Análise Política
Há um detalhe delicado nas pesquisas eleitorais: a diferença entre o não
voto (brancos, nulos e abstenção) que será verificado na urna e os que,
em pesquisas estimuladas, não escolhem nenhum candidato quando a lista é
apresentada. No dia da eleição, o não voto tem rondado os 30%, mas nas
pesquisas estimuladas esse contingente é apenas um terço disso.
Cerca de
20% dos pesquisados indicam candidato na estimulada mas provavelmente
não votarão em ninguém.
Daí a necessidade de prestar muita atenção ao cenário espontâneo, em que
o pesquisado não é apresentado à lista. Aqui, o não voto costuma estar
bem mais próximo do que será no dia da eleição. Até porque em 2 de
outubro (e talvez dali a quatro semanas) a escolha do eleitor terá de
ser espontânea, ele precisará decidir sem ter diante dele as opções
disponíveis para os diversos cargos em disputa.
Num cenário ideal, a “quebra” entre a intenção de voto na pesquisa
estimulada e a realidade na urna deveria distribuir-se proporcionalmente
entre os candidatos, mas é preciso ter alguma cautela na projeção. O
absenteísmo eleitoral não é homogêneo nos diversos grupos sociais, nem
nas diferentes áreas territoriais. Essa é uma das explicações frequentes
para quando os institutos precisam justificar por que a pesquisa disse
uma coisa, e a urna disse outra.
Uma maneira razoável de buscar reduzir essa “margem de erro” é esmiuçar
com o eleitor
1) quanto está interessado na eleição;
2) se vai ou não
votar em outubro;
e 3) se votou em 2018.
Claro que isso não é ciência
exata, o pesquisado pode ter se esquecido se compareceu quatro anos
atrás (ou mentir), pode dizer, por conveniência (voto obrigatório), que
vai votar agora (e no dia não votar). E “grau de interesse” é variável
algo subjetiva.
Mas, mesmo com as limitações, o cruzamento entre a intenção de voto e
essa aproximação à “probabilidade real” de o entrevistado/eleitor ir
votar costuma ser útil. E o que o cruzamento nos diz hoje? Quando o
número é depurado, a distância entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair
Bolsonaro reduz-se em algo da ordem de 30%. Portanto, hoje, o eleitor do
presidente está algo mais mobilizado para votar que o eleitor do
ex-presidente.
Isso tem consistência com a diferença das rejeições. Se Bolsonaro é mais
rejeitado que Lula, é razoável supor que Lula tem proporcionalmente
mais gente tendendo a votar nele por puro antibolsonarismo do que
Bolsonaro atrai simpatizantes por puro antipetismo ou antilulismo. Essa
hipótese também é consistente com outro achado das pesquisas: ainda que
na margem de erro, no momento, Bolsonaro tem proporcionalmente mais
eleitores convictos que Lula.
A partir dessas hipóteses e constatações, é possível deduzir
numericamente que hoje a diferença real entre Lula e Bolsonaro está
entre 5 e 10 pontos percentuais e tem tido certa resiliência. Esse
parece ser o estado real da corrida. Daqui em diante, será preciso
acompanhar quem terá mais sucesso em elevar a rejeição ao adversário e
em motivar seu eleitor potencial a ir votar. [COMENTÁRIO: NÃO ACREDITAMOS EM PESQUISAS, os sucessivos 'enganos', ocorridos em eleições anteriores, só consolidam nosso entendimento;
O descondenado petista está morto, politicamente [destacamos o politicamente para evitar que nos acusem de fake news] só falta cair e certamente ele não quer que tal queda ocorra por um chute do 'capitão do povo'.
Temos a convicção que no próximo mês ele inventa uma desculpa de doença, ou algo assim - só não vale dizer por medo da covid-19, que graças a DEUS está indo embora - e privilegia o Brasil e os brasileiros com sua renúncia.
Doença inventada, boa desculpa para ele, um mentiroso nato.
A conferir.]