O governo usou a máquina pública o tempo todo de forma abusiva, mas agora escalou [para essa jornalista e algumas autoridades às quais ela se curva, tudo é ataque a democracia - afinal, os bandidos não costumam feriados, ainda que para eleições livres e democráticas = para eles certos eventos por desviarem atenção das Forças de Segurança, até os favorecem. Os contrabandistas, traficantes e outros bandidos não pararam suas atividades devido o feriado de hoje = ao contrário a PRF e outras forças tiveram que se desdobrar. ]
O governo usou a máquina pública o tempo todo dessa eleição , mas utilizar a Polícia Rodoviária Federal para desrespeitar a ordem do TSE, e cercear o direito do voto, foi uma escalada. Por isso, a reação forte de Alexandre de Moraes.Cabe às autoridades garantir que haja paridade entre as candidaturas já que o governo está usando claramente a máquina pública de forma abusiva. Mas o que está acontecendo hoje é gravíssimo e um atentado à democracia.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, agiu preventivamente porque havia denúncias de risco de instrumentação da Polícia Rodoviária Federal.[Em nossa opinião, nada foi aprovado de ilegal nas ações institucionais da PRF realizadas hoje; a curiosidade nos leva a perguntar: se estivesse havendo alguma ilegalidade quem iria materializar a reação forte do TSE? a polícia judiciária?] Ele soltou uma decisão para que os agentes não fizessem operações. No entanto, as denúncias chegaram desde cedo de que os agentes continuam fazendo as fiscalizações contra ônibus, principalmente no Nordeste, e isso é muito grave. Agora, Moraes deu nova ordem e determinou que o diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, interrompa "imediatamente" operações da corporação sobre transporte público de eleitores e o intimou a ir ao TSE.
Antes, Vasques havia usado as redes sociais para pedir votos ao presidente Jair Bolsonaro, e depois apagou. Ele, como autoridade pública que comanda o braço do estado, não um braço do governo, não poderia fazer essa postagem.
Este foi o lado sombrio desta eleição que nos deixa uma lista do que
fazer para aperfeiçoar a democracia e defendê-la. Nesta campanha, pela
primeira vez houve uma ação do TSE para atenuar, mas as fake news
continuam sendo um desafio para a democracia brasileira nos próximos
tempos. Outros desafios será evitar o assédio eleitoral de patrões sobre
seus empregados e o uso abusivo da igreja, principalmente os da igreja
evangélica para tentar controlar o voto dos fiéis o que não é possível
num estado laico.[a jornalista disfarça, mas ela sabe que se DEUS decidisse castigar o Brasil e endemoniado fosse eleito, as igrejas cristão seriam fechadas, bispos e padres presos.]
Míriam Leitão, colunista - O Globo