Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O grupo teve maior impacto no IPCA de janeiro, divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE
O
maior impacto no índice do mês veio de Alimentação e bebidas (0,59%),
que contribuiu com 0,13 p.p. No acumulado, ficou em 11,07%, um pouco abaixo dos 11,64% de dezembro. [Comentário esclarecedor: afirmamos que a inflação dos alimentos - a pior para os mais pobres - vai começar a cair quando o Lula CAIR FORA.
Deixamos claro que não temos nenhuma intenção de praticar ato antidemocrático, de insuflar um 'golpe de estado' - caso tivéssemos tal intenção, nos falta o principal, o essencial em um golpe = quem colocar no lugar do deposto???
Apenas, afirmamos o óbvio = como é possível a um presidente que , no 41º dia de governo, ainda NÃO ADOTOU nenhuma medida na área econômica - prefere ficar encrencando com o passado, com o BC, com o teto de gastos - pode diminuir o ritmo inflacionário?
O atual presidente, que se intitula o 'salvador da pátria' não conseguiu ainda, sequer despachar individualmente com todos os seus ministros.]
No INPC, que se refere às famílias com rendimento até cinco salários
mínimos, os alimentos passaram de 0,74% em dezembro para 0,52% em
janeiro.
André Braz, economista do Ibre/ FGV, considera que o grupo Alimentação
vai se comportar melhor este ano. Segundo ele, este resultado de janeiro
é por conta de efeitos sazonais. - Os destaques estão todos no campo, são alimentos in natura. A
volatilidade do clima nessa época do ano - chuva forte, sol intenso, -
não colabora para oferta regular desses alimentos. E como a oferta
diminui, o preço dispara. Então, é uma situação muito concentrada no
verão e que tem a ver com a sazonalidade.
Para Braz, a tendência de queda em comparação a 2022 está sendo
antecipada pelo IPA (Ìndice de preços ao produtor, calculado pela FGV),
com redução importante no preço de grandes commodities como soja, milho e
trigo.- Como essas matérias- primas dão conta de muitos alimentos
industrializados e estão com preços em queda, isso vai abrir espaço para
que haja uma pressão menor em alimentos. Este movimento devemos
observar gradualmente a partir desse primeiro semestre de 2023, mas vai
ficar mais flagrante a partir de fevereiro.
Míriam Leitão, colunista - Coluna em O Globo - ÍNTEGRA MATÉRIA
A inflação subindo cria um novo problema para o governo, o da pressão por gastos. O professor Luiz Roberto Cunha acha que o INPC, que foi de 0,95% e corrige benefícios previdenciários, assistenciais, salário mínimo, pode chegar a 5% no acumulado do ano. Está em 3,93% e em dezembro os índices de inflação devem ficar em 1%. O INPC mede a inflação dos mais pobres, tem um peso maior de alimentos, portanto, está subindo mais do que o IPCA.
A questão é que todos os cálculos de gastos de despesas indexadas foram feitos com o índice até a época do Orçamento em agosto. E a aceleração se deu no segundo semestre. O último cálculo que publicamos na coluna foi o de que o gasto pode subir em R$ 15 bilhões a R$ 17 bilhões, segundo o Ibre/FGV, e o governo terá que tirar de algum lugar. O teto também sobe, mas com o índice registrado em 12 meses terminados no meio do ano.
O que mais subiu foram de novo os alimentos. Mas energia elétrica também pesou, lembrou Luiz Roberto Cunha. Há também uma inflação à espreita de reajustes de tarifas e preços administrados que não subiram em 2020 porque a perspectiva de que a essa altura a vida estaria normalizada. Então em 2021 estaremos longe da normalidade e com reajustes chegando. A alta de preços está também afligindo as famílias.
Valor é
superior ao reajuste previsto pelo Congresso em meados de dezembro com a
aprovação do Orçamento de 2020, que era de 1.031 reais
[só falta agora um desses partidos - tipo Rede, Podemos e outros - - especializados em impedir via Justiça que o presidente Bolsonaro governe, entre com ação para bloquear a diferença de R$ 2, alegando inconstitucionalidade.]
O presidenteJair Bolsonaro (sem partido) assinou nesta terça-feira, 31, medida provisória (MP) que reajusta o salário mínimo de 998 para 1.039 reais em 2020. A MP foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. O salário mínimo diário corresponderá a 34,63 reais e o
valor horário, a 4,72 reais. A medida passa a vigorar nesta quarta-feira
1º.
O valor é superior ao reajuste previsto pelo Congresso em meados de
dezembro com a aprovação do Orçamento de 2020, que era de 1.031
reais. Segundo nota enviada à imprensa pelo Ministério da Economia, o
número de 1.031 reais considerava um Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) mais baixo, mas as projeções para o índice em dezembro
ficaram mais pressionadas devido ao aumento nos preços das carnes.
