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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Pai se recusou a correr e morreu na porta da escola



Pai morreu na porta de escola por ter se recusado a correr
De acordo com a investigação, a quadrilha, especializada em roubo de carros, se intitulava "Fábrica de luto, em busca do dinheiro" e deixavam os carros roubados no Setor de Oficinas Sul (SOF)

Os três suspeitos da morte do servidor público Eli Roberto Chagas, 51 anos, que foram presos na manhã desta quarta-feira (17/2), integravam uma quadrilha especializada em roubo de carros. Segundo Rodrigo Larizzatti, delegado da 4ª Delegacia de Polícia (Guará), Felype Espíndola de Azevedo, 22 anos, foi o responsável pelos disparos que mataram a vítima.

Eli foi abordado pela janela do passageiro, assim que chegou a escola do filho. O suspeito mandou que o pai entregasse a pulseira de ouro e saísse do veículo. Ele obedeceu, e quando Felype já estava dentro do carro, mandou que Eli corresse. Por a vítima não ter reagido a ordem, o suspeito efetuou os disparos. De acordo com a investigação, a quadrilha se intitulava “Fábrica de luto, em busca do dinheiro” e deixavam os carros roubados no Setor de Oficinas Sul (SOF). 

                           Desde dezembro, o trio realizou pelo menos outros três roubos

No dia do crime, o irmão de Felype, Milton Espíndola de Azevedo, 25, que estava foragido por ter cometido roubo de veículos no ano passado, também teria roubado outro carro, um Gol, e ido encontrar o irmão no SOF, lugar que eles estavam acostumados a deixar os carros que eram roubados. Ao verem a repercussão do crime, eles deixaram o veículo de Eli no local e fugiram para a Cidade Ocidental, onde encontraram Márcio Marçal, de 35 anos, que receptava os carros roubados pelos irmãos.

Foi apurado que, desde dezembro, o trio realizou pelo menos outros três roubos. Mas o número pode ser maior, já que a polícia espera que as vítimas se apresentem para a identificação dos suspeitos. Felype confessou informalmente que matou o servidor público.  No momento da prisão, por volta das 6h, os suspeitos estavam todos juntos em uma residência em Valparaíso, dormindo. Segundo a Polícia Civil, não houve resistência e na casa estavam alguns parentes. No local foram encontrados dois carros que estão sendo periciados para saber se são fruto de outros roubos. Segundo Felype, a arma usada no crime foi vendida, mas a informação ainda vai ser checada pela polícia, visto que o suspeito deu também a versão que ela teria sido jogada fora.

Após ouvir inúmeras denúncias anônimas e analisar imagens de câmeras de segurança dos locais onde o trio passou, a polícia conseguiu chegar aos suspeitos. Segundo Eric Seba, diretor-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), as prisões são uma resposta à sociedade: “Em duas semanas conseguimos realizar esse trabalho mesmo diante de especulações sobre a demora nas investigações. Foi um trabalho técnico e de inteligência.” Homens da Divisão de Operações Especiais (DOE), o helicóptero da corporação e a Polícia Civil do Estado de Goiás ajudaram nas buscas e prisão dos suspeitos.

Larizzatti afirmou que essa é apenas a primeira etapa da investigação: "Ainda há muito a ser esclarecido, não iremos parar por aqui". Se somado todos os crimes, eles podem pegar até 34 anos de prisão e responderão por latrocínio (roubo seguido de morte). 

Com informações de Gabriella Bertoni  - Correio Braziliense