Com reajuste de 11,28%, aposentado do INSS ganhará até R$ 5.189,82
Correção do benefício para quem recebe mais do que salário mínimo fica acima da inflação oficial, mas representantes dos segurados dizem que não repõe perda desde 1994. Impacto na Previdência com essa parcela de beneficiários será de R$ 21,5 bilhões
Os cerca de 10 milhões aposentados e pensionistas do Instituto Nacional
de Seguridade Social (INSS) que recebem benefícios acima de um salário
mínimo — reajustado para R$ 880 — terão aumento de 11,28%, o que elevou o
teto para R$ 5.189,82. O percentual equivale ao Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC) de 2015, e ficou acima da inflação oficial
medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 10,67%. O
impacto nos gastos com aposentadorias para essa parcela de contribuintes
foi calculado pelo Ministério do Trabalho e Previdência em R$ 21,5
bilhões este ano.
O gasto com o reajuste de quem ganha acima do salário mínimo para a
Previdência Social será maior do que os R$ 19,6 bilhões de despesa a
mais neste ano para dar o aumento de 11,68% para os mais de 22 milhões
de segurados que ganham um salário mínimo por mês. Mensalmente, a pasta
desembolsa R$ 35,7 bilhões em benefícios. Esses reajustes agravam a
situação já deficitária da Previdência, cujo rombo gira em torno de R$
82,6 bilhões por ano.
Para especialistas, o agravamento do rombo obrigará o governo a ser mais firme na tentativa de equilibrar as contas. Para equacionar as despesas, acreditam que a equipe econômica vai seguir apostando as fichas no retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) que, segundo estimativas, renderia R$ 70 bilhões por ano aos cofres públicos.
Em um cenário de mais um ano de retração da economia, a expectativa é de que o setor produtivo continue reduzindo o quadro de funcionários e, em alguns casos, até fechando as portas. Com menos pessoas trabalhando e menos empresas abertas, a tendência é de que as receitas provenientes das contribuições com o INSS caiam, efeito que fatalmente elevará o deficit na Previdência.
O quadro recessivo do país, segundo o professor de administração pública da Universidade de Brasília (UnB), José Matias-Pereira, manterão aposentados e pensionistas sem motivos para comemorar. O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical, Carlos Ortiz, defende a mudança na forma como são calculados os benefícios com valores acima do salário mínimo para compensar o que chama de “achatamento” das aposentadorias. “Os aposentados são obrigados a continuar trabalhando para complementar a renda”, afirma.
Fonte: Correio BraziliensePara especialistas, o agravamento do rombo obrigará o governo a ser mais firme na tentativa de equilibrar as contas. Para equacionar as despesas, acreditam que a equipe econômica vai seguir apostando as fichas no retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) que, segundo estimativas, renderia R$ 70 bilhões por ano aos cofres públicos.
Em um cenário de mais um ano de retração da economia, a expectativa é de que o setor produtivo continue reduzindo o quadro de funcionários e, em alguns casos, até fechando as portas. Com menos pessoas trabalhando e menos empresas abertas, a tendência é de que as receitas provenientes das contribuições com o INSS caiam, efeito que fatalmente elevará o deficit na Previdência.
O quadro recessivo do país, segundo o professor de administração pública da Universidade de Brasília (UnB), José Matias-Pereira, manterão aposentados e pensionistas sem motivos para comemorar. O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical, Carlos Ortiz, defende a mudança na forma como são calculados os benefícios com valores acima do salário mínimo para compensar o que chama de “achatamento” das aposentadorias. “Os aposentados são obrigados a continuar trabalhando para complementar a renda”, afirma.