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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Quase 1.000 policiais estão desviados de função - o que equivale a mais de 5% do efetivo da PM e a mais de 20% do efetivo da Polícia Civil

Relatório aponta 760 policiais - entre civis e militares - em desvio de função = fora das atividades de policiamento e investigação

Só para registro: o efetivo total de policiais militares e civis no DF é inferior a 20.000 homens = ainda é o efetivo do final dos anos 90. 
647 PMs e 113 agentes civis prestam serviço a órgãos do Governo do Distrito Federal e do Executivo federal. [não só do Executivo Federal, também nos Tribunais superiores e Poder Legislativo.
Os policiais desviados de função representam mais de 10% do deficit de policiais nas duas corporações.]
Enquanto isso, as duas corporações sofrem com o deficit de servidores. Somada, a defasagem chega a cerca de 7,5 mil profissionais.

Enquanto sindicatos que representam profissionais das forças de segurança reclamam de deficit no contingente, as polícias Militar e Civil do Distrito Federal alimentam um vício recorrente: a cessão de servidores. O relatório referente ao quadro de pessoal em dezembro, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal na última quarta-feira, mostra 647 PMs desviados de função. Do total, 468 estão em outros setores do Governo do Distrito Federal (GDF) e 179 no governo federal (leia Defasagem). Isso sem contar os militares que não fazem policiamento externo, como são os casos do 12º BPM (Batalhão Judiciário) e do 19º BPM, responsável pela segurança do Complexo Penitenciário da Papuda. [o Batalhão Judiciário é necessário - desde que os policiais prestem segurança aos órgãos do Poder Judiciário, inaceitável é que sejam utilizados como motoristas.
Também é necessário, imprescindível mesmo, que os presídios do DF disponham de segurança adequada e dedicada as atividades de prevenção a fuga e segurança dos presídios.]
 
Na Polícia Civil, há 113 servidores fora da atividade-fim: 76 prestam serviço para o Executivo local e 37, para o federal. Somando as duas corporações, chega-se a 760 profissionais desviados de função. Todas as informações constam em relatório da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do DF (Seplag), divulgado a cada trimestre. O mais recente deles é de 20 de janeiro.

 
Os dados expõem a dificuldade das duas corporações em um momento em que a população sofre com casos frequentes de roubos a casas, coletivos e comércios. Na manhã de ontem, cerca de 100 agentes civis se reuniram em frente ao Palácio do Buriti para reivindicar a posse de candidatos aprovados em concurso. O ato ocorreu no momento em que o governador Rodrigo Rollemberg assinava o decreto de criação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência. [outro desperdício cometido pelo governador Rollemberg é perder tempo, desperdiçar efetivos e recursos para  criar uma delegacia destinada mais a repressão de crimes específicos.

Esses recursos seriam mais bem utilizados na criação de mais uma ou duas delegacias em cidades satélites, ou mesmo no Plano Piloto - outrora área nobre e segura -  e voltadas para o combate ao crime em geral. 

No tempo que a guarnição de uma viatura perde tempo resolvendo uma discussão entre um branco e um amarelo (afinal, xingar japonês é crime igual xingar um afrodescendente) um assalto poderia ser evitado.

Convenhamos que é bem mais conveniente a disponibilidade de policiais para combater roubos, furtos, homicídios, do que se dedicar a combater crimes por razões religiosas - o cara é evangélico e não gosta do candomblé e ocupa policial cuidando disso - sexuais, raciais ou outras.

Tudo é crime e deve ser combatido na proporção direta da capacidade de prejudicar a sociedade.
Criar delegacias específicas é coisa de governador incompetente querendo mostrar serviço.
Delegacia especializada só para CRIMES GRAVES e em situações específicas.]

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol/DF), o efetivo da corporação é de 4.815 profissionais nos sete cargos: agente, escrivão, papiloscopista, agente policial de custódia, perito criminal, perito médico legista e delegado. “Há um deficit de 4 mil pessoas e são 424 aprovados no último concurso”, alertou o presidente do Sinpol/DF, Rodrigo Franco.


No total, o efetivo da Polícia Militar é de 14.477. Fontes ouvidas pelo Correio apontam que a defasagem de PMs chega a cerca de 3,5 mil. Os militares cedidos para outras funções, segundo a Comunicação Social da corporação, estão alocados no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República; na Casa Militar do GDF; na Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social do DF; no Ministério Público do DF e Territórios; e no Ministério Público Eleitoral.

Nesses órgãos, eles atuam como ajudantes de ordem, fazem a segurança do governador e, principalmente, auxiliam órgãos dos Executivos local e federal. Ou seja: deixam a função original, de policiamento externo, para atender a necessidade governamental. Em 2014, de acordo com a corporação, eram 941 militares fora do serviço de rua: 689 praças e 252 oficiais. Em 8 de janeiro, o comandante da PM colocou de volta às ruas 600 policiais que estavam em serviço administrativo.

Escassez de pessoal
O assessor do Centro de Comunicação Social da PM, capitão Michello Bueno, alega que o número de policiais cedidos a outros setores não causa deficit. “O valor é ínfimo. Dá menos de 5%, e eles ainda trabalham em áreas ligadas à Polícia Militar e à segurança pública, como os que estão na Secretaria de Segurança Pública e na Agefis. Acabam que atuam na mesma função, como se estivessem na PM”, defendeu.

Em relação aos batalhões Judiciário e da Papuda, Michello afirmou que eles também têm atuação externa. “Existe o serviço ordinário nessas unidades. São trabalhos extras nas ruas, assim como os militares de tropas especializadas, como o Batalhão de Choque, que fazem o apoio.”

A Polícia Civil informou, por e-mail, que “a cessão é um ato do governador do DF”. O secretário adjunto da Seplag, Renato Brown, disse que o deficit de 113 agentes precisa ser analisado com cuidado. “Parte desse pessoal está cedido para o próprio governo e para órgãos de segurança assemelhados, como Secretaria de Justiça e o Ministério da Justiça”, detalhou.


Na avaliação do consultor em segurança pública George Felipe Dantas, o desvio de função ocorre mais pela demanda do que pela oferta. “Evidentemente, isso produz efeitos políticos sensíveis em tempo de escassez de pessoal na atividade-fim. PMs nunca são suficientes no policiamento ostensivo”, considerou.


Fonte: Correio Braziliense