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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Janot, uma no cravo outra na ferradura; ora aperta Lula, ora solta. A de agora favorece o estrupício

Dilma planeja renunciar, enquanto suspensão de delação premiada que afeta Toffoli pode salvar Lula 

Maturidade, superação e orgulho. Estes foram os "sentimentos" que podem fazer a diferença no Brasil, como legado imaterial dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro. Em meio a uma desmoralizante crise política, combinada com uma brutal crise econômica, confirmando a falência estrutural do modelo estatal brasileiro, conseguimos mostrar ao mundo que também somos capazes de realizar coisas boas e grandiosas. 

Menos relevante é a décima terceira colocação do País no quadro geral de medalhas (com 7 de ouro, seis de prata e seis de bronze). O mais importante é que provamos que o brasileiro pode fazer as coisas bem feitas, sem apelar ao "jeitinho" que tanto nos prejudica e desmoraliza. Certamente, o nível de cobrança e a vontade de vencer do brasileiro vão aumentar depois da bem sucedida Rio 2016. O espírito olímpico expulsou do pódio o nosso complexo de vira-lata.

Agora é hora de seguir em frente em busca dos triunfos urgentes necessários. Esta semana, no Dia do Soldado (25) começa o decisivo processo de Dilma Rousseff. O "espetáculo" nada olímpico no Senado deve durar sete dias. O êxtase será na segunda (29), quando Dilma fará a própria defesa. Na inquisição, é provável que ela escolha alguns senadores para desmoralizar. Os alvos serão aqueles que ela e Lula tanto ajudaram, mas "traíram" na hora da necessidade.

Depois da espinafração geral, também com ataques ao "vice-judas" Michel Temer, Dilma deverá renunciar - como este Alerta Total já antecipou algumas semanas atrás. Evidentemente que a renúncia, a esta altura do processo do impeachment, nada altera o quadro institucional. No entanto, cria confusão, gera um mal estar e abre um caminho (sem sucesso garantido) para uma guerra judicial que levará a nada, a não ser a um desgaste duplo: para Dilma e para o Temer que fica. Quando assumir definitivamente a Presidência, Temer não terá alívio e perdão nos erros. Ou acerta, ou também será saído, em breve. A esquerdalha aposta no caos.

Na guerra de todos contra todos, que fica mais eletrizante que o vai-e-vem do vôlei na olimpíada, o cheiro de pizza fica mais forte. Bastou vazar a revelação (verdade ou mentira?) de que o ministro do Supremo Tribunal Federal, José Dias Toffoli teve uma obra de casa bancada, generosamente, pela OAS, para começar a esperada "operação abafa". O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, agora ameaça pedir a suspensão das delações premiadas de Léo Pinheiro e demais dirigentes da empreiteira. Quem vai soltar fogos é Lula - que seria um dos alvos do delator...

 A Lava Jato sofreu seu mais perigoso atentado no País da impunidade nada olímpica... O golpe era previsível. Sempre que as broncas atingem muitos poderosos ao mesmo tempo, principalmente quando atinge o judiciário, os poderes ocultos do nosso inferno político jogam mais lenha na fábrica de pizza. Imagina o que aconteceria se fosse confirmada a denúncia do Léo Pinheiro contra o ex-petista Toffoli... Quem poderia julgar um "deus" do Supremo?

Muito provável seria que os ministros pegassem o jovem Toffoli para bode expiatório. Cortar na própria carne seria uma solução exemplar, porém muito perigosa estrategicamente. Se tal precedente de degola fosse aberto, outros supremos magistrados, odiados politicamente por qualquer motivo, poderiam se transformar em futuros alvos... Quem julgaria o Supremo, a não ser seus próprios pares? Já pensou um Senado de corruptos pedindo o impeachment de ministros do STF?

Os próximos capítulos da guerra de todos contra todos, já batizada de "guerra do fim dos imundos", promete cenas de barbárie e pornografia institucional. A opinião pública pós-olímpica não tolera novas sacanagens institucionais que aumentem a impunidade. Não demora, a massa volta às ruas e exige o tal "desafio". Tudo com direito a trilha sonora do Dart Vader misturada com o Hino Nacional cantado do começo ao fim, inclusive aquela parte desconhecida da primeira parte da música:

"Espera o Brasil que todos cumprais o vosso dever... Ei avante, brasileiros, sempre avante..." 
Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão