Renata Mariz
Proposta, que já foi aprovada na Câmara e tramita no Senado, derruba obrigatoriedade de número de lote constar dos cartuchos
O GLOBO tentou falar com Alexandre Leite, mas ele não
retornou os contatos. O projeto, agora, será relatado pelo senador
Marcos do Val (Podemos-ES) na Comissão de Constituição de Justiça do
Senado. O parlamentar também não respondeu à reportagem. A
presidente do colegiado, senadora Simone Tebet (MDB-MS), afirmou na
última sexta-feira que a pauta da segurança pública e a agenda econômica
devem concorrer em importância no colegiado ao longo deste ano. Marcos
do Val ainda não apresentou seu relatório para que Tebet decida se
colocará em votação.
O projeto enviado pelo presidente Jair Bolsonaro em junho foi a saída encontrada pelo governo após um de seus decretos que facilitavam o acesso a armas ser derrubado no Senado. Com a sinalização de que a Câmara também votaria pela anulação da norma, o Executivo revogou o próprio ato e encaminhou mudanças via projeto de lei. A medida também estava sendo questionada judicialmente.
Bolsonaro chegou a pedir nas redes sociais para a população
pressionar os parlamentares a não derrubar o decreto. A anulação do
texto no Senado foi uma das maiores derrotas sofridas pelo presidente no
Parlamento no primeiro ano à frente do Palácio do Planalto. As
modificações feitas pelos deputados no projeto enviado pelo Executivo
praticamente desfiguraram o texto. A redação que acabou aprovada e foi
para o Senado não agradou nem mesmo os destinatários iniciais da
proposta: os CACs.
Marcelo Midaglia Resende, presidente da Associação CAC Brasil, discorda do dispositivo que acaba de vez com a marcação de munições no país — tirando a obrigatoriedade das únicas duas categorias que precisam comprar projeteis identificados (forças de segurança pública e Forças Armadas). — Acho que todo tipo de controle, desde que bem feito, é válido, beneficia o usuário e também quem não tem arma. Acho positivo inclusive para as munições de atiradores. Por que não ter marcação? — questiona. [Por que ter marcação?O que o presidente dessa Associação quer é criar mais um feudo exclusivo para determinadas categorias.
Qual o sentido de pretender controlar apenas as Forças Armadas e a Polícia? ]
Ele afirma que a bandeira pró-armas do governo tem intensificado um desvirtuamento da atividade: — Essa coisa do Bolsonaro, de falar em arma, tem levado muita gente a se tornar CAC com o único intuito de ter a arma de fogo. A associação tenta orientar essas pessoas sobre a atividade e a necessidade de treinar.
Brasil - Jornal O Globo
O projeto enviado pelo presidente Jair Bolsonaro em junho foi a saída encontrada pelo governo após um de seus decretos que facilitavam o acesso a armas ser derrubado no Senado. Com a sinalização de que a Câmara também votaria pela anulação da norma, o Executivo revogou o próprio ato e encaminhou mudanças via projeto de lei. A medida também estava sendo questionada judicialmente.
Marcelo Midaglia Resende, presidente da Associação CAC Brasil, discorda do dispositivo que acaba de vez com a marcação de munições no país — tirando a obrigatoriedade das únicas duas categorias que precisam comprar projeteis identificados (forças de segurança pública e Forças Armadas). — Acho que todo tipo de controle, desde que bem feito, é válido, beneficia o usuário e também quem não tem arma. Acho positivo inclusive para as munições de atiradores. Por que não ter marcação? — questiona. [Por que ter marcação?O que o presidente dessa Associação quer é criar mais um feudo exclusivo para determinadas categorias.
Qual o sentido de pretender controlar apenas as Forças Armadas e a Polícia? ]
Ele afirma que a bandeira pró-armas do governo tem intensificado um desvirtuamento da atividade: — Essa coisa do Bolsonaro, de falar em arma, tem levado muita gente a se tornar CAC com o único intuito de ter a arma de fogo. A associação tenta orientar essas pessoas sobre a atividade e a necessidade de treinar.
Brasil - Jornal O Globo