Quantas
vezes, leitor, aquele seu amigo que vestiu verde e amarelo e estreou
nas ruas gritando "Fora, Dilma" já o encontrou numa festa, no shopping
ou no Metrô e reclamou de Michel Temer? A meio-tom, pesaroso, como se
tentasse esconder até de si mesmo a decepção, exclama: "Esse Temer é
muito devagar!"
Então, meu caro, eu gostaria de tranquilizá-lo um
pouco, apesar dos números do Datafolha, que deveriam ser lidos com lupa
pelos conservadores, nem sempre instruídos pela lógica elementar. A desordem institucional, como nos ensina a história, só interessa ao mundo-canismo populista, de esquerda ou de direita.
Seria
demasiado escrever aqui que você não deve acreditar na imprensa.
Afinal, é este um texto de imprensa. Mais ainda: todas as evidências que
vou listar de que temos um bom governo – dadas as circunstâncias (mas
quando é que não, né?)– estão noticiadas na... imprensa! É que
jornalistas são treinados para caçar contradições, não coerências. Somos
todos viciados em bastidores, suspeitas, conspirações palacianas. Às
vezes, perdemos a noção do conjunto, apegados demais à miudeza de
interiores.
Temer está no governo há menos de quatro meses. Há
muito tempo, como diz uma amiga, "o país não via uma agenda que fizesse
sentido". Ou que fosse composta de escolhas que caminham numa mesma
direção. E olhem que não me lembro de tão explosiva conjugação de
irresponsabilidades oriundas do Judiciário, do Ministério Público, do
Legislativo e de setores da imprensa (sim, sempre estamos no meio...).
Varões e varoas da República perderam completamente a noção de
institucionalidade. Ministros do STF, por exemplo, concedem liminares
ilegais com mais ligeireza do que César atravessou o Rubicão. São os
Césares de hospício! Procuradores têm a ousadia de convocar as ruas
contra o Congresso, exibindo algemas como credenciais políticas.
Parlamentares sonham com retaliações...
Ainda assim, nesse pouco tempo, o governo Temer conseguiu:
a - aprovar uma PEC de gastos que, quando menos, impedirá o Brasil de virar um Rio de Janeiro de dimensões continentais:
b - aprovar na Câmara a medida provisória do ensino médio, depois de enfrentar um cipoal de mistificações e desinformação;
c - aprovar a MP do setor elétrico, área especialmente devastada pelo governo de Dilma Rousseff, a dita especialista;
d
- aprovar o projeto que desobriga a Petrobras de participar da
exploração do pré-sal –e contratos já foram fechados sob os auspícios do
novo texto;
e - aprovar a Lei da Governança das Estatais, que é o palco principal da farra;
f - apresentar uma boa proposta de reforma da Previdência, que vai, sim, enfrentar muita resistência;
g - no BNDES, ultima-se o levantamento do estrago petista, e o banco se prepara para retomar financiamentos.
Não
é pouca coisa. E por que, lava-jatismo à parte, a sensação de
pasmaceira? Uma resposta óbvia: nada disso tem impacto imediato na vida
das pessoas. Então não existe uma resposta popular aos atos virtuosos,
que possa se impor à eventual má vontade ou cegueira de analistas.
Mas
esse não é o fator principal. Olhem o que vai acima. Estamos diante de
uma agenda que interessa ao Brasil e aos brasileiros, mas que não é nem
"de" nem "da" esquerda. Tampouco traduz o espírito policialesco dos
Savonarolas e jacobinos, com seu gosto por fogueiras e guilhotinas.
Trata-se de escolhas que dizem respeito ao território da política, não
da polícia.
Por isso extremistas de esquerda e de direita gritam: "Fora, Temer!"
Por isso digo: "Dentro, Temer!"
Fonte: Folha de S. Paulo - Coluna Reinaldo Azevedo
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Agenda do governo Temer avança, apesar da histeria dos porras-loucas
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