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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Quieto e abatido, Bolsonaro é aconselhado a acelerar pronunciamento sobre vitória de Lula - O Globo

O presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada
O presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada Cristiano Mariz/Agência O Globo

O presidente Bolsonaro não consegue esconder o abatimento e a decepção que teve com a derrota nas urnas para Lula. Lacônico, tem mostrado sentimento de indignação a quem esteve com ele.

Membros da ala política que já conseguiram falar com Bolsonaro, no entanto, têm defendido que o presidente se pronuncie logo pelo reconhecimento da vitória de Lula. O principal argumento é que, com o gesto, resguardaria o capital político que conquistou e “sairia grande” da eleição. [Presidente Bolsonaro, pedimos permissão para opinar com alguma sugestões  a Vossa Excelência: 
- ignore que o endemoniado ganhou, não reconheça a vitória - afinal foi uma campanha eleitoral em que a tônica das decisões judiciais foi: negar tudo, ou quase tudo que a campanha do presidente pedir e conceder tudo ao adversário
- ignore os chefes de Estado e/ou governo que  buscaram tornar mais dificil para o senhor governar o Brasil - especialmente Biden e Macron; 
- governe os dois meses restantes pensando no Brasil e nos brasileiros e não facilite em nada a vida do descondenado. 
Ele e os seus asseclas e 'aspones' que se virem = o compromisso do senhor é com o Brasil e os brasileiros.
Encerrando: cuidado, pois alguns dos inimigos do Brasil já procuram forma de prendê-lo logo que passe a faixa - aliás, siga o exemplo do presidente Figueiredo e não passe a faixa. Assine no dia e horário aprazados a documentação necessário, mas não até o petista, nem o receba.
A propósito,  o descondenado já começou a falar bobagem: ‘Não aceitaremos uma nova guerra fria entre EUA e China, diz Lula após vitória. Afinal, quem ele pensa que é? 
Deve achar que já esquecemos que no primeiro mandato ele ficou de 'quatro' diante do Morales e entregou duas refinarias da Petrobrás para o boliviano.] 

Bela Megale, colunista - O Globo 


terça-feira, 2 de junho de 2020

Investigação no Planalto - O Globo

José Casado

O inquérito do Supremo sobre a difusão de informações falsas chegou à antessala de Jair Bolsonaro  

O inquérito do Supremo sobre a difusão de informações falsas chegou à antessala de Jair Bolsonaro. Na investigação constam três integrantes da Assessoria Especial da Presidência: Tercio Arnaud Tomaz, José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz. O trio opera com um dos filhos do presidente, Carlos Bolsonaro, vereador carioca.

[Quem não deve, não teme. Um inquérito sempre tem suas vantagens, sendo a principal delas: suas conclusões sempre destacam a necessidade de que acusações precisam ser provadas.
E algumas ações classificadas como fake news são na realidade, se provadas, crimes.]

Tomaz e Gomes foram pagos pela Câmara do Rio na campanha de 2018. No Planalto, suas agendas oscilam entre o lacônico “Despacho interno” e o sucinto “Sem compromisso”. Diniz ganhou um cargo de 27 palavras: “Assessor no Departamento de Relações com a Imprensa Internacional da Secretaria de Imprensa da Secretaria Especial de Comunicação Social da Secretaria de Governo da Presidência da República”. [se tiver que citar o cargo duas vezes a cada hora de experiente, já mereceu o salário.]

A rede de fraudes se estende por Rio, São Paulo, Minas, Ceará, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia. É composta por sites financiados com anúncios públicos e privados. Tem contribuintes como Luciano Hang, da Havan (141 lojas e vendas de R$ 10,7 bilhões), e Edgard Gomes Corona, da SmartFit (850 salas de ginástica e receita de R$ 2,4 bilhões).
Preocupado, Jair Bolsonaro amplia sua malha de coleta de informações, à margem dos 42 serviços regulares de Inteligência militar, policial e financeira. Decidiu “aprimorar” a cooperação dos núcleos (P-2) da Polícia Militar, fragmentados com a politização dessas forças. Na quinta-feira, em edição extra do Diário Oficial, expandiu a seção de Inteligência do Ministério da Justiça. Fez isso 48 horas após a ação do Supremo contra 25 suspeitos — entre eles, empresários, parlamentares e o ex-deputado Roberto Jefferson.

O processo de agregação da espionagem das PMs foi formatado por André Mendonça, que se qualifica como “servo” de Bolsonaro na Justiça. Ele explora brechas da lei numa área sem fiscalização do Congresso.
Até existe uma comissão de controle. Ela é comandada pelo senador Nelson Trad (PSD-MS) e por outro filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Houve uma única reunião em 480 dias. Durou 9 minutos e 54 segundos. [informação é essencial para  um bom governo - especialmente quando cercado de inimigos, adeptos da turma do 'quanto pior, melhor', portanto, também inimigos do Brasil.
O trabalho em campo é mais eficaz que reuniões que, entre outras desvantagens, sempre podem facilitar vazamentos.]

José Casado, jornalista - O Globo