Acusado de matar pai e filho em condomínio será encaminhado para Papuda
Esposa: 'Ele estava atocaiado para pegar meu marido'
A Justiça decidiu, em audiência de custódia, na tarde deste domingo, pela prisão preventiva de Roney Ramalho Sereno
A Justiça determinou que Roney Ramalho Sereno, 43 anos, responsável
pelas mortes de pai e filho no Jardim Botânico, deve permanecer preso. A
decisão foi tomada em audiência de custódia na tarde deste domingo
(10/12). Roney que trabalha como segurança no Ministério Público Federal (MPF) sacou uma arma e disparou contra Rafael Macedo de Aguiar, de 21
anos e Anderson Ferreira de Aguiar, 49 anos. Após o crime, a Polícia
ainda encontrou na casa dele, mais de 30 mil projéteis de calibres
variados, de pistolas a espingardas.
Com a prisão preventiva, Roney será encaminhado para o Complexo Penitenciário da Papuda. A audiência de Roney começou por volta das 18h. Roney chegou ao juízo acompanhado de quatro policiais e algemado. Estava de blusa, bermuda e chinelos brancos; Durante todo o percurso até a sala de audiência, manteve-se de cabeça baixa.
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Em entrevista ao Correio, Ana Karina de Macedo conta o que aconteceu no dia em que o marido, Anderson Ferreira Aguiar e o filho, Rafael, foram assassinados covardemente a tiros pelo vizinho Roney Ramalho Sereno em condomínio no Jardim Botânico
'Quando eu saí, ele estava entrando na casa dele com a arma, meu marido
estirado no chão e o meu filho estirado por cima do meu marido'
“No dia do ocorrido, meu marido saiu, o carro de um prestador de serviço (que trabalhava para o Roney) estava lá, atrapalhando a saída da nossa casa, aí chamei o motoqueiro da segurança, pedi para que acionasse o vizinho para retirar o carro da frente, ele buzinou, buzinou e ninguém apareceu.
Quando
o meu marido voltou, por volta das 13h, o carro continuava lá. Ele
chamou o chefe de segurança. Buzinaram, buzinaram e ninguém aparecia,
meu marido subiu na escada próximo ao muro, que é meu, eu paguei este
muro. Ele (Roney) nunca fez nada por esse muro, nunca fez a divisão
desse muro. Aí ele (Anderson) disse: “Amigão, esse carro branco é seu?
Você pode, por favor, retirar esse carro? Eu fui sair, quase bateu. Eu
não quero confusão porque eu estou de saco cheio. Esse cara vive
arrumando confusão. Tô de saco cheio. Eu acho que tem que ter um pouco
de educação”.
Então,
ele (Roney) estava escutando a conversa deles. E ele (Anderson) saiu
para abastecer o carro porque ele disse que poderia se atrasar para
levar o João Vitor para a prova. Foi quando ele (Roney) estava atocaiado
na garagem, esperando a saída deles porque ele escutou a hora que eles
estavam organizando para sair. Ele estava atocaiado para pegar o meu
marido.
Foi quando eu escutei os tiros. Quando eu saí, ele (Roney) estava entrando na casa dele com a arma, meu marido estirado no chão e o meu filho estirado por cima do meu marido. Meu marido já estava sem vida. Ele levou cinco tiros pelas costas.
Foi quando eu escutei os tiros. Quando eu saí, ele (Roney) estava entrando na casa dele com a arma, meu marido estirado no chão e o meu filho estirado por cima do meu marido. Meu marido já estava sem vida. Ele levou cinco tiros pelas costas.
Roney, o assassino, está preso desde a madrugada de sábado na carceragem da Polícia Civil [por decisão da Justiça já foi encaminhado para a Papuda.]
Eu
quero saber neste mundo louco quem é o doente mental ou o juiz
irresponsável que vai ter a justificativa de dar um habeas corpus para
esse criminoso com a desculpa que ele agiu em legítima defesa. Quem é
que leva cinco tiros pelas costas e estava atacando alguém?
Meu marido levou cinco tiros e ele morreu na hora. Meu filho abaixou para socorrer o pai e esse bandido, maldito, assassino, deu um tiro na cabeça do meu filho. E quando o meu filho caiu, não satisfeito, ele ainda deu um tiro na barriga e no braço do meu filho. E meu filho sangrando até a morte. Quando eu corri para socorrer, esse desgraçado me ameaçou. Eu estou ameaçada de morte. Se esse homem ficar livre, tiver um habeas corpus eu e meus filhos estamos correndo risco de vida.”
Meu marido levou cinco tiros e ele morreu na hora. Meu filho abaixou para socorrer o pai e esse bandido, maldito, assassino, deu um tiro na cabeça do meu filho. E quando o meu filho caiu, não satisfeito, ele ainda deu um tiro na barriga e no braço do meu filho. E meu filho sangrando até a morte. Quando eu corri para socorrer, esse desgraçado me ameaçou. Eu estou ameaçada de morte. Se esse homem ficar livre, tiver um habeas corpus eu e meus filhos estamos correndo risco de vida.”
Correio Braziliense