Correio Braziliense
Fala ocorreu após presidente ser questionado sobre a agenda que cumpre hoje ao receber a senhora Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra, viúva do militar
O presidente Jair Bolsonaro celebrou o falecido coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Nesta quinta-feira (8/8), o chamou de “herói nacional”, ao ser questionado sobre a agenda que cumpre hoje ao receber a senhora Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra, viúva do militar. Ele foi o primeiro oficial das Forças Armadas condenado pela Justiça em ação declaratória por sequestro e tortura durante a ditadura militar, em 2008. [apesar do intenso esforço de parte da imprensa, dos militontos, de algumas ONGs de direitos humanos (direito dos manos, define melhor) e membros do MP, Ustra foi absolvido em vários processos, outros não chegaram a termo, e uma condenação que recebeu - a ação declaratória, citada - não transitou em julgado.
Assim, não teve, não e não terá, o valor de uma condenação transitada em julgado - uma sentença condenatória de primeiro grau, só passa a condenação após confirmada em segunda instância.]
A viúva de Ustra foi revisora do livro escrito por ele, A Verdade Sufocada.
O presidente disse que ela é uma mulher que tem “histórias
maravilhosas” para contar sobre presidiárias em São Paulo “envolvidas
com a guerrilha”. “Tudo o que ela fez no tocante ao bom tratamento a
elas, a enxoval, dignidade, parto. E conta uma história bem diferente
daquela que a esquerda contou pra vocês. Tem um coração enorme. sou
apaixonado por ela”, declarou Bolsonaro. [recomendamos também o livro do coronel Ustra, 'Rompendo o Silêncio' - os dois livros são dignos de leitura atenta e releitura.]
O
presidente disse, em um primeiro momento, ter dito “muito contato” com
Ustra. Depois, se corrigiu, afirmando ter tido “alguns contatos” com o
militar enquanto estava vivo. “(É) um herói nacional, que evitou que o
Brasil caísse naquilo que a esquerda hoje em dia quer. A história, a
verdade, acabei de botar no meu Facebook. A definição da Comissão da
Verdade que dei, em 2014. Vale a pena assistir, na tribuna da Câmara,
cheia de parlamentares”, destacou.
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