Foi feito ainda um ajuste que levou em conta a diferença entre a
estimativa de inflação de dezembro de 2018 — critério que foi utilizado
para estabelecer os 998 reais para o salário mínimo de 2019 — e a
variação efetiva do INPC, divulgada somente dia 11 de janeiro de 2019 e
que veio mais alta que a previsão. Por fim, o governo arredondou para
cima o número para evitar casas decimais (centavos).
“Como o valor anunciado ficou acima do patamar anteriormente
estimado, será necessária a realização de ajustes orçamentários
posteriores, a fim de não comprometer o cumprimento da meta de resultado
primário e do teto de gastos”, disse o Secretário Especial de Fazenda,
Waldery Rodrigues Junior.
O governo estima que para cada aumento de 1 real no salário mínimo,
as despesas com benefícios da Previdência, abono e seguro desemprego e
benefícios de prestação continuada da Lei Orgânica de Assistência Social
e da Renda Mensal Vitalícia se elevam em 2020 em aproximadamente 355,5
milhões de reais.
"A falência ronda boa parte delas. Para onde irão seus pacientes se fecharem as portas?"
O Estado de S. Paulo As Santas Casas de Misericórdia no Brasil são verdadeiramente
“santas”. Prestam inestimável serviço à população brasileira, não
recebendo em contrapartida, do governo federal e de outras instâncias da
Federação, a remuneração correspondente ao seu trabalho e seu mérito.
São “santas” ainda por continuarem prestando um auxílio indispensável
aos brasileiros, sob chuvas e trovoadas que ameaçam até mesmo sua
sustentabilidade.
O número de hospitais filantrópicos no Brasil é impressionante:
2.172. Sua rede estende-se por todo o País. Em 968 municípios só ela
presta atendimento hospitalar, não há outra opção. Saúde ali significa
presença de um hospital da Santa Casa. Atende, portanto, cidades que,
sem ela, estariam totalmente ao desamparo. Não deixa de existir aí um paradoxo. O serviço prestado é claramente
público, enquanto a sua fonte de financiamento estatal é insuficiente
para cobrir os seus custos. Os hospitais filantrópicos cuidam dos mais
desfavorecidos de forma deficitária, enquanto o Estado se faz ausente.
E, como se sabe, não são poucos os desperdícios nos hospitais públicos.
Há um notório desequilíbrio. Para ter uma ideia do problema, dos seus 170.869 leitos, 126.883, ou
seja, 74%, são destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Isso faz o
custo dos serviços prestados ao sistema público, em valores de 2018,
elevar-se a R$ 24 bilhões, recebendo em contrapartida, mais para contra
do que a seu favor, de receitas por serviços prestados, R$ 15 bilhões. O
seu déficit é, portanto, de R$ 9 bilhões, aí já descontados os valores
que as instituições usufruíram em isenções, sem as quais os déficits
seriam ainda maiores.
O modelo é nitidamente insustentável, só podendo levar à insolvência.
As crises só tendem, nesse sentido, a aumentar, por operarem esses
hospitais filantrópicos com uma tabela do SUS claramente defasada. De
fato, eles terminam cobrindo esse déficit, quando conseguem tal proeza,
com as receitas de convênios privados e da prestação de serviço
particulares. São os seus recursos próprios que estão financiando o SUS,
exercendo eles uma função de Estado, enquanto este não cumpre sua
própria função.
Há dois problemas em pauta. Um é o déficit de financiamento do
sistema, que só pode ser resolvido com repasses públicos, principalmente
por via de uma atualização da tabela do SUS que seja realista, de
acordo com o atendimento público esperado; outro é a dívida acumulada
pelo sistema, que só cresce se não for equacionada realisticamente, e
com juros subsidiados.
O presidente Jair Bolsonaro foi sensível a esse problema. Soube
receber os representantes dessas instituições, além de lhes ter
prometido, em sua campanha eleitoral, atendimento especial. Pelo
destino, quando recebeu uma facada, teve sua vida salva pela Santa Casa
de Juiz de Fora (MG). Sem ela provavelmente não teria resistido. Pôde
ele mesmo constatar a importância desse tipo de hospital filantrópico.
Agora Bolsonaro está cumprindo sua promessa com uma linha de
financiamento especial, conduzida pela Caixa Econômica Federal. Seu
custo é ainda relativamente alto em relação aos bancos privados, mas
representa inegavelmente um avanço. Há ainda muito a fazer no que diz
respeito a outras linhas possíveis de financiamento público, como o
oriundo do FGTS, que, de tão altos os custos, não podem, por isso mesmo,
por ora, contribuir para a solução desses problemas.
O que importa, porém, é que as discussões foram abertas, iniciativas
foram tomadas e diálogos, estabelecidos. Por exemplo, o próprio
presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, esteve
pessoalmente visitando a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre,
hospital, aliás, modelo pela gestão eficiente, pela racionalização de
seus serviços e por seu atendimento de alta qualidade. Foi igualmente
sensível às demandas do setor e pôde constatar in loco o benefício
recebido pela população e a valorização do mérito, incentivada pelo seu
qualificado quadro de dirigentes.
