Em Porto Alegre, nas proximidades do
Gasômetro, um grande relógio marcava, regressivamente, a aproximação da
data. E assim ficou ele, assinalando o tempo, até ser depredado e
incendiado enquanto indígenas de picadeiro, militantes petistas,
dançavam em círculo, encurvados, como viam os apaches fazer em filmes de
faroeste... O ridículo, exatamente por ser ridículo, não concede
limites à ridicularia.
Assim como é verdade que temos problemas sociais, também é verdade que damos ao mundo um exemplo de integração racial. Há aqui brasileiros de todas as cores e todas as cores aqui se misturam. A mestiçagem é nosso maior orgulho étnico e quem procurar alguma “raça pura” (como se fôssemos animais de tirar cria), seja por interesse ideológico ou antropológico, terá dificuldade de encontrá-la no Brasil.
Qual o problema, se contamos menos índios puros do que ao tempo do Descobrimento? Certamente temos, também, menos portugueses puros do que tínhamos no séc. XVI. E os milhões – as dezenas de milhões – de brasileiros que resultaram do caldeamento entre o branco e o ameríndio? E quantos milhões de cafuzos e mulatos compõem o tipo brasileiro, que se caracteriza, precisamente, por não ter tipo algum? Não foi o meu Rio Grande do Sul povoado por paulistas (que já eram mestiços) e por lagunenses (resultantes de cruzas com carijós) que aqui se entreveraram, na cama e na campanha, com charruas e guaranis? Não é o gaúcho produto dessa mistura, ao qual se agregaram alemães, italianos, poloneses, etc.? Quão reacionária é a ideia de que os brancos deveriam ter ficado na Europa, os indígenas na América, os amarelos na Ásia e os negros na África!
Fica no ar, então, uma pergunta: a quem servem as exibições de contrariedade recorrentes a cada 21 de abril?
Por que tratam como “genocídio” o povoamento do Brasil?
Por que ensinam isso nas salas de aula, suscitando desapreço a pátria em crianças e adolescentes? Maldade! Pura maldade!
Tais condutas são impulsionadas por interesse dos grupos de esquerda, que não sobrevivem fora do conflito, da luta de classes e do ódio daí decorrente, e por interesse das ONGs internacionais que deitam olhos cobiçosos sobre a Amazônia Brasileira e usam a questão antropológica como uma de suas cunhas de penetração. É problema grave fazer um grande país com mentes cuidadosamente apequenadas em sala de aula.
Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Assim como é verdade que temos problemas sociais, também é verdade que damos ao mundo um exemplo de integração racial. Há aqui brasileiros de todas as cores e todas as cores aqui se misturam. A mestiçagem é nosso maior orgulho étnico e quem procurar alguma “raça pura” (como se fôssemos animais de tirar cria), seja por interesse ideológico ou antropológico, terá dificuldade de encontrá-la no Brasil.
Qual o problema, se contamos menos índios puros do que ao tempo do Descobrimento? Certamente temos, também, menos portugueses puros do que tínhamos no séc. XVI. E os milhões – as dezenas de milhões – de brasileiros que resultaram do caldeamento entre o branco e o ameríndio? E quantos milhões de cafuzos e mulatos compõem o tipo brasileiro, que se caracteriza, precisamente, por não ter tipo algum? Não foi o meu Rio Grande do Sul povoado por paulistas (que já eram mestiços) e por lagunenses (resultantes de cruzas com carijós) que aqui se entreveraram, na cama e na campanha, com charruas e guaranis? Não é o gaúcho produto dessa mistura, ao qual se agregaram alemães, italianos, poloneses, etc.? Quão reacionária é a ideia de que os brancos deveriam ter ficado na Europa, os indígenas na América, os amarelos na Ásia e os negros na África!
Fica no ar, então, uma pergunta: a quem servem as exibições de contrariedade recorrentes a cada 21 de abril?
Por que tratam como “genocídio” o povoamento do Brasil?
Por que ensinam isso nas salas de aula, suscitando desapreço a pátria em crianças e adolescentes? Maldade! Pura maldade!
Tais condutas são impulsionadas por interesse dos grupos de esquerda, que não sobrevivem fora do conflito, da luta de classes e do ódio daí decorrente, e por interesse das ONGs internacionais que deitam olhos cobiçosos sobre a Amazônia Brasileira e usam a questão antropológica como uma de suas cunhas de penetração. É problema grave fazer um grande país com mentes cuidadosamente apequenadas em sala de aula.
Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.