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domingo, 18 de março de 2018

Desvios políticos



 Assassinato exacerba radicalização de direita e esquerda

É possível imaginar sem erro o que Bolsonaro gostaria de dizer sobre a morte de Marielle 


Historicamente vemos que essa divisão aqui no Rio tem levado governantes ligados à esquerda e à direita a tomarem atitudes, ou deixarem de tomá-las, em relação ao tráfico de drogas e às milícias de acordo com sua ideologia política, permitindo que a situação de descontrole chegasse ao ponto em que estamos.

De um lado, acusações nem sempre anônimas, como é o caso da Desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro,lançam sobre a vereadora assassinada insinuações de ligações com o tráfico de drogas e facções criminosas. O melhor exemplo desse estado de coisas é o silêncio do deputado federal Jair Bolsonaro, um dos favoritos na eleição para presidente da República.

Um assessor explicou que o que ele gostaria de dizer seria polêmico, então prefere silenciar por enquanto. Mas mandou um filho seu retirar do facebook uma mensagem de pêsames para a família da vítima. Para quem considera que “bandido bom é bandido morto”, é possível imaginar sem erro o que Bolsonaro gostaria de dizer. E é certo que ele aguarda a confirmação das teorias que ligam a vereadora Marielle a traficantes e facções criminosas para se pronunciar. Como se esse fato, se confirmado, justificasse a barbárie.

De outro, esquerdistas e anarquistas em geral apressam-se a atribuir à intervenção militar na segurança pública no Rio o assassinato da vereadora, tentando aproveitar-se do cadáver político para atingir objetivos que não vislumbram alcançar na ação política tradicional depois que o ex-presidente Lula ficou inviabilizado para a disputa presidencial por ter sido condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro em um dos vários processos a que responde na Justiça.

Esses desvios políticos, que levam cada um dos lados a defender seus “bandidos preferidos”, a direita equivocadamente apoiando as forças policiais que se desviam da legalidade formando milícias ou bandos paramilitares, e a esquerda a tratar traficantes de drogas e armas como vítimas de uma sociedade desigual, e não como criminosos comuns que colocam em risco a maioria da sociedade, principalmente os mais desprotegidos, vêm sendo cevados há muitos anos pela cegueira ideológica.

Quando se transfere uma comunidade inteira para uma Vila Kennedy sem estrutura mínima, está-se semeando o império dos fora da lei que dominam o conjunto habitacional desde sempre. Quando se autorizam construções de alvenaria nas favelas sem um planejamento urbanístico mínimo, sem cuidados sanitários básicos, sem a presença dominante do Estado, está-se criando um ambiente propício ao crime organizado. Quando se enxerga no nascedouro das milícias paramilitares uma solução para combater o crime organizado dos traficantes, está-se alimentando essa polarização criminosa que disputa o domínio territorial nas comunidades menos protegidas pela força do Estado, substituído pelos mesmos milicianos ou traficantes.

A pretexto de combater o tráfico faz-se vista grossa para os milicianos e policiais militares que se utilizam do crime para combater o crime, e substituí-lo por uma nova ordem tão perversa quanto a anterior. E os que trabalham em ações sociais nas favelas e comunidades carentes e aceitam passivamente as atrocidades que os traficantes e facções criminosas impõem aos moradores, sem denunciá-los com a mesma veemência com que denunciam os desvios dos maus policiais, também contribuem para esse estado de coisas.

Passeatas contra o domínio dos traficantes e facções criminosas nas comunidades carentes inexistem. Mas passeatas contra a intervenção militar na segurança pública, ou contra governos, essas são estimulantes. Enquanto a questão da segurança nacional for tratada como uma simples disputa entre esquerda e direita políticas, com os dois lados cometendo o equívoco de apoiar bandos criminosos em disputa, o país não se livrará dessa situação perversa. Sem contar com o risco já verdadeiro de que candidatos ligados a milícias e ao tráfico ganhem assento no Congresso.

Incentivar a violência de rua e deslegitimar as instituições democráticas é estimular a insegurança, pois a desordem ajuda os grupos criminosos. Apoiar as Forças Armadas, sem deixar de monitorar suas ações através de mecanismos da sociedade civil, significa apoiar a defesa da democracia e dos direitos humanos, que são afrontados diariamente pelos traficantes, milicianos e policiais civis e militares desviados de suas funções, não pelo aparato de segurança institucional que existe para defender os cidadãos de bem.

Merval Pereira - O Globo


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Nos EUA, Bolsonaro posta vídeos atirando com pistola .50

Deputado aparece com pistola .50 e faz defesa do uso de armamentos 

O  deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), em visita aos Estados Unidos, postou vídeos no Facebook nos quais aparece num estande de tiro, em Miami, atirando num alvo com uma pistola calibre .50AE. 


"Karol Eller e Jair Bolsonaro mostrando como se combate a homofobia"


Enquanto os americanos discutem a regulamentação da venda de armamentos, após o pior ataque em massa com armas de fogo da história do país, Bolsonaro defende o uso da pistola, considerada a mais potente do mundo, pelas forças policiais brasileiras, dizendo que um disparo desse tipo é um "saco de cimento no peito do bandido". - Para nós evitarmos aquele problema do policial civil, militar ou PRF, ao abater um inimigo que estava atirando nele, ser condenado por excesso, por ter dado mais de dois tiros. Quem sabe no futuro a gente possa botar essa arma aqui para ser usada no Brasil? Aí é um tiro só! Um saco de cimento no peito do bandido, acabou a história. Isso é Estados Unidos. Isso eu quero para o meu Brasil - declarou, após acertar o alvo.

Calibre .50AE Pente: 7 balas.


Em outro vídeo, Bolsonaro aparece ao lado da youtuber Karol Eller,  que nas redes sociais, Karol tem declarado apoio ao deputado. No vídeo publicado neste domingo no perfil de Bolsonaro, com o título "Karol Eller e Jair Bolsonaro mostrando como se combate a homofobia", ela aparece atirando com uma arma longa, no estande de tiro. O parlamentar pergunta à youtuber o que a protege de "pessoas que queiram fazer uma maldade" com ela.



Numa viagem em que visitará quatro estados americanos, Bolsonaro fez uma palestra para aproximadamente 300 brasileiros em uma churrascaria de Deerfield Beach, cidade a uma hora de Miami, na noite de domingo. Foi recebidos aos gritos de "mito" por pessoas que esperaram até duas horas na fila para entrar. O deputado viaja ainda para Boston, Nova York e Washington. Na agenda, encontros com investidores e visitas ao presídio Rikers Island, o maior complexo penitenciário da região de Nova York, e à sede da George Washington University.


Fonte: O Globo