Como se organiza a ocupação onde vivem 230 pessoas – e não 8 mil famílias – lideradas pelo maior expoente da esquerda pós-PT
Num fim de tarde de um sábado de janeiro, as calçadas do Viaduto Mário
Covas, em São Bernardo do Campo, estavam tomadas por homens, mulheres e
crianças caminhando a pé. O viaduto corta a Rodovia Anchieta, em uma
área erma da cidade incrustada na região metropolitana de São Paulo.
Aqui as avenidas são largas, rodeadas por estacionamentos e fábricas. A
multidão caminhava como se estivesse em procissão, espalhando-se também
pelas ruas próximas. Vestiam vermelho e, em vez de cânticos, proferiam
palavras de ordem. O destino de todos era o mesmo: a Rua João Augusto de
Souza, único acesso a um terreno baldio de 70.000 metros quadrados da
construtora MZM, onde hoje está o maior acampamento do Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto, o MTST.
De longe, do alto, o que se vê é apenas um mar de tetos de lonas pretas e
coloridas – potenciais residências de passagem de cerca de 8 mil
famílias cadastradas na invasão, batizada Povo Sem Medo. Entretanto,
apenas 230 pessoas vivem de fato no terreno. Naquele sábado, era dia de
assembleia. Em meia hora, o descampado que fica aos fundos do terreno
foi ocupado por cerca de 2 mil pessoas que receberam mensagens em um
entre dezenas de grupos de WhatsApp de coordenadores da invasão, usados
para mobilizar a turma.
Criado em 1997, como um braço urbano do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra, o MTST desvinculou-se do MST. É uma organização
autônoma com presença em 14 estados. Oficialmente, não contabiliza o
total de casas conquistadas por meio das ocupações de militantes. [o motivo salta aos olhos: o número de moradias conquistadas é mínimo e bem inferior ao 'oficiosamente' divulgado.
A propósito, manipular dados, sempre inflando-os é a tônica do movimento do agitador Boulos, tanto que transformaram um acampamento de passagem, usado por integrantes do movimento apenas para 'trânsito' - não permanecem nem por um dia ou um pernoite - são contados e o resultado apresentado como número de moradores.
O número dos que vivem por lá, na vagabundagem, é de apenas 230 desocupados, moradores de ruas; as oito mil famílias são apenas cadastradas e muitas sequer sabem onde fica o considerado maior acampamento e há fundadas dúvidas se realmente este cadastro de oito mil é verdadeiro.]
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