Contudo, conforme observado, o equacionamento das dívidas é uma parte
deveras importante dos problemas dos hospitais filantrópicos. Essas
primeiras medidas são da maior relevância, mas constituem apenas o
início do caminho. O desequilíbrio estrutural permanece enquanto não for
feita uma cada vez mais necessária revisão da tabela do SUS e não for
dado o devido cuidado a repasses dos Ministérios da Saúde e da Educação.
Sem essas medidas a própria existência dos hospitais filantrópicos
estará ameaçada. O problema não tem nenhuma conotação ideológica, é
simplesmente de aritmética!
Esclareçamos melhor essa defasagem. Desde o Plano Real até 2018 a
tabela do SUS foi reajustada em 93,78%.O INPC/IBGE teve uma variação
nesse período de 506,49%. E a variação do salário mínimo foi de 854%.
Será que as Santas Casas merecem essa posição de patinhos feios? Será
que não têm nenhum valor? Note-se, ainda, que esses hospitais têm uma taxa muito elevada de
internações de alta complexidade, em torno de 59,95%, destacando-se as
de cardiologia, de quimioterapia, de cirurgias oncológicas e de
transplantes. Para onde irão essas pessoas doentes se as Santas Casas se
virem inviabilizadas na prestação desses serviços? E essas pessoas, em
sua imensa maioria, não têm outra opção.
A abnegação e a dedicação de seus dirigentes são dignas de nota, por
seus valores morais e religiosos. Lutam contra uma corrente que lhes é
desfavorável. Têm sabido resistir. Entretanto, a falência ronda boa
parte desses hospitais, alguns sofrendo a ameaça direta de fecharem as
suas portas. Leitos faltam no País! O sistema hospitalar público é
notoriamente ineficiente e caro. A população brasileira muito sofre com
isso. Não seria o caso de se valorizar aqueles que estão efetivamente
oferecendo um serviço público de qualidade a custos notoriamente
inferiores?
Confiança
de consumidores, investidores e empresários é uma bênção para um
governo iniciante e com obrigação de cumprir agenda complexa de ajustes e
reformas
O novo governo começou num
cenário de inflação bem comportada, um dos melhores legados da
administração anterior e de um Banco Central (BC) conduzido com
prudência e realismo. Em janeiro, os bens e serviços comprados pela
maioria das famílias encareceram 0,32%, segundo o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência principal para a política
econômica. Os aumentos foram maiores que os de dezembro, quando ficaram
em 0,15%, mas a alta acumulada em 12 meses bateu em 3,78%. Foi um
resultado bem razoável depois de um ano de muita incerteza política, de
forte oscilação do dólar e de graves problemas criados no fim do
primeiro semestre pela crise do transporte rodoviário. Sempre há
reclamações pela alta deste ou daquele produto, mas os consumidores,
segundo várias pesquisas, mantêm boas expectativas em relação a 2019.
Confiança
de consumidores, investidores e empresários é uma bênção para um
governo iniciante e, mais que isso, com obrigação de cumprir uma agenda
complexa e trabalhosa de ajustes e reformas. Se essa confiança se
mantiver, a nova administração poderá concentrar-se nas tarefas mais
urgentes e mais complicadas, sem ter de se preocupar com desarranjos nos
preços e nos orçamentos já apertados da maior parte dos brasileiros.
Expectativas favoráveis quanto à inflação também permitirão ao BC manter
em 6,50% por vários meses a taxa básica de juros, a Selic. Essa taxa
foi confirmada pela sétima vez na última reunião do Copom, o Comitê de
Política Monetária do BC, na reunião periódica encerrada na última
quarta-feira.
O ritmo anual de alta do IPCA continua bem abaixo
da meta oficial, fixada para 2019 em 4,25%, com tolerância de 1,5 ponto
para mais ou para menos. O resultado final de 2018 foi 3,75%, número bem
inferior ao objetivo de 4,50% ainda em vigor no ano passado. Para este
ano o mercado projeta para o IPCA uma elevação de 3,94%, segundo a
pesquisa semanal Focus divulgada na última segunda-feira pelo BC.
Expectativas bem ancoradas, como se diz no jargão dos especialistas,
contribuem para a moderação da alta de preços.
A
validação dessas expectativas dependerá principalmente, a julgar pelos
dados hoje conhecidos, do empenho do governo na execução de sua pauta.
Pode haver algum risco significativo no cenário externo, por causa da
prolongada tensão comercial entre as maiores economias e das incertezas
do Brexit, a cisão entre Reino Unido e União Europeia. Mas a maioria dos
sinais sugere pressões inflacionárias moderadas nos próximos meses. Os
preços no atacado recuaram em janeiro 0,19%, segundo a Fundação Getúlio
Vargas. Em novembro e dezembro, as variações já haviam sido negativas.
No acumulado em 12 meses houve uma alta considerável, 7,98%, mas essa
taxa foi a menor em oito meses.
