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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O dicionário informa: Lula não é honesto. O vídeo acrescenta: nunca foi



No sermão da missa negra celebrada no Instituto Lula, com um bando de blogueiros caprichando no papel de coroinhas sabujos, Lula anunciou a conquista do título de campeão brasileiro de honestidade. “Se tem uma coisa que eu me orgulho, neste país, é que não tem uma viva alma mais honesta do que eu”, louvou-se o pregador. “Nem dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério Público, nem dentro da igreja católica, nem dentro da igreja evangélica. Pode ter igual, mas eu duvido”.

 A HONESTIDADE DE LULA

Uma consulta a qualquer dicionário informa que o palavrório do chefão do PT faz tanto sentido quanto uma faixa de Presidiário Modelo pendurada no peito do companheiro Marcola, chefão do PCC. A leitura do verbete ensina que o adjetivo honesto só é aplicável a alguém que seja 1) honrado, probo; 2) consciencioso, sério, digno de confiança; 3) justo, escrupuloso; 4) imparcial; 5) veraz; 6) decente, decoroso, virtuoso; 7) casto, pudico, recatado. Nem Marilena Chauí ousaria enquadrar seu santo padroeiro numa das sete opções.

O ex-presidente nasceu desprovido do sentimento da honra, vive espancando a seriedade, não é confiável, imagina que escrúpulo é nome de inseto, é mais parcial que torcida organizada, mente como Dilma Rousseff, é tão virtuoso quanto Rosemary Noronha e acha que decência é coisa de otário. Para o homem que liderou a execução de implantação do projeto criminoso de poder, o único pecado mortal é perder a eleição. A eternidade no poder é o fim que justifica todos os meios ─ do furto do cofrinho da bisavó à venda da mãe em suaves prestações.
Bolsonaro reage a declaração de honestidade de Lula 

Lula não é honesto, berram em coro os dicionários. Nunca foi, acrescenta o vídeo. Os 22 segundos iniciais reproduzem o comunicado aos blogueiros: o camelô de empreiteira já garantiu a aprovação com louvor no Juízo Final. Os 68 segundos restantes, gravados em 25 de março de 2004, registram o momento mais assombroso da conversa entre o então presidente e um faxineiro que devolveu ao dono a sacola com 10 mil dólares que encontrara dias antes no banheiro do aeroporto de Brasília.
 Lula, o malandro, dá lição de honestidade em homem honesto que devolveu dinheiro

Graças ao exemplo de honradez, noticiado com destaque, Francisco Basílio Cavalcante conseguiu alguns minutos de notoriedade e um encontro com Lula no Palácio do Planalto. O faxineiro lutava pela sobrevivência sitiado por contas atrasadas. O antigo metalúrgico era um político prestes a ingressar no mundo dos milionários, chefiava um partido com os cofres permanentemente alimentados por parceiros de negociatas e já havia pacificado o Congresso com o Mensalão que só seria descoberto mais de um ano depois.

─ Você acha que tem muitos brasileiros que fariam o que você faz? ─ pergunta Lula na abertura da conversa.
─ Tem ─ responde Francisco sem titubeios. ─ Tive alguns amigos que me disseram para ficar com o dinheiro, mas esse é o lado desonesto.
─ Mas nem é desonestidade, não ─ discorda o presidente. ─ Quem acha um dinheiro assim, sem dono, pensa em melhorar de vida. Os que tem a consciência muito forte como você são muito poucos.

Ele nunca esteve entre esses “muito poucos”. Se estivesse no lugar no faxineiro, o dono da sacola nunca mais veria a cor do dinheiro. Lula faria com os 10 mil dólares o que fizeram com os bilhões da Petrobras os gatunos que apadrinhou.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes