Dirigente
do instituto do petista confirma aluguel de apartamento em São Bernardo, revelado pelo 'Estado', mas não explica por que o
próprio ex-presidente não comprou o imóvel após deixar o Planalto
O presidente do Instituto
Lula, Paulo Okamotto,
confirmou na manhã desta segunda-feira, 7, que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aluga a cobertura vizinha ao imóvel do
qual é proprietário, em São Bernardo do Campo, mas não explicou por que
o próprio petista não adquiriu o apartamento comprado por um primo do
pecuarista José Carlos Bumlai, preso pela Operação Lava Jato por suspeita de
cometer crimes ao intermediar favores que teriam beneficiado o ex-presidente e
o PT.
Reportagem do Estado revelou hoje que o aposentado Glaucos da Costa Marques, morador de Campo Grande (MS), comprou o apartamento número 121 do condomínio Hill House, vizinho à cobertura 122 pertencente a Lula, em 2011. O imóvel já havia sido alugado pelo PT, entre 2003 e 2006, e pela Presidência de 2007 a 2010. Ao jornal, Glaucos afirmou ter fechado o negócio por sugestão do advogado Roberto Teixeira, representante legal e compadre de Lula.
Segundo Okamotto, haveria uma "necessidade" de que o proprietário da cobertura 121 fosse "uma pessoa conhecida", a fim de evitar transtornos decorrentes de se ter um ex-presidente da República como vizinho. O presidente do Instituto Lula não explicou, no entanto, por que o próprio petista não poderia ter comprado a unidade, negociada por R$ 500 mil, segundo o próprio Glaucos informou à reportagem do Estado. "Aquele prédio de São Bernardo foi alugado e o aluguel continua, em vez de estar alugado pelo governo, agora está alugado pelo presidente" afirmou Okamotto. "Ali precisava ser de alguma pessoa que comprasse aquilo e não tivesse interesse de usar. Todo mundo que comprasse aquilo saberia que aquilo ali sai de frente a frente ao apartamento (de Lula). Você ser vizinho de um político sempre tem transtorno, então a pessoa que vai comprar não pode ser uma pessoa desconhecida."
A cobertura 121 também foi alvo de busca e apreensão na 24ª fase da Lava Jato, deflagrada na sexta-feira e que levou Lula a depor à força à Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas. Os federais só souberam que Lula também usava esse apartamento por indicação do síndico do condomínio, e puderam acessar o local após autorização por escrito da ex-primeira-dama Marisa Letícia.
Okamotto também foi levado a depor coercitivamente e, segundo a PF, é suspeito de viabilizar a lavagem de R$ 1,292 milhões de pagamentos da empreiteira OAS para o ex-presidente Lula. O presidente do Instituto Lula tentou minimizar a suspeita. "Lavagem de quê?", questionou.
Ele relatou que, na sexta-feira, a PF o questionou sobre o funcionamento do instituto, a realização das palestras do ex-presidente e a arrecadação. "Perguntaram como funciona o instituto, expliquei a finalidade de preservar o legado do presidente, o trabalho do presidente na América Latina e na África. Perguntaram como é a arrecadação, quem fazia os contatos com a arrecadação, expliquei que era eu. Perguntaram sobre as palestras, essas coisas."
Okamotto disse que, além de demonstrar com provas à Justiça que não há irregularidades nas atividades do instituto e do ex-presidente Lula, é importante a comunicação com a população. "Temos também que dialogar com a população, com o povo brasileiro. Vamos explicar como são feitas as palestras, em que países aconteceram. Vamos explicar o que se faz com os recursos do Instituto Lula, para desmistificar", afirmou.
"De uma certa forma o presidente Lula foi muito humilhado, a família dele humilhada. Ao longo desses anos todos, as pessoas vêm falando que ele é o homem mais rico do Brasil, outras pessoas falam que ele é dono da Telemar, dono da Oi, da Friboi, tem fazendas, helicóptero, ilha, há uma cultura de que o Lula, sua família, seu entorno... Precisamos dialogar com a sociedade brasileira, explicar essa situação, porque isso não vai levar a lugar nenhum." [levando o Lula para a cadeia já está de bom tamanho.]
Reportagem do Estado revelou hoje que o aposentado Glaucos da Costa Marques, morador de Campo Grande (MS), comprou o apartamento número 121 do condomínio Hill House, vizinho à cobertura 122 pertencente a Lula, em 2011. O imóvel já havia sido alugado pelo PT, entre 2003 e 2006, e pela Presidência de 2007 a 2010. Ao jornal, Glaucos afirmou ter fechado o negócio por sugestão do advogado Roberto Teixeira, representante legal e compadre de Lula.
Segundo Okamotto, haveria uma "necessidade" de que o proprietário da cobertura 121 fosse "uma pessoa conhecida", a fim de evitar transtornos decorrentes de se ter um ex-presidente da República como vizinho. O presidente do Instituto Lula não explicou, no entanto, por que o próprio petista não poderia ter comprado a unidade, negociada por R$ 500 mil, segundo o próprio Glaucos informou à reportagem do Estado. "Aquele prédio de São Bernardo foi alugado e o aluguel continua, em vez de estar alugado pelo governo, agora está alugado pelo presidente" afirmou Okamotto. "Ali precisava ser de alguma pessoa que comprasse aquilo e não tivesse interesse de usar. Todo mundo que comprasse aquilo saberia que aquilo ali sai de frente a frente ao apartamento (de Lula). Você ser vizinho de um político sempre tem transtorno, então a pessoa que vai comprar não pode ser uma pessoa desconhecida."
A cobertura 121 também foi alvo de busca e apreensão na 24ª fase da Lava Jato, deflagrada na sexta-feira e que levou Lula a depor à força à Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas. Os federais só souberam que Lula também usava esse apartamento por indicação do síndico do condomínio, e puderam acessar o local após autorização por escrito da ex-primeira-dama Marisa Letícia.
Okamotto também foi levado a depor coercitivamente e, segundo a PF, é suspeito de viabilizar a lavagem de R$ 1,292 milhões de pagamentos da empreiteira OAS para o ex-presidente Lula. O presidente do Instituto Lula tentou minimizar a suspeita. "Lavagem de quê?", questionou.
Ele relatou que, na sexta-feira, a PF o questionou sobre o funcionamento do instituto, a realização das palestras do ex-presidente e a arrecadação. "Perguntaram como funciona o instituto, expliquei a finalidade de preservar o legado do presidente, o trabalho do presidente na América Latina e na África. Perguntaram como é a arrecadação, quem fazia os contatos com a arrecadação, expliquei que era eu. Perguntaram sobre as palestras, essas coisas."
Okamotto disse que, além de demonstrar com provas à Justiça que não há irregularidades nas atividades do instituto e do ex-presidente Lula, é importante a comunicação com a população. "Temos também que dialogar com a população, com o povo brasileiro. Vamos explicar como são feitas as palestras, em que países aconteceram. Vamos explicar o que se faz com os recursos do Instituto Lula, para desmistificar", afirmou.
"De uma certa forma o presidente Lula foi muito humilhado, a família dele humilhada. Ao longo desses anos todos, as pessoas vêm falando que ele é o homem mais rico do Brasil, outras pessoas falam que ele é dono da Telemar, dono da Oi, da Friboi, tem fazendas, helicóptero, ilha, há uma cultura de que o Lula, sua família, seu entorno... Precisamos dialogar com a sociedade brasileira, explicar essa situação, porque isso não vai levar a lugar nenhum." [levando o Lula para a cadeia já está de bom tamanho.]
Fonte: Isto
É