O ministro amigão
Ricardo Lewandowski, do STF, protege o deputado petista Marco Maia, acusado de comprar um apartamento em Miami de maneira ilícita
[esse Marco Maia quando presidente da Câmara dos Deputados ofereceu aquela Casa legislativa para servir de asilo aos criminosos condenados no MENSALÃO - PT.
A ideia não foi em frente, caso houvesse prosperado a Câmara seria esconderijo de marginais.]
Vista grossa Lewandowski barrou investigação profunda para apurar compra
de imóvel em Miami (Crédito: fotos: REUTERS/Ueslei Marcelino; Adriano
Machado/AG. ISTOE)
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou abertura de um inquérito para apurar a compra de um apartamento em Miami pelo deputado Marco Maia (PT-RS), acusação feita na delação premiada do ex-vereador petista Alexandre Romano. A hipótese é de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O processo caiu nas mãos de Lewandowski. O ministro até autorizou a abertura do inquérito, mas barrou as duas principais diligências solicitadas por Janot para avançar as investigações: acesso ao conteúdo dos celulares de Marco Maia e cooperação internacional com autoridades dos EUA para obter documentos do imóvel.
Sem quebra de sigilo
Em despacho de 4 de outubro, Lewandowski autorizou somente a tomada de depoimentos no Brasil, o levantamento de doações eleitorais de uma empresa suspeita de bancar o apartamento e a juntada de provas já produzidas. O ministro nem chega a explicar porque barrou as principais diligências.
Advogado
e ex-vereador em Americana, Alexandre Romano foi preso pela Lava Jato
no ano passado e firmou delação premiada, na qual também relata um
esquema de desvios ligado ao ex-ministro Paulo Bernardo. A ideia de Maia
ao comprar o apartamento em Miami, segundo o delator, surgiu durante
uma viagem de ambos àquela cidade, em 2013. Romano possuía apartamento
nessa cidade. “O deputado confidenciou-lhe ter um ‘sonho’ de ter um
apartamento lá”, relatou a petição de Janot. A defesa do deputado
petista nega que ele seja o dono do imóvel. A assessoria de Lewandowski
disse que ele não poderia comentar porque o processo é sigiloso.