Impedir o acesso dos apoiadores do presidente Bolsonaro - não ousou proibir o presidente da República de ir ao seu local de trabalho - é violar o direito constitucional de ir e vir, liberdade de expressão e manifestação pacífica para evitar atos que denominam de antidemocráticos e usar a pandemia para evitar o que de forma açodada chamam de aglomeração.]
Apesar das pressões de
empresários e de entidades patronais, se tivesse dependido apenas de
Ibaneis, ele não teria afrouxado tão cedo as medidas de isolamento
social contra a pandemia. Afrouxou sob a pressão de Bolsonaro, e o
resultado não está sendo bom. [apesar do Ibaneis, o resultado do 'afrouxamento', no DF, não estava apertado, está tendo resultado menos danoso do que os promovidos, para ficar nos dois maiores estados, por Doria e Witzel.]
Os que ficaram sem
acampamento prometeram pedir socorro ao presidente. Mas até esta
madrugada, o socorro limitou-se à visita de solidariedade que lhes fez o
deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o Zero Três, a mando do pai. Posou
para fotos e foi embora. Movimentos sociais
pretendiam protestar, hoje, na Esplanada, contra a discriminação racial e
a favor da democracia. Ibaneis não esclareceu se a ordem de fechá-la
vale para eles também. Não faz sentido que uns paguem pela desordem dos
outros. [com todas as vênias, inadmissível é que cerceiem a liberdade de uns e liberem para outros.
Além do mais não existe nenhuma decisão judicial, ou mesmo técnica - exceto comentários de 'especialistas' que sempre dizem o que foi combinado - que classifique os atos dos apoiadores do PR como desordens.
Será interessante, se Ibaneis liberar os atos dos movimentos sociais - eufemismo para denominar grupos que em sua quase totalidade são formados por baderneiros - e os policiais indagarem de quem pretenda circular na área bloqueada = a favor ou contra Bolsonaro?]
Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA