Bruno Boghossian
Presidente amplia ameaças de intervenção militar e recorre a uma base cada vez mais fervorosa
Jair
Bolsonaro é hoje consideravelmente mais impopular do que era um mês
atrás. Atualmente, há muito mais brasileiros que consideram o governo
ruim ou péssimo do que gente que aprova seu desempenho. O presidente
agora se equilibra em cima de tanques e diante de uma base cada vez mais
fervorosa. O governo nasceu sob a expectativa positiva de 65%
dos brasileiros, segundo uma pesquisa feita antes da posse. Bolsonaro
rapidamente jogou fora essa boa vontade e se acomodou sobre uma divisão
dos brasileiros em três terços, que consideravam o governo bom, regular e
ruim.
O arranjo estava longe de ser confortável para qualquer político, mas deu alguma estabilidade a um presidente que cometeu barbaridades diárias e se mostrou incapaz de apresentar um programa minimamente coerente para o país. Os números da última pesquisa Datafolha, realizada nos últimos dias, mostraram que esse panorama mudou. [pesquisa realizada com 2 000 cidadãos e por telefone.
O arranjo estava longe de ser confortável para qualquer político, mas deu alguma estabilidade a um presidente que cometeu barbaridades diárias e se mostrou incapaz de apresentar um programa minimamente coerente para o país. Os números da última pesquisa Datafolha, realizada nos últimos dias, mostraram que esse panorama mudou. [pesquisa realizada com 2 000 cidadãos e por telefone.
O que importa é que depois do marketing favorável ao presidente Bolsonaro, realizado pelo vídeo divulgado por autorização do decano do STF, se registrou:
- aumento dos apoiadores ao presidente Bolsonaro;
- já na segunda, 25, dólar caiu e a Bolsa de Valores subiu.] As crises sanitária, política e econômica empurraram uma fatia
razoável de brasileiros para o campo crítico a Bolsonaro. A proporção de
entrevistados que rejeitam o governo subiu para 43%, enquanto sua
parcela de apoiadores se manteve em 33%. [número que logo cairá, já que as 800 pessoas com esse pensamento, logo perceberão que em uma pandemia ser contra o presidente da República é ser contra o Brasil e favorável ao seu fim como Nação, começando pelo desmonte da nossa economia.
Foram 2.000 os consultados, a diferença real, palpável, constatável, é de 10% = 200 pessoas. Universo pesquisado representou 1/1.000.000 da população.] A diferença entre os dois
percentuais representa cerca de 20 milhões de pessoas.
Bolsonaro recorreu a outros métodos para preservar seu poder. Passou a fazer acenos ainda mais frequentes às Forças Armadas e lançou ameaças abertas de intervenção militar. Nesta quinta (28), o presidente divulgou um discurso favorável a uma ação fardada sobre o STF. Nenhum comandante o contestou. O atrevimento golpista serve para demonstrar força, intimidar autoridades e energizar uma base crescentemente identificada com seu líder. A maioria do núcleo bolsonarista concorda com a ideia de armar a população, apoia a participação de militares no governo e acha que o presidente só queria melhorar sua segurança pessoal —e não interferir na Polícia Federal. Esse grupo empurra Bolsonaro para o tudo ou nada.
Bolsonaro recorreu a outros métodos para preservar seu poder. Passou a fazer acenos ainda mais frequentes às Forças Armadas e lançou ameaças abertas de intervenção militar. Nesta quinta (28), o presidente divulgou um discurso favorável a uma ação fardada sobre o STF. Nenhum comandante o contestou. O atrevimento golpista serve para demonstrar força, intimidar autoridades e energizar uma base crescentemente identificada com seu líder. A maioria do núcleo bolsonarista concorda com a ideia de armar a população, apoia a participação de militares no governo e acha que o presidente só queria melhorar sua segurança pessoal —e não interferir na Polícia Federal. Esse grupo empurra Bolsonaro para o tudo ou nada.