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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Atentado em Campinas traz à tona debate sobre porte de armas no Brasil

Caso também levantou comparações com a legislação e incidentes similares nos Estados Unidos

[não surpreende que os defensores dos bandidos armados e pessoas de bem desarmadas tentem utilizar as mortes de Campinas para atribuir às futuras medidas para facilitar a posse, e mesmo o porte, de armas, a motivação para a tragédia.

Só que tais pessoas 'esquecem', de forma proposital, que o 'estatuto do desarmamento' que deverá ser alterado em futuro próximo está em PLENA VIGÊNCIA e DIFICULTANDO AO MÁXIMO A COMPRA DE ARMAS, seu PORTE e POSSE.

A lei atual, em pleno vigor, que SÓ PERMITE que policiais e bandidos portem armas, NÃO IMPEDIU as mortes de Campinas.

O Euler utilizou armas com numeração raspada - indicador seguro que não foram adquiridas no mercado legal e sim com bandidos (que vão continuar atuando, enquanto houver dificuldades para comprar armas.)

Era em um diário que Euler Fernando Grandolpho anotava os delírios de perseguição que tinha. É tudo que se sabe até agora das possíveis motivações do ataque que ele fez na última terça-feira contra fiéis em uma missa na Catedral Metropolitana de Campinas. Segundo a Polícia Civil, Euler tinha histórico de depressão, problemas com convívio social e já havia passado por tratamento. O caso guarda certa semelhança com atentados similares ocorridos nos Estados Unidos – apesar de ainda não haver informações sobre a procedência do armamento utilizado pelo brasileiro. Ainda assim, o fato trouxe à tona um antigo e intenso debate: o do porte de armas.  

Para o professor do Instituto Meira Mattos, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.Guilherme Moreira Dias, essa é uma situação aparentemente isolada, já que o atirador não possui antecedentes criminais e não havia relação prévia entre as vítimas e o perpetrador. “A presença de policiais nas proximidades da igreja e a forma como os agentes atuaram foram muito importantes para evitar um número ainda maior de vítimas. É difícil imaginar que algo mais pudesse ser feito naquele contexto”, defende Dias, que também é pesquisador do Observatório Militar da Praia Vermelha. Para o professor, é difícil atribuir responsabilidades sem saber as motivações de Euler, que poderiam variar desde um surto, um colapso até algum tipo de problema mental. 

“Esse é o tipo de ação difícil para a polícia porque se trata de uma pessoa com algum transtorno”, defende o Coronel José Vicente da Silva, ex-Secretário Nacional de Segurança Pública e coronel da reserva da Polícia Militar. De acordo com Silva, a situação é extremamente difícil para a polícia sob dois aspectos. Primeiro porque se trata de uma Igreja, lugar de difícil prevenção do uso de armas de fogo. Em segundo lugar, pela dificuldade de negociação. “A única solução possível nesse caso seria tentar limitar a ação do atirador a partir daquele momento, que foi o que aconteceu”, conta. 


Ainda segundo o coronel, esse tipo de caso é muito comum nos Estados Unidos, onde o acesso a armas de fogo é mais facilitado. “No Brasil, nós temos muito mais homicídios e mortes intencionais por variados tipos do que casos como esse da catedral”, relata. Um estudo feito em 2016 pela ONG Small Arms Survey revela que o Brasil é o sétimo país do mundo com maior número de armas nas mãos da população civil. São 14,84 milhões de armas legais e ilegais em circulação, uma média de 8 para cada 100 habitantes. Já os Estados Unidos lideram o ranking com 270 milhões de armas de fogo. É a maior concentração do mundo: 89 armas para cada 100 habitantes. O estudo aponta também que 70% das armas existentes no mundo estão nas mãos da população, não com os agentes legais. 

[a estatística acima que mostra que a relação armas /100 habitantes nos Estados Unidos é SUPERIOR ONZE VEZES a do Brasil o que sepulta qualquer tentativa de relacionar facilidade de possuir/portar armas com número de mortes causadas pelas mesmas.
Outro dado que deve ser considerado por ser importante para acabar com a falácia de que o livre porte e posse de armas é fator que aumentará a criminalidade, por favor leiam com atenção:


"... Na quase totalidade dos países da Europa, por exemplo, existe uma severa distinção entre posse e porte. Manter uma arma em casa — ou para alguma prática esportiva — e coisa diferente de andar armado por aí. Todas as evidências apontam o óbvio: tem-se um maior número de ocorrências com armas de fogo quanto mais armas de fogo circulam. E não nenhuma surpresa nisso.

Os EUA, com IDH praticamente igual ao da Alemanha, tem 5 mortos por 100 mil habitantes. Compra-se praticamente qualquer arma. Anda-se armado quase sem restrições. No país europeu, que permite a posse, mas proíbe severamente o porte, há 0,7 morto por 100 mil habitantes. Na Europa desenvolvida, o índice não passa de 1. Com a proibição do porte."
[comentando:  
Considerando os dados acima referentes ao período de um ano, temos que no Brasil, considerando uma população de 210.000.000 de habitantes e a dos Estados Unidos 325.000.000 - uns 50% a mais - e levando em conta que na terra do Trump a posse e o porte de armas são livres, no Brasil em que a propriedade é extremamente dificultada e o porte é liberado só para policiais e bandidos, seria considerado 'civilizado' o ÍNDICE AMERICANO, 5/100.000 = 10.500 mortos por ano; 

só que no último ano, foram assassinadas no Brasil mais de 60.000 pessoas. 

Para saber mais, clique aqui ]


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