No derradeiro ato da saga de destruição deixada por Dilma o País ainda
terá de assistir ao seu repisar de delírios. Nesta segunda, 29, ela vai
ao Parlamento para dar, de novo, sua versão colorizada dos fatos. A
mandatária afastada fala em golpe, mas estará na tribuna do Senado para
discursar livremente, sem coações ou perseguições, em sessão dirigida
pelo presidente do Supremo Tribunal, compondo lado a lado com os demais
chefes dos três poderes – após esgotadas inúmeras fases de apelações e
arguições de seus defensores. Tudo dentro dos ritos da lei e do estado
democrático de direito. Um contrassenso bizarro que nessas
circunstâncias ela cogite levantar a bandeira de golpe. Mas para Dilma
não importa. Vale a versão, não os fatos.
A detentora de um dos maiores
índices de rejeição de que se tem notícia na história vai reclamar que
81 parlamentares daquela casa congressual não têm o direito de lhe tirar
do cargo outorgado por 54 milhões de eleitores em um colégio de 110
milhões de brasileiros. Deixará de lado, propositalmente, a evidência de
que esse apoio virou pó. Foi dilapidado por ela logo após assumir,
através de um estelionato eleitoral escancarado. Mas para Dilma não
importa. Vale a versão, não os fatos. A ex-chefe da Nação vai dizer que
não cometeu crime algum – “Estão me condenando por algo fantástico, que é
um não crime”, já reclamou a uma plateia de militantes e deve voltar a
repetir na plenária-, como se a prática das pedaladas, pelas quais é
julgada, não estivessem tipificadas na Constituição como crimes de
responsabilidade fiscal. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não
os fatos.
A presidente que já foi retirada há mais de 100 dias do poder
irá propor um plebiscito por eleições antecipadas, mesmo sabendo que não
existe tempo hábil para isso antes do escrutínio de 2018 e que, no seu
íntimo, guarde a convicção de que não levará adiante a ideia, até porque
seu próprio partido PT rechaçou a possibilidade. Mas para Dilma não
importa. Vale a versão, não os fatos. A comandante do Executivo que
tratava os subordinados como meros capachos, tiranizando a relação –
independente das alianças políticas estratégicas que eles representavam
na base de seu governo -, agora tenta intimidá-los, insinuando a pecha
de traidores a muitos deles. É que vários desses antigos colaboradores,
como oito ex-ministros, estarão na votação final, na condição de juízes
do processo que deve condená-la, e já se mostraram favoráveis ao seu
afastamento.
Mais do que ninguém, sabem o que ocorreu de errado
intramuros do Planalto. Foram eles os traídos por um projeto de poder
esquizofrênico, e não o contrário. Mas para Dilma não importa. Vale a
versão, não os fatos. Ao antigo vice e companheiro de chapa, Michel
Temer, ela reserva a pecha de “usurpador golpista”, muito embora seja
dele, por direito, a atribuição de substituí-la, de acordo com os
preceitos legais. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os
fatos. Independente de suas fanfarrices, o impeachment deve se
materializar. Pela esmagadora vontade dos cidadãos, que escolhe seus
representantes, e diante das evidências de malfeitos em profusão, os
senhores senadores estão no dever de depô-la, encerrando uma tenebrosa
etapa de 13 anos de desmandos petistas que arruinaram com a economia e a
hombridade nacionais.
Afinal, a permanecer na toada de esbórnia
administrativa sem limites que Dilma, Lula & Cia. vinham impondo à
sociedade e ao aparato público em especial – na qual as manipulações
contábeis eram apenas um detalhe –, o Brasil logo estaria devastado, sem
chances de salvação. Na exposição de justificativas, nessa segunda, 29,
Dilma pode (como almeja) construir uma narrativa de saída, colocando-se
no papel de vítima. As imprecações que vai cometer, como é de seu
feitio, precisam ser analisadas à luz desse contexto. Tal encenação, no
entanto, não pode lhe livrar do ostracismo ou até mesmo da cadeia mais
adiante, dentro de um desfecho tão esperado como inevitável. Seria o
epílogo ideal, sem ressalvas, do mais irresponsável e aflitivo mandato
presidencial de nossa história, cujo legado todos querem esquecer.
Fonte: Editorial - IstoÉ
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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domingo, 28 de agosto de 2016
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