De junho a dezembro, a alta dos
preços no atacado foi sempre superior a 8% em 12 meses. Os números dos
últimos três meses, assim como a taxa anual, apontam uma clara
acomodação. Quanto ao preço do dólar, importante fator de pressão,
recuou há algum tempo e tem oscilado bem mais suavemente do que na maior
parte do ano passado. O IPCA mede a variação dos preços pagos
pelas famílias com renda mensal de um a 40 salários mínimos. Além desse,
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) produz também
um indicador, o INPC, baseado nas despesas das famílias com ganho de um a
cinco salários mínimos.
Também nesse caso houve aceleração, com a
taxa mensal passando de 0,14% para 0,36%. Mas o ritmo anual ficou em
3,57%, abaixo do encontrado para o IPCA. A condição dessas famílias é
obviamente muito mais desconfortável, em especial quando a elevação do
índice, como em janeiro, é puxada pelos preços da comida. Mas todos os
grupos – em proporções diferentes – ganham com preços mais comportados.
Para os pobres, no entanto, nenhuma solução será suficiente sem melhores
condições de emprego e de empregabilidade. Programas para isso também
dependerão de finanças públicas saudáveis e, portanto, de ajustes e
reformas.
Novo valor é válido a partir de 1º de janeiro, equivale a aumento de 1,81%
O presidente Michel Temer assinou, nesta sexta-feira, um
decreto que reajusta o salário mínimo dos atuais R$ 937 para R$ 954
(aumento equivalente a 1,81%) a partir de 1º janeiro de 2018, informou a
assessoria da Casa Civil. Um reajuste de R$ 17 em relação ao atual e
sairá em um uma edição extra do Diário Oficial desta sexta-feira. O
decreto também estabelece o valor do pagamento mínimo diário de R$ 31,80
e a hora mínima passará dos atuais R$ 4,26 para R$ 4,34.
Esse valor é o mesmo pago a aposentados e pensionistas do
INSS que ganham o piso previdenciário. O valor anteriormente aprovado
pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso era de R$ 965,
equivalente a um aumento de 2,99% e fazia parte do Orçamento da União.
A primeira previsão do governo apontava um mínimo de R$ 979, em seguida passou para R$ 969. Isso ocorre porque o mínimo é definido
por um cálculo que leva em conta a inflação do ano anterior e o
crescimento do PIB de dois anos antes. O governo previu em seus parâmetros que o INPC encerraria
2017 com um crescimento de 3,1%. No entanto, até novembro, o valor
acumulado do ano está em 1,8%, exatamente o reajuste do mínimo previsto
no decreto presidencial. Não haverá repasse do comportamento do PIB para
os salários porque a economia apresentou queda em 2016.
No
livro "Retomada do crescimento" (Editora Elsevier) que organizei
recentemente com Mansueto Almeida não poderia faltar uma reflexão sobre a
Previdência. Sendo um livro com propostas de reforma para o governo a
ser empossado em 2019, porém, e dado que tínhamos nos comprometido em
entregar o livro no começo de 2017, tivemos com meu co-autor do capítulo
previdenciário, Paulo Tafner, que fazer uma escolha acerca de que
premissas assumiríamos na definição das propostas para uma "Agenda
2019".
Antes de saber o conteúdo do substitutivo do relator da
Proposta de Emenda Constitucional (PEC), tínhamos duas opções. A
primeira era assumir que a proposta de reforma encaminhada em dezembro
seria aceita na íntegra. A segunda era admitir que os pontos A, B e C da
proposta seriam substituídos pelas propostas X, Y e Z. Como o conjunto
de possibilidades neste caso seria infinito, diante das dificuldades de
argumentar por que se tinha adotado uma hipótese e não outra, optamos
pela primeira alternativa. Em nossa "bola de cristal", não contávamos
com a crise política iniciada dia 17 de maio em função da divulgação das
gravações de Joesley Batista.
O ponto a ser enfatizado é que,
mesmo assumindo a hipótese de plena aceitação da proposta original do
governo, haveria provavelmente a necessidade de aprovar uma nova reforma
previdenciária adicional em 2019. Isso porque, como discutimos no
capítulo "Reforma da Previdência: a hora chegou", a proposta oficial era
relativamente branda para com aqueles que tinham idade próxima a 50
anos e estavam perto da aposentadoria.
Numa das tabelas do
capítulo, apresentam-se casos concretos de pessoas que, no momento da
possível aprovação da reforma, na época assumida como ocorrendo em
meados de 2017, tivessem 50 anos. Mostra-se ali que, ao longo do governo
2019/2022, essas pessoas, mesmo tendo que dilatar ligeiramente seu
tempo de permanência no mercado de trabalho, continuariam a se aposentar
com idades entre 52 e 55 anos.
O capítulo chama a atenção para
os riscos envolvidos na continuação de uma pressão significativa das
despesas do INSS, no contexto da vigência do teto real de gastos. Nele,
enfatiza-se o contraste entre a projeção de crescimento feita no livro
para o biênio 2016/2017 - no qual, arredondando os valores, para o gasto
total, teríamos uma expansão real média nula do gasto total exclusive
transferências - para o gasto real de INSS + LOAS, de em média 6% ao
ano; e a das demais despesas, com queda média prevista de 4% ao ano no
citado biênio, sempre em termos reais e mesmo incluindo o aumento real
de pessoal. Mantido tal contraste entre a trajetória das
despesas previdenciárias e assistenciais e a das demais despesas nos
próximos anos, a tensão que isso geraria para a implantação das
políticas públicas colocaria em xeque a execução da política fiscal da
próxima administração. Disso decorria a recomendação de fazer uma nova
reforma em 2019, com uma regra de transição severa e idade mínima
imediata para a aposentadoria, de 60 anos para os homens e 57 para as
mulheres, com elevação posterior.
No capítulo, tal recomendação
foi complementada pela sugestão de encaminhar uma proposta ao Congresso
em 2019 propondo a indexação do salário mínimo (SM) ao INPC por 10 anos a
partir de 2020. Isso retiraria a pressão do SM sobre o INSS e os
Benefícios de Prestação Continuada (BPC) sem que para tanto seja
necessário o investimento em capital político que requer a aprovação de
uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Essas eram as
conclusões que se derivavam do capítulo, à luz da hipótese da aprovação
da proposta de reforma nos moldes da PEC original encaminhada ao
Congresso. Naturalmente, elas se consolidaram após a modificação da
mesma por ocasião da adoção do substitutivo do relator, que, no bojo de
uma intensa negociação política, fez uma série de compreensíveis
concessões. E, obviamente, as conclusões foram ainda mais reforçadas
após a paralisia acerca do tema que tomou conta do meio político depois
de maio, devido aos já famosos áudios divulgados na ocasião.
Lembremos
que a despesa do INSS em 1988 era de 2,5% do PIB e cresceu em forma
praticamente contínua desde então, alcançando um percentual do PIB de
4,8 % no Plano Real em 1994; 6,8% em 2014; e 8,5% do PIB em 2017. Esse
crescimento está estrangulando rubricas essenciais do Orçamento,
atropelando diversas políticas públicas fundamentais para o país. Mesmo
que nos próximos meses seja aprovada uma reforma "aguada", em 2019 a
reforma previdenciária terá que ser um compromisso inadiável.
Isso
mostra a atualidade do desabafo de Cássio Casseb, conhecido executivo
que saiu para fazer um road show em 2005 com "céu de brigadeiro" e
voltou duas semanas depois, após a denúncia do "mensalão", trazendo à
baila velhos fantasmas: "No Brasil, você passa 15 dias fora e muda tudo,
mas passa 15 anos fora e não muda nada". A tendência nacional a
procrastinar o enfrentamento dos problemas é dramática.
É impressionante! Isso apenas não aconteceu nem
tem como acontecer. A correção obedece a uma lei aprovada pelo
Congresso e que vale até 2019; veja a questão técnica
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, teve de gravar um vídeo
negando que o governo vá reduzir o valor do salário mínimo. É do
balacobaco. Assistam.
A delinquência intelectual que toma
conta do debate público no Brasil,perdido entre os extremismos estéreis
do oportunismo, chega a ser assombrosa. Por que extremismo estéril?
Porque a retórica exacerbada nasce do nada.Pior:polos ideologicamente
opostos se juntam, com alguma frequência, na farsa, na mentira, na falsa
notícia. Querem ver?
Qual é a fórmula, em exercício, de
correção do salário mínimo, que contou com o apoio das esquerdas e, a
rigor, da quase unanimidade das correntes de pensamento do país? 1:
corrige-se o valor levando-se em conta a inflação acumulada dos 12 meses
anteriores ao do reajuste; no caso, o INPC (Índice Nacional de Preços
ao Consumidor);2)a título de ganho real, aplica-se a taxa de
crescimento da economia registrada dois anos antes.
E se, em vez de crescimento, tiver
havido recessão?Aí não acontece nada. Vale dizer: se a economia se
expande, o mínimo tem valorização real;se ela encolhe, ele não diminui,
sendo corrigido apenas pela inflação.E assim será até 2019, segundo dispõe a
Lei 13.152, de 2015, que atualizou a 12.382, de 2011, de redação
semelhante.Destaque-se de novo: se a economia cresce, o mínimo se
torna, vamos dizer, sócio desse crescimento; se houver, no entanto,
recessão, os 48 milhões de salários mínimos pagos no país não serão
rebaixados. Terão a correção da inflação apenas.
Muito bem! O governo é obrigado a
apresentar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano seguinte até o
dia 15 de abril do ano em curso, e o Congresso só pode entrar em
recesso, em julho, depois de aprová-la. Que fique claro: a LDO traz
apenas uma estimativa de valores. Até porque ela é pautada, em muitos
aspectos, pelo comportamento da inflação, que pode ser presumida, sim,
mas nunca dada como absolutamente certa.
