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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Secretário de educação do DF promete combater 'ideologia de gênero'

Segundo ele, a secretaria irá implementar 100% das promessas de campanha de Ibaneis, inclusive a de "não dar espaço à chamada ideologia de gênero" 

O novo secretário de educação do Distrito Federal, Rafael Parente, comentou as últimas polêmicas educacionais no país em entrevista ao CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília. Parente prometeu cumprir as promessas de campanha do governador Ibaneis Rocha, citando inclusive o combate à chamada ideologia de gênero e à doutrinação escolar, temas que geraram intensos debates nos últimos anos. "A promessa de não dar espaço à ideologia de gênero vai ser cumprida integralmente. Outra questão é a chamada doutrinação, e existem ações que estamos pensando e planejando para serem implementadas dentro das escolas. Porque de fato existe (doutrinação). E a gente não pode ter professores querendo que suas visões de mundo, políticas e religiosas sejam passadas aos alunos de uma forma autoritária."

Para o secretário, existe uma série de ações que podem ser executadas no DF para que os níveis educacionais cresçam. Uma das citadas na entrevista é a ampliação de modelos de ensino militar: "O governador viu experiências de outros estados e percebeu que os resultados nas notas de escolas militares são superiores aos outros modelos. O estado de Goiás, por exemplo, ampliou esse método e teve bons resultados", exemplificou.
 
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Valorização e descentralização 
Outro tema que norteou as falas de Rafael Parente na entrevista foi a valorização dos profissionais de educação no DF. O secretário avaliou que a capital tem potencial para realizar trabalhos reconhecidos nacionalmente e internacionalmente, mas que professores precisam ter de volta a confiança em seus trabalhos, algo que foi se perdendo ao longo do tempo. Parente também avaliou que o peso de uma boa educação não pode ser jogado só para os professores. Segundo ele, sua gestão será responsável por mudanças que coloquem o professor como mais um dos responsáveis pela educação, não só o único. "Precisamos responsabilizar toda a sociedade. Não adianta fazer um trabalho ótimo na escola se a família não fizer seu papel, por exemplo."

Outra mudança citada para o trabalho da secretaria é uma renovação na arquitetura das salas de aula, favorecendo um ensino em que o professor seja mais um facilitador: "Se a gente sai do modelo da cadeiras enfileiradas para um modelo de mesas circulares, em que os alunos estejam trabalhando sempre em conjunto, em equipe, em vez de uma centralização do professor, isso já é bem disruptivo".
 Correio Braziliense