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Bolsonaro e Trump, afinados
A escalada da
crise que ameaça o mandato do presidente do Paraguai, Mario Abdo
Benítes, acusado pela oposição de ter fechado com o Brasil um acordo que
fere os interesses do seu país, provocou uma ação conjunta dos
presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump.
Bolsonaro admitiu rever o
acordo que levaria o Paraguai a pagar mais caro pela energia produzida
pela hidroelétrica de Itaipu. O embaixador americano em Assunção, ontem à
noite, soltou uma nota onde cobra do Congresso paraguaio o “estrito
respeito à lei”.
Benítes é considerado um
aliado pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos. O acordo
considerado lesivo ao Paraguai foi assinado em maio último, mas só agora
revelado. Poderia beneficiar uma empresa brasileira ligada à família de
Bolsonaro.
O Senado paraguaio
recusou-se a aprovar o acordo. Benítez demitiu quatro autoridades que se
envolveram nas negociações – entre elas o ministro das Relações
Exteriores, Luis Castiglioni. E segue disposto a resistir às pressões
para que renuncie ao cargo.
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