Ora, quando o governo projetou o mínimo
de 2018, o fez com base na expectativa que se tinha, então, do INPC:
previu-se que passaria dos atuais R$ 937 para R$ 979. Alguns Estados
contam com leis locais que elevam esse valor. Nesse caso, estimava-se um
INPC de 4,48%. Muito bem! O governo não decidiu, à diferença do que
afirmam vigaristas de esquerda e de direita, reduzir o salário mínimo. É
que, tudo indica, o INPC ficará em 3,41%, bem abaixo do que se supunha.
Isso se confirmando, o mínimo passará para R$ 969.
Assim, é mentirosa a notícia de que o
governo decidiu baixar o valor do salário mínimo do ano que vem. Até
porque esse valor, insista-se, ainda não existe. A queda da inflação a um ritmo superior
ao esperado não teve impacto apenas no salário mínimo, é bom que a gente
se lembre, não? O governo teve de rever a meta de déficit fiscal deste
ano e do próximo em razão disso. Ora, há impostos que também obedecem à
correção inflacionária. Quando o governo estimou, em 2016, as receitas
de 2017, previa uma inflação de 5,4%. Ela está agora em 3,28%. Isso
significa R$ 19 bilhões a menos de arrecadação neste ano e estimados R$
23 bilhões a menos no ano que vem.
Vigaristas não gostam de matemática.
Preferem discursos ocos e gritaria. Essa conversa de que o governo
libera verbas para políticos, mas corta o salário mínimo dos
trabalhadores é demagogia vagabunda. Os recursos das emendas são um
percentual fixo do Orçamento e são de execução obrigatória. O salário
mínimo que será pago no ano que vem não tem nada a ver com isso e
depende do resultado da economia de 2016 — quando houve um encolhimento
de 3,16%, e não haverá, pois, ganho real — e da inflação de 2017.
Em junho, preços recuaram 0,23%, menor taxa desde 1998
Pela primeira vez em mais de uma década, os preços no Brasil caíram
no mês passado.Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) ficou negativo em 0,23%, segundo dados divulgados nesta
sexta-feira pelo IBGE, puxado pelo recuo dos preços de energia elétrica.
A última deflação no país havia sido registrada em junho de 2006,
quando o indicador ficou em -0,21%. A deflação de 0,23% em junho foi
ainda a menor taxa desde agosto de 1998, quando o índice registrou queda
de 0,51%.
No acumulado em 12 meses, a inflação está em 3%, a menor desde abril de 2007, quando o IPCA também ficou exatamente em 3%. Com
a deflação de junho, o IPCA fechou o semestre com alta acumulada de
1,18%, taxa inferior aos 4,42% registrados na primeira metade do ano
passado. Considerando apenas os primeiros semestres do ano, este é o
resultado mais baixo da série histórica, iniciada em 1994.
Em maio, o IPCA havia ficado em 0,31%. A expectativa do mercado era
de deflação de 0,19%, segundo pesquisa da Bloomberg. Dos 45 analistas,
44 esperavam queda de preços — entre -0,08% e -0,28%. Só um dos
economistas esperava alta de 0,13% para junho.
O resultado de junho foi fortemente influenciado pela queda da
energia elétrica, cujos preços caíram 5,52% no mês passado. Sozinho,
esse item respondeu por -0,2 ponto percentual do resultado. Ou seja, não
fosse a conta de luz mais barata, a inflação de junho ficaria próxima à
estabilidade, em -0,03%. A forte queda da energia elétrica ajudou a
puxar para baixo os preços da categoria habitação, que registrou
deflação de 0,77% em junho. Ao lado de alimentação (-0,5%) e transporte
(-0,52%), os três grupos respondem por 60% das despesas domésticas e
ajudaram a levar o IPCA para o negativo no mês passado.
PREÇO DO TOMATE CAI QUASE 20% No grupo de
alimentação e bebidas, que responde por 26% dos gastos das famílias
brasileiras, a queda de 0,5% foi puxada pelos preços menores dos
alimentos consumidos em casa, cujos preços recuaram 0,93%. A maioria dos
produtos da categoria registrou recuo de preços, como o tomate
(-19,22%), batata inglesa (-6,17%) e frutas (-5,9%). A taxa seria ainda
mais negativa, não fosse a forte alta de 25,86%, que fez o produto puxar
o índice 0,05 ponto percentual para cima. Os alimentos vêm registrando
quedas ao longo do ano, influenciados pela safra recorde e pelo efeito
da recessão - outro importante fator por trás da inflação mais baixa em
2017.
Já em transportes, a principal influência para baixo veio dos
combustíveis - que respondem por 18% do índice. Esses produtos tiveram
queda de 2,84%, com destaque para a queda de 2,65% da gasolina. A
variação negativa foi resultado de duas reduções de preços nas
refinarias, autorizadas pela Petrobras, que tiveram impacto no IPCA de
junho. Há duas semanas, no relatório trimestral de inflação, o Banco Central
também previu deflação para junho. A autoridade monetária reduziu ainda
a projeção para a alta de preços no ano, de 3,9% para 3,8%. A meta do
governo é que o índice fique em 4,5%. Em outra ação para manter a inflação controlada, o BC anunciou a
redução dessa meta para os anos de 2019 e 2020, em 4,25% e 4%,
respectivamente. A margem de tolerância continua sendo de 1,5 ponto
percentual para mais ou para menos, como hoje.
