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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Ação da PM em escola de Ceilândia acende polêmica sobre militarização

Ação dos militares aconteceu, segundo a corporação, para separar uma briga que acontecia no pátio do colégio, durante a formatura geral. A intenção, diz a PM, foi evitar que os estudantes se machucassem

[é notório que o tráfico tem o maior interesse em acabar, antes de começar firme, a militarização das escolas no DF - afinal, os traficantes estarão perdendo um valioso mercado.

Tentarão por todos os meios boicotar o progresso do programa - aliás, que, como tudo que o Ibaneis começa, trava logo, atrasa e só anda para trás.

Isto, infelizmente, já está ocorrendo com o programa de militarização.

Com Ibaneis nada funciona - é só enrolação.]

Para separar uma briga entre estudantes, dentro de uma escola em Ceilândia, um policial militar foi filmado agredindo e imobilizando alunos na quadra de esportes do Centro Educacional 7, na manhã desta sexta-feira (26/4). O colégio é uma das unidades do DF com gestão compartilhada entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), desde 1º de fevereiro. A ação dos profissionais das forças de segurança assustou outros estudantes, que registaram a situação em vídeo. 

As imagens mostram o momento em que um dos policiais arremessa o aluno ao chão. O rapaz permanece deitado e outros policiais conferem se ele está bem. Em outro momento, é possível ver um segundo estudante sendo imobilizado pelo pescoço. A Secretaria de Educação, por meio de nota, disse que os policiais agiram para "evitar que os alunos se machucassem" durante a briga. O texto também informa que o caso será investigado pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), para onde os estudantes foram encaminhados após o ocorrido.
 
A Polícia Militar do Distrito Federal também se pronunciou. Em nota, a corporação disse que a confusão envolveu três alunos, durante a formatura geral, quando um dos estudantes teria pedido aos colegas que "colaborassem com a disciplina". Neste momento os rapazes teriam iniciado a agressão contra o adolescente. Ainda de acordo com a PMDF, diante da situação, o monitor interveio e "deitou por cima do adolescente agredido, que se encontrava no chão, a fim de protegê-lo. Entretanto, os outros dois alunos continuaram as agressões, inclusive contra o policial militar", diz o comunicado enviado ao Correio.
 
Após o horário das aulas, estudantes de diversas turmas se reuniram em frente à unidade em protesto. Aos gritos, os estudantes bradavam "Fora PM". Jovens, que não quiseram se identificar detalharam o episódio. "Eles foram muito violentos. Quando começou a confusão, jogaram o menino no chão. Nunca tinha visto isso. Sei que ele se machucou e outro ainda levou uma cotovelada e saiu sangrando", contou um estudante. 
 
Revoltadas, mães de alunos também compareceram à escola na manhã e início de tarde desta sexta-feira. "Nossos filhos estão aqui para estudar e não para apanhar. Os policiais não podem agir dessa forma. É um absurdo", reclamou uma mãe, que, por medo, também preferiu se manter em anonimato.  
 
Leia a nota da PM na íntegra 

"Foi registrada, na manhã de hoje (26), uma confusão no CED 07 de Ceilândia. Durante uma formatura geral, iniciou-se uma confusão entre três alunos, após um dos envolvidos pedir aos colegas que colaborassem com a disciplina. A partir deste momento, dois alunos começaram a agredir o adolescente.

Imediatamente, o monitor identificou a confusão e na tentativa de apartar e afastar os agressores, deitou por cima do adolescente agredido que se encontrava no chão a fim de protegê-lo. Entretanto, os outros dois alunos continuaram as agressões, inclusive contra o policial militar. 

Em seguida, os outros monitores intervieram na briga e foi necessário imobilizar os agressores. Como da violência resultaram aparentes lesões, os envolvidos serão encaminhados à Delegacia da Criança e do Adolescente"
 
Comissão de Direitos Humanos 
Ainda na manhã desta sexta-feira, membros da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) estiveram no CED 7, após receber denúncias referente à ação militar dentro da unidade. Segundo o presidente da comissão, deputado Fábio Felix, a justificativa da direção da escola e dos policiais para a atitude, considerada excessiva pelo distrital, foi a de "separação de briga entre alunos". [o perigo para o projeto militarização das escolas é grande por parte dos traficantes mas a intervenção da turma dos direitos humanos da CLDF, pode acabar com o programa de vez.
É sabido que turma dos direitos humanos tem sempre uma tendencia de ficar contra as autoridades policiais e contra os HUMANOS DIREITOS.

Vocês podem perceber que o tal deputado Fábio Felix, que não estava presente ao ocorrido, já chegou achando que os policiais tiveram uma atitude excessiva.
Esses parlamentares, especialmente os que são meros terceiros ou quarto suplentes, sempre defendem os bandidos - afinal, para esses deputados tapa falta, ficar contra a polícia sempre pode render um voto, especialmente na periferia.
E as mães desses alunos, criam os filhos sem a menor preocupação em bem educá-los, os deixam à vontade, soltos na rua - criança/adolescente criado solto na rua não costumar dar trabalho aos pais e sim a polícia, muitas vezes ao rabecão do IML - e também já chegam malhando a polícia.]

"A CDH repudia a atitude e informa que adotará todas as medidas institucionais cabíveis, inclusive acionando o Ministério Público para que se manifeste acerca dessa arbitrariedade e grave violação de direitos. A atitude dos policiais e a desproporcionalidade da força aplicada mostram o despreparo das pessoas envolvidas no projeto de militarização do GDF. São cenas deploráveis e inaceitáveis e que atestam a nossa posição de falta de qualquer planejamento e inaptidão dos profissionais que deveriam proteger os estudantes", disse Fábio, em nota. 

No início do mês, a Comissão de Direitos Humanos da CLDF instituiu o Observatório da Militarização das Escolas justamente para colher denúncias sobre a postura de militares dentro das unidades educacionais do DF. "Não aceitamos a atitude violenta, ainda que seja usada como justificativa para conter brigas entre os estudantes", reforça o presidente da Comissão de Direitos Humanos da CLDF .
 
 Correio Braziliense