Loteamento do Minha Casa Minha Vida vira cenário de abandono
[Lula, Dilma e toda a gangue lulopetista destruíram os empregos, produziram 13.000.000 de desempregados e 'presentou' cada um com um financiamento impagável para quem não tem emprego = salário.
Quem é mais feliz?
a)aquele que não pode pagar a prestação da casa própria mas tem emprego que permite pagar o aluguel?
b) ou aquele que não tem emprego e assim nem pode pagar a prestação nem aluguel/
Infelizmente, com certeza, este não vai voltar a ser feliz.]
Sonho de casa própria se transforma em ruína depois que trabalhadores perdem o emprego, deixam de pagar prestações e os imóveis, leiloados, ficam sem comprador
A Vila Esperança não poderia ter um nome mais distante da verdade.
Loteamento na periferia de Santo Antônio do Descoberto (GO), no Entorno
do Distrito Federal, compõe, com o parque Estrela D´Alva e o Jardim Ana
Beatriz, uma área de loteamentos do programa Minha Casa Minha Vida
(MCMV) marcada pelo abandono. Em alguns trechos, o cenário é de
guerra, com ruínas do que já foram casas de verdade. Portas, pias,
janelas e até telhas foram removidas por saqueadores das unidades
abandonadas. Foram arrematadas em leilão por empresários que não
conseguiram encontrar novos compradores. E o ciclo pode recomeçar, já
que muitos dos moradores da região estão inadimplentes e correm o risco
de ser despejados e ter o imóvel vendido. Trata-se de uma amostra de
algo que se vê em muitas outras cidades do Entorno e do país.
O pedreiro desempregado Severino Ferreira de Souza, 43 anos, está entre os que podem perder a casa própria no Jardim Ana Beatriz 1. Ficou para trás o sonho de uma vida melhor desde que saiu de Natal, há seis anos. “Vim na ilusão. O salário é só um pouco maior aqui em Brasília, e tudo é muito mais caro”, conta. O problema é que os filhos não querem voltar. “Aqui tenho mais amizade”, diz o mais novo, Michael, 15 anos, aluno do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública, que preza a convivência com pessoas da sua idade na Congregação Cristã do Brasil.
O pedreiro desempregado Severino Ferreira de Souza, 43 anos, está entre os que podem perder a casa própria no Jardim Ana Beatriz 1. Ficou para trás o sonho de uma vida melhor desde que saiu de Natal, há seis anos. “Vim na ilusão. O salário é só um pouco maior aqui em Brasília, e tudo é muito mais caro”, conta. O problema é que os filhos não querem voltar. “Aqui tenho mais amizade”, diz o mais novo, Michael, 15 anos, aluno do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública, que preza a convivência com pessoas da sua idade na Congregação Cristã do Brasil.
Até seis meses atrás, Severino trabalhava perto do poder, na Esplanada dos Ministérios, fazendo manutenção na sede da pasta de Ciência e Tecnologia como funcionário de uma empresa terceirizada. Hoje, vive de bicos, o que lhe rende R$ 1.500 mensais. Não seria impossível fazer frente à prestação mensal de R$ 570 paga à Caixa Econômica Federal. O problema é que a dívida, acumulada em dois anos de inadimplência, já está em R$ 6 mil. “Não tenho como pagar”, explica. Ele procurou o banco, mas não teve acesso a ninguém que lhe explicasse se é possível alongar o pagamento do valor em novas prestações. “Não consegui falar com o gerente, só como o pessoal das mesas”, relata.
As agruras de Souza e de outros compradores de imóveis incluem dificuldade econômica e também falta de acesso à educação financeira. [o objetivo da gangue lulopetista era iludir o incauto convencendo ser o mesmo mais um feliz proprietário de um imóvel - fizeram questão de não orientar o indigitado comprador que as prestações precisam ser mantidas em dia e que o acréscimo do valor das mesmas aos gastos de rotina, torna imperativo ou aumento de renda (impossível em um país que herdou do PT 13.000.000 de desempregados) ou redução de gastos considerando a prestação valor que tem que estar disponível todo mês.] Quando deixou o emprego, ele poderia ter quitado a dívida. Mas não se deu conta de que o passivo estava tão grande. Preferiu usar o tempo livre com a mudança de rotina para reformar a casa, gastando quase R$ 6 mil em materiais de construção, que lhe permitiriam resolver a pendência com o banco. O acabamento de primeira vai ficar para um eventual novo comprador. “Foi a maior besteira o que eu fiz”, admite.
Ele não pretende resistir ao despejo. Aliás, já não está mais morando no endereço que ainda lhe pertence. Trocou por uma casa maior, a poucos metros de distância, depois que teve de abrigar o irmão deficiente que estava em Natal. Paga R$ 350 de aluguel. “Se eu conseguir refinanciar a minha casa, volto, com certeza”, diz. Parte das melhorias inacabadas que fez incluem as fundações de um novo quarto no quintal, para acomodar melhor a família. A renda é complementada pela da esposa, diarista, e pelo filho mais velho, que faz o serviço militar.
Problema endêmico
A pobreza é um problema endêmico na região. Uma moradora do Jardim Ana Beatriz 1, que prefere não se identificar, mora na casa dos pais dela, onde também vivem os irmãos. Está grávida de oito meses, mas não tem direito ao Bolsa Família. “Fiz o cadastro, mas disseram que eu só teria direito ao benefício depois de o bebê nascer”, conta ela, que é diarista e não tem trabalhado nos últimos meses por conta da gravidez. O marido, que também mora com a família dela, está desempregado e faz bicos de carpinteiro. A casa onde todos moram é emprestada pelo proprietário. “Ele tentou vender, trouxe um pessoal aqui. Mas não conseguiu”, afirma. A família não tem a menor ideia se o proprietário do imóvel está ou não inadimplente.
Comprador pode buscar negociação
A
partir do terceiro mês de inadimplência das prestações, o comprador
está sujeito ao leilão do imóvel, avisa Bruno Macedo, presidente da
Associação dos Advogados do Mercado Imobiliário do Distrito Federal
(Ademi). Isso não quer dizer que se perde tudo o que foi pago. O banco
deve ficar apenas com o montante suficiente para pagar a dívida,
portanto, se o valor for maior, a diferença vai para o comprador. [só que diante do pequeno interesse que os leilões despertam, o que mais ocorrer é haver um segundo leilão quando o imóvel é vendido a preço bem mais baixo, portanto, insuficiente para quitar os débitos e sobrar alguma coisa para o comprador inadimplente.]
É
preciso que o comprador do imóvel fique atento a tudo o que compõe a
dívida. O agente financiador do imóvel tem o direito de cobrar, além de
juros e correção das prestações, um valor referente ao que deixou de
ganhar pelo fato de as prestações não terem sido pagas nas datas
combinadas. É algo que dá margem a certa subjetividade. “Mas tem de ser
um critério razoável. Os tribunais não aceitam que seja um valor
abusivo”, explica. É importante, portanto, que o comprador tenha
assistência de um advogado no processo.
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