DEFLAÇÃO EM TODAS AS REGIÕES; NO RIO, QUEDA DE APENAS 0,09% O
IPCA registrou queda em todas as 13 regiões acompanhadas pelo IBGE. O
destaque ficou por conta de Belo Horizonte, cuja taxa ficou negativa em
0,48%. Essa queda foi impulsionada pela redução nas contas de luz, que
ficaram 10,68% mais baratas na região. Na região metropolitana do Rio, que tem peso de 12,06% sobre o
resultado nacional, houve deflação de 0,09%. Já em São Paulo, cujo peso
sobre o índice nacional é de 30,67%, a deflação foi de 0,31%.
INPC TEM QUEDA DE 0,3% Importante para reajustar acordos salariais, o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC) registrou queda de 0,3% em junho, após ter
subido 0,36% em maio. No acumulado em 12 meses, o indicador desacelerou
para 2,56%, abaixo dos 3,35% registrados nos 12 meses encerrados no mês
anterior. Assim como no IPCA, a taxa negativa foi influenciada pela
queda de 0,52% dos produtos alimentícios. O INPC calcula a inflação
sentida pelas famílias que ganham até cinco salários mínimos, sendo o
chefe assalariado.
IMPACTO NOS JUROS Antes da divulgação do
resultado de junho do IPCA, o economista-chefe do Santander, Mauricio
Molon, afirmou que crescem as chances de a taxa Selic chegar ao fim do
ano abaixo dos 8,5%, que é a projeção atual do banco. A estimativa atual
do Santander é de que inflação chegue ao fim do ano em 4,2%, mas Molon
admite que pode ficar abaixo disso: - Muito mais que o discurso do Banco Central, são as variáveis que
determinam as decisões. Essas variáveis estão evoluindo de forma que
favorece a continuidade de queda de juros para um patamar até inferior
do que estimamos. Nossa projeção é de 4,2% de inflação no ano, mas a
chance de ser bem menor que esse 4,2% hoje é alta - disse Molon, após
participar do XVI Encontro Santander América Latina, na Cidade
Financeira, sede do banco nos arredores de Madri.
Com reajuste de 11,28%, aposentado do INSS ganhará até R$ 5.189,82
Correção do benefício para
quem recebe mais do que salário mínimo fica acima da inflação oficial,
mas representantes dos segurados dizem que não repõe perda desde 1994.
Impacto na Previdência com essa parcela de beneficiários será de R$ 21,5
bilhões
Os cerca de 10 milhões aposentados e pensionistas do Instituto Nacional
de Seguridade Social (INSS) que recebem benefícios acima de um salário
mínimo — reajustado para R$ 880 — terão aumento de 11,28%, o que elevou o
teto para R$ 5.189,82. O percentual equivale ao Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC) de 2015, e ficou acima da inflação oficial
medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 10,67%. O
impacto nos gastos com aposentadorias para essa parcela de contribuintes
foi calculado pelo Ministério do Trabalho e Previdência em R$ 21,5
bilhões este ano.
O gasto com o reajuste de quem ganha acima do salário mínimo para a
Previdência Social será maior do que os R$ 19,6 bilhões de despesa a
mais neste ano para dar o aumento de 11,68% para os mais de 22 milhões
de segurados que ganham um salário mínimo por mês. Mensalmente, a pasta
desembolsa R$ 35,7 bilhões em benefícios.Esses reajustes agravam a
situação já deficitária da Previdência, cujo rombo gira em torno de R$
82,6 bilhões por ano.
Para especialistas, o agravamento do rombo
obrigará o governo a ser mais firme na tentativa de equilibrar as
contas. Para equacionar as despesas, acreditam que a equipe econômica
vai seguir apostando as fichas no retorno da Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira (CPMF) que, segundo estimativas, renderia
R$ 70 bilhões por ano aos cofres públicos.
Em
um cenário de mais um ano de retração da economia, a expectativa é de
que o setor produtivo continue reduzindo o quadro de funcionários e, em
alguns casos, até fechando as portas. Com menos pessoas trabalhando e
menos empresas abertas, a tendência é de que as receitas provenientes
das contribuições com o INSS caiam, efeito que fatalmente elevará o
deficit na Previdência.
O quadro recessivo do país, segundo o
professor de administração pública da Universidade de Brasília (UnB),
José Matias-Pereira, manterão aposentados e pensionistas sem motivos
para comemorar. O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados,
Pensionistas e Idosos da Força Sindical, Carlos Ortiz, defende a mudança
na forma como são calculados os benefícios com valores acima do salário
mínimo para compensar o que chama de “achatamento” das aposentadorias.
