Cabo havia acabado de deixar o serviço no 5º BPM (Praça da Harmonia), onde era lotado
Um cabo da Polícia Militar foi assassinado a tiros em São Cristóvão, Zona Norte do Rio, na madrugada deste sábado. O crime aconteceu na esquina das ruas São Cristóvão com Figueira de Melo, pouco depois da 1h30m. De acordo com o relato de testemunhas, a vítima, identificada como Melqui Oliveira,
passava pelo local no momento em que um bando fortemente armado tentava
roubar uma agência bancária. Os criminosos, segundo os relatos,
dispararam contra o policial e ele teria reagido. No fogo cruzado, o PM
foi atingido por diversos disparos e morreu e não resistiu. Com este
caso, sobe para 132 o número de policiais militares mortos no estado do
Rio apenas neste ano.
Perícia é realizada no local onde PM foi assassinado - MARCOS DE PAULA / Agência O Globo
Segundo testemunhas contaram aos policiais, os bandidos
estavam em dois utilitários. Os integrantes do bando estariam roubando
uma unidade do banco Santander na Rua São Cristóvão
quando se depararam com o PM, que estava de carro. Na ação, os bandidos
dispararam contra a vítima que tentou se proteger e responder ao ataque.
O cabo estava acompanhado de uma mulher que, durante o fogo cruzado,
correu para atrás de uma das pilastras na calçada. Ela, que não teve a
identidade revelada, não ficou ferida.
— Os homens armados que estavam nos dois carros começaram a atirar no banco. E, no automóvel preto que vinha logo atrás, desceu um moço que era policial, com a menina. Ele tentou defendê-la e sacou a arma. Os bandidos armados com fuzis atiraram muitas vezes contra ele. O bando, depois, fugiu dando tiros ao longo da rua. Eram aproximadamente oito criminosos — disse Juan Torres, de 54 anos, dono de uma fábrica de móveis na região.
— Fiquei muito assustado quando escutei o barulho dos disparos. Muita gente mora por aqui, é um bairro mais ou menos calmo. Mas já não há tranquilidade em nenhum lugar do Rio. São tiros para todos os lados. E em casos como esses são balas de fuzis e não de armas e pistolas pequenas.
— Os homens armados que estavam nos dois carros começaram a atirar no banco. E, no automóvel preto que vinha logo atrás, desceu um moço que era policial, com a menina. Ele tentou defendê-la e sacou a arma. Os bandidos armados com fuzis atiraram muitas vezes contra ele. O bando, depois, fugiu dando tiros ao longo da rua. Eram aproximadamente oito criminosos — disse Juan Torres, de 54 anos, dono de uma fábrica de móveis na região.
— Fiquei muito assustado quando escutei o barulho dos disparos. Muita gente mora por aqui, é um bairro mais ou menos calmo. Mas já não há tranquilidade em nenhum lugar do Rio. São tiros para todos os lados. E em casos como esses são balas de fuzis e não de armas e pistolas pequenas.
Além do carro onde estava o policial, outro veículo também
passou pelo local durante o fogo cruzado. Este motorista, no entanto,
não ficou ferido. O Corpo de Bombeiros foi acionado para socorrer o PM, mas ele já estava sem vida quando a corporação chegou à Rua Figueira de Melo. Melqui havia acabado de deixar o 5º BPM (Praça da Harmonia), onde era lotado, contaram colegas de farda do policial. Ele seria morador da Baixada Fluminense.
Após cometerem o assassinato, os criminosos conseguiram
fugir, mas deixaram um rastro de destruição: as portas da agência
bancária estavam destruídas, com estilhaços do vidro espalhados pela
calçada; e havia diversas marcas de disparos no veículo que era
conduzido pelo policial militar e também em paredes e portas naquele
trecho das vias. Além disso, pelo número de cápsulas de balas espalhadas
pelo chão, era possível ter noção da intensidade do confronto. — Quando os carros chegaram, dois homens armados deram
cobertura para os outros que seguiram na direção do banco. Nunca tinha
escutado tantos tiros na minha vida. Em um primeiro momento achei até
que fossem fogos de artifício. Vi que se tratava realmente de um
tiroteio quando comecei a ouvir gritos — disse um morador do bairro, que
pediu para não ser identificado.
Após a morte do policial, PMs do batalhão de São Cristóvão foram até o local e preservaram a cena do crime até a chegada da Delegacia de Homicídios da Capital (DH), onde o caso foi registrado. Agentes da especializada realizaram a perícia ainda durante esta madrugada.
O Globo