Bela Megale
Ministros se dirigem ao Palácio do Planalto para falar com Bolsonaro, que se recusou a conversar com aliados na noite de ontem
O presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada Cristiano Mariz/Agência O Globo
O presidente Bolsonaro não consegue esconder o abatimento e a decepção que teve com a derrota nas urnas para Lula. Lacônico, tem mostrado sentimento de indignação a quem esteve com ele.
Membros da ala política que já conseguiram falar com Bolsonaro, no
entanto, têm defendido que o presidente se pronuncie logo pelo
reconhecimento da vitória de Lula. O principal argumento é que, com o
gesto, resguardaria o capital político que conquistou e “sairia grande”
da eleição. [Presidente Bolsonaro, pedimos permissão para opinar com alguma sugestões a Vossa Excelência:
- ignore que o endemoniado ganhou, não reconheça a vitória - afinal foi uma campanha eleitoral em que a tônica das decisões judiciais foi: negar tudo, ou quase tudo que a campanha do presidente pedir e conceder tudo ao adversário;
- ignore os chefes de Estado e/ou governo que buscaram tornar mais dificil para o senhor governar o Brasil - especialmente Biden e Macron;
- governe os dois meses restantes pensando no Brasil e nos brasileiros e não facilite em nada a vida do descondenado.
Ele e os seus asseclas e 'aspones' que se virem = o compromisso do senhor é com o Brasil e os brasileiros.
Encerrando: cuidado, pois alguns dos inimigos do Brasil já procuram forma de prendê-lo logo que passe a faixa - aliás, siga o exemplo do presidente Figueiredo e não passe a faixa. Assine no dia e horário aprazados a documentação necessário, mas não até o petista, nem o receba.
A propósito, o descondenado já começou a falar bobagem: ‘Não aceitaremos uma nova guerra fria entre EUA e China’, diz Lula após vitória. Afinal, quem ele pensa que é?
Deve achar que já esquecemos que no primeiro mandato ele ficou de 'quatro' diante do Morales e entregou duas refinarias da Petrobrás para o boliviano.]
Bela Megale, colunista - O Globo