“Os aposentados são obrigados a continuar trabalhando para complementar a
renda”, afirma.
A inflação está ainda pior para as famílias com renda entre um e cinco salários mínimos. Também medido pelo IBGE, o INPC acumulou 9,31% em 12 meses até junho.
Em maio, o acumulado havia ficado em 8,76%. No primeiro semestre, a
inflação da baixa renda ficou em 6,8%; no mês, a variação foi de 0,77%.
Entre as
regiões, o pior cenário, como no IPCA,
também é em Curitiba: alta de 11,36%. O Rio de Janeiro vem em seguida, com 10,72%. O INPC coleta dados em dez
regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo
Grande e de Brasília. [este
resultado significa mais cal lançado na sepultura política da Dilma, Lula e
resto da corja petista.
O maior número dos eleitores
responsáveis por Dilma ter sido eleita e reeleita e mesmo os que também votaram
noestrupício do Lula estão inseridos
nesta classe.]
De todas
as regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, a de Curitiba é a que mais tem sofrido com a alta da
inflação. O IPCA acumulado em 12 meses chegou a 10,2% em junho, sendo a primeira do
país a ter uma taxa de dois dígitos.
As
tarifas públicas estão pressionando o indicador. Somente no primeiro semestre
deste ano, a energia elétrica na cidade
aumentou 53%. Os ônibus urbanos
ficaram 14,28% mais caros, e a gasolinasubiu 7,59%. Os alimentos também
aumentaram muito, 7,81% de janeiro a
junho, acima da média nacional, que foi 6,61%.
Outras regiões correm o
risco de chegar à inflação de dois dígitos.O Rio de Janeiro já
acumula alta de 9,59% no IPCA em 12 meses até
junho, tendo a segunda maior taxa do país, seguido por Goiânia
(9,36%), Porto Alegre (9,35%),Belém (9,27%) e São Paulo
(9,02%).
[apenas para fins de informação,
memória dos fatos, divulgamos este POST, já que a notícia atual é: GREVE FOI
ENCERRADA]
Audiência no TRT termina sem acordo; rodoviários
apresentam nova proposta
Em
assembleia, rodoviários apresentam contraproposta. Enquanto dura o impasse, 1,2
milhão de usuários em todo o Distrito Federal enfrentam transtornos há três
dias sem transporte
A primeira audiência conciliatória entre rodoviários e patrões,
nesta manhã de quarta-feira (10/6), terminou sem acordo entre as partes e a
greve dos rodoviários continua. Após o fim da reunião, o Tribunal Regional do
Trabalho (TRT) da 10ª Região decidiu realizar uma nova sessão na sexta-feira
(12/6), às 9h30, para tentar pôr fim ao impasse que afeta 1,2 milhão de
usuários em todo o Distrito Federal. O presidente da
corte, o desembargador André Damasceno, afirmou que manterá as providências iniciais de multar o sindicato
em R$ 100 mil por dia, por
descumprimento da determinação de manter 70% dos ônibus circulando em horário
de pico e 50% no entrepico. A ordem vem sendo ignorada desde o primeiro dia de greve, na
segunda-feira (8/6).
Ao mesmo tempo, rodoviários se reuniam em assembleia,
atrás do Museu Nacional, na Esplanada dos Ministérios, onde decidiram uma
nova proposta de reajuste: pedem 10,2 % – em
vez de 20% – de aumento salarial e 12% – em vez de 30% – no tíquete e plano de
saúde familiar. A contraproposta foi encaminhada em seguida à Associação
Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, onde os diretores das empresas e
do sindicato estão reunidos. As empresas ofereciam 8,34% de reajuste nos
salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Na reunião do TRT estavam apenas os advogados das empresas e
do sindicato da categoria. Também participaram, como espectadores, o
secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, e a procuradora-geral do DF, Paola Aires
Corrêa Lima. O procurador regional do Ministério Público do Trabalho (MPT), Dr.
Adélio Justino Lucas, questionou o fato de as empresas entrarem com o dissídio
sem passar antes pela mediação do órgão, para tentar uma conciliação e também
por terem feito o processo individualmente, e não como uma associação.
Esta primeira reunião visou apenas à oitiva das partes — rodoviários e empresários — e a tentativa de se buscar
entendimento sem a necessidade de abertura de ação judicial, o que não ocorreu. Neste caso é dado andamento ao processo e
a Justiça deve se encarregar de arbitrar se haverá reajuste e de quanto ele
será. As negociações até agora não avançaram muito. Desde que a greve
começou, não houve reunião oficial entre trabalhadores e patrões. Até mesmo a
assembleia dos rodoviários, marcada para segunda-feira à tarde, foi suspensa.
O
impasse se dá em razão das diferenças de índices de reajustes pedidos e
oferecidos. Enquanto
a categoria quer aumento de 20% nos salários, 30% para tíquete-alimentação e
plano de saúde complementar, os patrões oferecem reajuste de 8,34% para
os salários, conforme previsto pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC).