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domingo, 14 de janeiro de 2018

Moral sexual

Suponham que o mundo inteiro adotasse o “sex lib” e o “casamento aberto”, abolindo toda moral sexual oficial. Seria uma catástrofe, o fim da civilização? No meu modesto entender, seria a maior onda de conversões que já se viu ao longo de toda a história humana. Ninguém aguenta a porra da “liberdade sexual” por mais de algumas semanas sem endoidar de vez ou tomar uma providência.
La chair est triste.” (Arthur Rimbaud)

O problema nos EUA não é a libertinagem, mas a coexistência às vezes na mesma cabeça da libertinagem mais louca com o mais extremo moralismo. Se você ensina a um jovem uma estrita moral sexual antes de que ele tenha aprendido a caridade, o perdão, o amor ao próximo, você está criando um monstrinho. Esse é o maior problema na sociedade americana.

A tal da revolução sexual não me impressiona nem um pouco. Por mim, podem autorizar até casamento entre um homem e um porco-espinho macho, que isso não vai mudar em nada a conduta da maioria das pessoas. Nem — acredito — a dos porcos-espinhos.   O problema dessas coisas não é a promoção da sacanagem universal. É a demolição da lógica jurídica. A experiência histórica mostra que as sociedades sobrevivem a doses maciças de putaria, mas não à confusão total das leis.

Quando os americanos, alegrinhos de poder ostentar disciplina cristã em público, consentiram em submeter-se à prepotência antitabagista, eles já tinham abdicado da sua liberdade. A quase totalidade dos programas da esquerda se impôs na América adotando a linguagem do moralismo protestante e assim usurpando o consentimento daqueles que se tornariam suas primeiras vítimas.

Rafael Nogueira Herança inglesa? Dalrymple diz que os ingleses são muito hipócritas com questões sexuais, diferentes nisso dos franceses, que o são com questões de dinheiro, mas não de sexo.
Olavo de Carvalho Herança protestante. E na Inglaterra sempre houve mais liberdade sexual do que nos EUA. By the way, a hipocrisia não é moralismo, é o mecanismo de compensação dele.

 MSM