Bolsonaro é pop. E quem diz isso é o DataFolha! Sua aprovação subiu e sua rejeição despencou. A notícia é desesperadora para quem tem investido tanto contra o presidente e o governo. Tentaram de tudo: usaram a pandemia como palanque para acusar Bolsonaro de "genocida", contaram com Sergio Moro e Mandetta "lacradores" disparando contra o ex-chefe, usaram o tempo nobre da imprensa para pintar o homem como pior do que o vírus chinês. Deu tudo errado!
Mas não pensem que a "resistência democrática ao fascismo" vai rever sua estratégia - ou checar suas premissas. Não há chance de isso acontecer. Vão é dobrar a aposta, o que será o principal fator de reeleição de Bolsonaro. Seu melhor cabo eleitoral é justamente essa patota apavorada e expondo cada vez mais a própria hipocrisia.A narrativa da turma é que tudo se deve ao coronavoucher, ou seja, Bolsonaro é o novo Lula e ponto final. O discurso tangencia de leve a verdade, mas está longe de ser toda ela. O que esse pessoal não quer enxergar é que o maior cabo eleitoral de Bolsonaro é e sempre foi a mídia, a hipocrisia escancarada de quem tenta de tudo para detonar o governo lançando mão de um duplo padrão podre.
Com esses adversários, tudo que Bolsonaro precisa fazer é se manter razoavelmente calado e deixar que seus detratores se enforquem. O desespero está batendo forte, e com isso eles apelam ainda mais, o que os afunda mais ainda e ajuda Bolsonaro.
Eis, por exemplo, o método MBL de "raciocínio":
1. vire um antibolsonarista histérico que considera até Paulo Guedes pior do que o PT;
2. Passe o dia destilando ódio a quem vê virtudes no governo, acusando de "vendido" quem não for igualmente fanático contra o governo;
3. Apoie até a esquerda radical e a mídia para isso;
4. Quando der "ruim", culpe o povo "idiota" e o compare a porcos.
Em seguida, basta Bolsonaro mostrar quem são os "democratas" que se unem para combater seu "fascismo":
Enquanto isso, deixe a imprensa, em pânico, convocar um youtuber idiota que imita focas como um ícone da "resistência", dando holofote a ele em tudo que é veículo "importante", inclusive internacional. Eis o efeito prático:
O que mais Bolsonaro precisa fazer? Ah sim: poderia entender que seu silêncio, às vezes, vale ouro. Aquelas saidinhas no "cercadinho" eram um fiasco. O deputado Paulo Eduardo Martins tem um bom conselho a dar:
Diante disso tudo, até a turma da Globo terá de admitir, com bastante constrangimento, a realidade inegável:
Os inimigos do governo foram com muita sede ao pote, escancararam demais da conta seu oportunismo canalha nessa pandemia. Claro que isso teria um efeito bumerangue! Só quem ainda não entendeu nada do fenômeno que levou Trump, Bolsonaro e outros ao poder, e resultou no Brexit, poderia achar que tanta canalhice do establishment ficaria impune.
E claro, não podemos fechar sem o melhor cabo eleitoral de Bolsonaro: o STF! Quem precisa de defensores quando aquele ministro que considera o presidente um "genocida" e um "nazista" resolve fazer uma "live" com ninguém menos do que o líder do MST, um movimento criminoso, invasor de propriedades, que atacou inclusive a propriedade de uma ministra do próprio Supremo?!
Comentei rápido sobre o caso no 3em1 desta quinta, para fechar o programa:
Sim, o Brasil cansa, não é sério, e o STF menos ainda. Com esse establishment, com esses adversários, Bolsonaro é reeleito se basicamente ficar imóvel. É uma turminha totalmente sem noção da realidade!
Rodrigo Constantino, jornalista - Gazeta do Povo - Vozes