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sexta-feira, 18 de junho de 2021

Em depoimento, casal furtado no Leblon nega que tenha abordado jovem negro em 'razão da cor da pele' - O Globo

Mariana Spinelli e Tomás Oliveira disseram não haver intenção de ofender Matheus e afirmaram que teriam a mesma postura caso se tratasse de uma pessoa branca 

Em depoimento prestado à delegada Natacha Alves de Oliveira, titular da 14ª DP (Leblon), Mariana Spinelli e Tomás Oliveira negaram que tenham feito acusações ao instrutor de surfe Matheus Ribeiro pelo furto de uma bicicleta elétrica, na tarde do último sábado, dia 12. O jovem fez um registro na delegacia pelo crime de calúnia e acusa o casal de racismo após ter sido interpelado por eles na porta do Shopping Leblon, na Zona Sul do Rio. Na ocasião, ele estava com um equipamento idêntico ao deles.
[Mariana e Tomás falam a verdade, tanto que a delegada que conduz o inquérito disse claramente não haver no processo nada que sustente a tipificação da conduta do casal como crime de racismo. O que acontece é o resultado de uma obsessão que se espalha pelo Brasil e que busca criminalizar qualquer ato que envolva um branco e que coloque uma pessoa negra,  ainda que de forma involuntária e sem propósito racial, na condição de suspeita da prática de um crime; a situação está de tal forma que qualquer atitude que um branco adotar contra um afrodescendente é imediatamente criminalizada como racismo.
Mariana e Tomás agiram de forma absolutamente normal para a situação. Qualquer proprietário de uma bicicleta ou qualquer outro objeto, que seja vítima de furto, ao constatar o desaparecimento  e ver alguém com um objeto idêntico ao  furtado, automaticamente,de forma reflexa,  surge a desconfiança - seja o alvo da suspeita e portador do objeto,   branco, amarelo, afrodescendente, azul, etc.
Só que ao fazer a abordagem, sendo o alvo da desconfiança   um afrodescendente, o alvo não precisa sequer se preocupar em se defender da acusação, basta alegar que está sendo vítima de racismo para  passar de 'candidato' a suspeito, no caso em questão de furto, a vítima do crime de racismo.  
E a vítima do furto está ferrada, não adianta se defender, pedir desculpas, explicar, que logo vira manchete como autor de um ato racista.]

 De acordo com os termos de declaração, aos quais O GLOBO teve acesso, Mariana comprou a bicicleta para auxiliá-la no deslocamento de casa para o trabalho, pelo valor de R$ 8.115, parcelados em 12 vezes, no dia 7, fazendo "um grande esforço financeiro". Ela contou ter chegado ao shopping, acompanhada do namorado, e prendido o veículo com um cadeado no bicicletário na porta do estabelecimento.

Em seu depoimento, o rapaz disse ter perguntado ao instrutor de surfe se podia testar a chave de Mariana em seu cadeado, não tendo tido “sucesso”. Tomás relatou ainda que Matheus se ofereceu a mostrar fotos antigas em seu celular para provar que a bicicleta era sua, mas ele teria dito que não precisava.

O casal afirmou que não abordou Matheus “em razão da cor da pele” do jovem e disse que teriam o mesmo comportamento caso de tratasse de uma pessoa branca.

Já Matheus, também na distrital, disse acreditar que o fato só tenha acontecido por ele ser negro. Ele negou que tenha havido ofensas expressas de caráter racial, mas disse ter se sentido triste, indignado e com raiva porque Mariana e Tomás já chegaram o “acusando” pelo furto e, em momento algum, disseram que tinham acabado de ser vítimas de um crime. [o simples acreditar de Matheus prevalece sobre qualquer versão apresentada pelo casal "racista".]  

Cerca de 30 minutos depois, ao deixar o shopping, Mariana diz não ter mais visto sua bicicleta onde havia deixado. A moça contou ter se desesperado e, ao olhar para o lado, viu uma bicicleta preta igual a sua, com cadeado de ferro preto com detalhe cinza. Tomás relatou ter se dirigido até Matheus, que estava com o equipamento, e narrado que sua namorada acabara de ser furtada.

Rio - O Globo