Considerado aliado, Wladimir Costa vota contra deputado afastado
O Conselho de Ética aprovou, nesta terça-feira, por 11 a 9, o parecer
que pede a cassação do presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). . Aliado de Cunha, o
deputado Wladimir Costa (SD-PA) mudou de opinião e surpreendeu ao votar
contra o presidente afastado. Agora, o processo vai para o plenário da
Câmara, onde será votado pelos parlamentares. Cunha afirmou que vai recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Votaram contra os deputados Alberto Filho (PMDB-MA), André Fufuca (PP-MA), Mauro Lopes (PMDB-MG), Nelson Meurer (PP-PR), Sérgio Moraes(PTB-RS), Washington Reis (PMDB-RJ), João Bacelar (PR-BA), Laerte Bessa (PR-DF), Wellington Roberto (PR-PB).
O deputado Carlos Marun, um dos mais fiéis aliados de Cunha, admitiu que está "perdido" após a derrota no Conselho de Ética. Ele afirmou não ter conversado ainda com o presidente afastado, mas irá à residência oficial do presidente da Câmara na noite desta terça-feira.
— Não sei o que fazer agora, confesso que estou perdido — disse, com semblante abatido.
Depois de fazer um discurso duro contra o PT e defender Cunha por ter aceito pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, o deputado Wladimir Costa (SD-PA) também votou pela cassação e o relatório foi aprovado. [a atitude do tal Wladimir Costa demonstra uma grande covardia, falta de dignidade = falta de ética - a atitude dos que votaram contra Cunha, mesmo que por interesses não muito republicanos, é mais digna do que a do Wladimir.]
Houve aplausos de manifestantes que estavam no local. Ao final, quando o presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), anunciou o resultado, manifestantes gritaram "Fora Cunha". Deputados levantaram cartazes onde de lia "Antes tarde do que nunca". Aliados de Cunha do PR mantiveram o voto pela salvação dele e criticaram Costa. — Ele não mentiu. Não vou me acovardar igual ao Wlad (Wladimir Costa). Voto não ao relatório —afirmou o deputado Laerte Bessa (PR-DF).
Os peemedebistas também mantiveram o apoio a Cunha. — Não devo favores a Cunha, não tenho cargos, nada. Não confundam conta jurídica com conta física. O relator não provou que existe conta física — disse Mauro Lopes.