O Brasil odeia o Congresso, visto como antro de ladrões, acomodados e
aproveitadores regidos a altos salários e mordomias a perder de vista. A
alegação corrente de um aparato demasiadamente custoso e ineficaz pesa
como nunca sobre aquela casa parlamentar. Uma pesquisa na semana passada
mostrou que a imensa maioria rejeita o trabalho feito ali. Para 60% dos
entrevistados, o desempenho parlamentar foi considerado ruim ou
péssimo. Irrisórios 5% consideraram a atuação aceitável.
Nem cobrador de impostos é tão impopular. O palhaço e deputado
Tiririca, do alto da maior votação alcançada no pleito de 2014, foi à
tribuna para dizer que iria desistir de reeleição. [apesar de sua notória incompetência, aversão à tribuna, o palhaço Tiririca na primeira oportunidade que teve utilizou recursos públicos (passagens de avião pagas pela Câmara) para fins particulares.
Só que deu azar e o malfeito se torno público, situação que talvez o tenha inibido a repetir ou a ser mais cuidadoso em possíveis novas falcatruas.
A soma de tudo o levou a uma renúncia que, estranhamento, é para o final do seu mandato e em toda renúncia há sempre a possibilidade de renunciar a renúncia.
Isso deixa uma dúvida será que o nobre deputado tenta se livras do ostracismo que reduziu sua audiência no Congresso a um 'traço'?] Confessou sua
frustração com a atividade e, em especial, com a prática corrente entre
os seus pares.
Tiririca expôs o que está na mente de todo mundo. Muita
conversa, muito conchavo e pouco resultado prático são a tônica nos
gabinetes, corredores e nas sessões que nada resolvem. A repulsa genuína
de Tiririca e de praticamente toda a Nação aborda, é claro, a falta de
empenho dos congressistas para levar adiante, votar e aprovar projetos
de interesse nacional. A reforma da Previdência, por exemplo, está entre
eles e arrasta-se como uma pauta maldita. Como é possível adiar algo
tão imprescindível para a sobrevivência do sistema? Alegam os senhores
senadores e deputados que esse seria um tema por demais intragável às
vésperas de eleição. Tentam mais uma vez, como fizeram sempre, iludir a
massa com promessas populistas. Tome-se o comportamento nada
dignificante do ex-presidente e líder da tropa petista, Lula, para quem a
Previdência não passa de “porcaria”, como disse. Tal padrão de
irresponsabilidade está vingando nas rodas de políticos.
Prevaricam com o futuro do País. Os recursos destinados a áreas
vitais como educação e saúde estão por um fio por conta da necessidade
de se manter as aposentadorias em dia. Logo, logo, nem esse esforço será
suficiente. Ultrajante e indecente é a resistência dos congressistas em
cumprir com o seu dever. Não passa pela cabeça de mais ninguém com um
pingo de juízo a ideia de que a reforma da Previdência possa ser adiada.
Essa bomba nuclear via conta dos aposentados foi armada há anos e agora
está prestes a estourar.
Desarmá-la é a decisão sensata a ser tomada no
parlamento. E, ao contrário do que possa ser dito, ela não macula a
reputação dos senhores candidatos. Sinaliza, na verdade, um engajamento
no esforço conjunto dos brasileiros para a rápida recuperação da
economia. Responsabilidade com as contas públicas não tira voto de ninguém. São
necessárias medidas austeras para salvaguardar o direito de todos. O
grande trunfo da reforma da Previdência está justamente no combate aos
privilégios. Igualar a conta dos servidores públicos e privados já será,
por si só, um imenso avanço. Acochambrar o projeto, como tentou o PSDB
para posar de bonzinho, é retrocesso punido inclusive com a desconfiança
do mercado e de investidores. Na semana passada o dólar chegou a ter
uma valorização espetacular devido ao temor de que a reforma não
passasse. É isso que almejam os parlamentares? Um País economicamente
instável e arriscado aos olhos do mundo? Eis um objetivo que só atende
aos aventureiros de plantão e aos pseudos salvadores da pátria,
vendedores de mentiras em proveito próprio.
Politicagem criminosa não cabe mais no assunto Previdência. Não está
mais em jogo ser contra ou a favor do governo, ser aliado dessa ou
daquela patota. O tema vai além de uma agenda meramente ideológica. A
operação segue para a inviabilidade caso as mudanças não ocorram. A
conta definitivamente não fecha. O presidente Temer, de sua parte, vem
tentando o possível, no limite da negociação, para fazer vingar o
projeto. Mas como disse, a questão cabe e interessa a todos os
brasileiros. Se a maioria não se importa em travar a Previdência,
eliminando as aposentadorias no médio prazo – porque é o que vai
acontecer caso nada seja feito – paciência. O bom senso precisa
prevalecer na discussão e os parlamentares, sem populismos baratos,
realizarem a sua parte votando o que é devido. É o papel que lhes cabe.
Vai da consciência de cada um exercê-lo. Mais cedo ou mais tarde, os
brasileiros vão cobrar esse compromisso.
Carlos José Marques, é diretor editorial da Editora Três - Isto É
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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sábado, 9 de dezembro de 2017
Parlamentares, façam a sua parte!
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