TSE multa PT em R$ 4,9 milhões por prestação de contas irregular de 2009 - Tribunal também determinou que legenda fique três meses sem receber cotas do fundo partidário
O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o PT a pagar multa de R$ 4,9 milhões por
irregularidades nas contas do partido de 2009, reprovadas
parcialmente nesta
quinta-feira. O
tribunal também aplicou a sanção de que o PT fique sem receber, durante três meses, as cotas relativas ao fundo partidário.
Em 2003,
o banco concedeu um empréstimo de R$ 3 milhões para o PT, mesmo com o fato de o
partido ter encerrado o ano anterior com um rombo de R$ 2 milhões
em suas contas. O Supremo Tribunal Federal (STF)
entendeu que os empréstimos eram fictícios. Mesmo assim, o PT utilizou verbas do fundo para quitar a dívida.
Por isso, Gilmar Mendes observou que o dinheiro não poderia ter sido
direcionado para pagar um empréstimo que, de acordo com decisão do STF, não
havia existido de fato. Foi por causa disso que o ministro entendeu que a multa
deveria ser maior — e as maiorias de seus pares concordaram.
Na
terça-feira, o plenário do TSE
julgou as prestações de contas de outros cinco partidos políticos referentes ao
exercício de 2009. Foram julgadas as contas do Partido Renovador Trabalhista
Brasileiro (PRTB), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Trabalhista
Nacional (PTN), Partido da República (PR) e Partido Popular Socialista (PPS).
Os ministros desaprovaram parcialmente as contas apresentadas dos diretórios
nacionais do PRTB, PSOL e PPS.
Foram aprovadas com ressalvas as contas do PTN e do PR. Esta quinta-feira é a data-limite para que a Corte analise as prestações de contas referentes ao ano de 2009. Caso a análise fosse adiada, as irregularidades não poderiam ser punidas, pois estariam prescritas. No domingo, O GLOBO publicou reportagem sobre o andamento das prestações de contas dos dez maiores partidos políticos desde 2004. Das 89 prestações entregues no período, 60% não foram julgadas, sendo que 13 delas não poderão mais gerar punições aos partidos porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, no ano passado, considerar prescritas todas as contas não julgadas em cinco anos.
A decisão de considerar prescritas as contas que não forem julgadas em cinco anos, que afetou 13 prestações, foi tomada em setembro de 2014. O presidente do TSE, Dias Toffoli, deu o voto condutor da posição do plenário. A decisão já beneficiou sete dos dez maiores partidos e, em alguns casos, as legendas se livraram de ter de fazer os ressarcimentos milionários que eram recomendados por órgãos técnicos e pela procuradoria-geral eleitoral.
Foram aprovadas com ressalvas as contas do PTN e do PR. Esta quinta-feira é a data-limite para que a Corte analise as prestações de contas referentes ao ano de 2009. Caso a análise fosse adiada, as irregularidades não poderiam ser punidas, pois estariam prescritas. No domingo, O GLOBO publicou reportagem sobre o andamento das prestações de contas dos dez maiores partidos políticos desde 2004. Das 89 prestações entregues no período, 60% não foram julgadas, sendo que 13 delas não poderão mais gerar punições aos partidos porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, no ano passado, considerar prescritas todas as contas não julgadas em cinco anos.
A decisão de considerar prescritas as contas que não forem julgadas em cinco anos, que afetou 13 prestações, foi tomada em setembro de 2014. O presidente do TSE, Dias Toffoli, deu o voto condutor da posição do plenário. A decisão já beneficiou sete dos dez maiores partidos e, em alguns casos, as legendas se livraram de ter de fazer os ressarcimentos milionários que eram recomendados por órgãos técnicos e pela procuradoria-geral eleitoral.
CONTAS
DE 2014
Os 32
partidos políticos têm até esta quinta-feira para fazer a prestação anual das
contas partidárias referente a 2014. Segundo o TSE, até as 19h de ontem, PTB,
PDT, PCdoB, PTC, PSC, PMN, PRP, PSTU, PHS, PSDC, PSOL, PSB, PPL, PROS, PRB,
PSC, DEM, PRP e PPL haviam entregue as prestações de contas. O horário de
funcionamento do protocolo é de 11h às 19h.
Fonte: O Globo