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sexta-feira, 5 de maio de 2017

Rio, cidade detonada

Furto de caixas eletrônicos com uso de explosivo agrava a crise de segurança que atinge o Rio de Janeiro 

Na madrugada da sexta-feira (21), um estrondo aterrorizou os moradores do entorno da Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, uma das áreas mais valorizadas do Rio de Janeiro. Numa ação que durou menos de dez minutos, ladrões explodiram caixas eletrônicos de uma agência bancária e fugiram levando uma mochila. Os investigadores não informaram o montante do roubo. Quase simultaneamente, outro bando cometia o mesmo tipo de crime em um banco de Tanguá, na região metropolitana. Nos dez dias anteriores houve na região metropolitana do Rio de Janeiro outros cinco ataques similares, acarretando um problema a mais para uma cidade que já enfrenta uma crise grave no setor de segurança. 


 Cena de um ataque com explosivo em Ipanema. O modo de agir dos bandidos já se tornou familiar (Foto: DANIEL CASTELO BRANCO/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Na véspera do ataque em Ipanema, foram presas 20 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha especializada em estourar caixas eletrônicos, com ramificações no Rio de Janeiro e em São Paulo. As detenções resultam de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público fluminense, iniciada há nove meses, após uma série de crimes do gênero ocorrer na região sul-fluminense. À frente do trabalho, o promotor Fabiano Gonçalves acredita que tenham como protagonista uma mesma quadrilha e aponta uma facção paulista como a exportadora desse modo de atuar. “Impressiona que esse conhecimento sobre explosivos se dissemine tão rapidamente”, afirma Gonçalves.

Há diversos procedimentos em comum entre os cinco ataques do ano passado em cidades fluminenses, que renderam aos bandidos R$ 2 milhões, e as investidas mais recentes. Um bando de dez a 15 pessoas armadas com fuzis age sempre de madrugada e espalha no asfalto artefatos metálicos pontiagudos para dificultar a perseguição. Não se pode afirmar que a maior facção criminosa do país esteja por trás dessas ações, que se espraiam pelo país por seu alto grau de sucesso e retorno. O crime tem também seus modismos, só suprimidos quando os agentes de segurança aprendem a melhor forma de combatê-­los. “Não tenho dúvidas de que o PCC possui mais conhecimento no assunto, porém o mais provável é que bandidos do Rio tenham desenvolvido sua própria forma de atuar”, aposta o analista criminal Guaracy Mingardi. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que o furto de caixas eletrônicos com uso de explosivos caiu 23% em 2016, em comparação com o ano anterior. Mas o tema preocupa. Tramita no Senado um Projeto de Lei que aumenta para dez anos a pena máxima para quem comete esse delito.

Fonte: Revista Época

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