não foi pela deflagração de greve e, sim, pela suspensão das atividades até a próxima assembleia geral”. O encontro da categoria está marcado para amanhã. [o Sinpro = que defende os interesses dos baderneiros também chamados de professores = tenta se livrar do cumprimento de uma decisão judicial fazendo jogo de palavras. A greve é uma paralisação do trabalho. A suspensão do trabalho é usada mais como uma punição disciplinar.
Sob o argumento de que não houve um aviso prévio de 72 horas a respeito do movimento, como prevê a Lei Geral da Greve, a Procuradoria-Geral do DF ajuizou a ação na última segunda-feira e obteve resposta positiva em menos de 24h. Por meio de nota, a entidade informou que, até a noite de ontem, ainda não havia sido notificada oficialmente e que, tão logo isso ocorresse, recorreria da decisão. Isso porque, na visão dos sindicalistas, o movimento não é de greve e, portanto, não está caracterizado na legislação que trata do tema. “A decisão não foi pela deflagração de greve e, sim, pela suspensão das atividades até a próxima assembleia geral”. O encontro da categoria está marcado para amanhã. [o Sinpro = que defende os interesses dos baderneiros também chamados de professores = tenta se livrar do cumprimento de uma decisão judicial fazendo jogo de palavras. A greve é uma paralisação do trabalho. A suspensão do trabalho é usada mais como uma punição disciplinar.
E, certamente, apesar da notória
propensão a não trabalhar que caracteriza os professores do DF – rede pública –
eles sabem perfeitamente o significado dos termos greve, suspensão e
paralisação.]
A dívida com os docentes é estimada em R$ 183 milhões, entre 13º salário para os nascidos em dezembro (a totalidade é paga no mês de aniversário do servidor), abono de férias e rescisão contratual de 6 mil temporários. A categoria exige o pagamento à vista do débito. Rodrigo Rollemberg (PSB), por sua vez, assumiu o Executivo local anunciando um deficit nas contas públicas de R$ 3,5 bilhões e alegou não ter recursos para quitar os atrasos de uma só vez. Propôs, então, pagar a dívida em parcelas, até junho. Desde o início, o Sinpro discordou dessa ideia e, na última segunda-feira, optou pela paralisação como forma de pressionar o Palácio do Buriti.
A dívida com os docentes é estimada em R$ 183 milhões, entre 13º salário para os nascidos em dezembro (a totalidade é paga no mês de aniversário do servidor), abono de férias e rescisão contratual de 6 mil temporários. A categoria exige o pagamento à vista do débito. Rodrigo Rollemberg (PSB), por sua vez, assumiu o Executivo local anunciando um deficit nas contas públicas de R$ 3,5 bilhões e alegou não ter recursos para quitar os atrasos de uma só vez. Propôs, então, pagar a dívida em parcelas, até junho. Desde o início, o Sinpro discordou dessa ideia e, na última segunda-feira, optou pela paralisação como forma de pressionar o Palácio do Buriti.
Fonte: Correio Braziliense