Venezuelana atira manga em Maduro e é recompensada com apartamento
Presidente entrou em contato com mulher, que vive problema em sua casa atual
Uma mulher que atingiu com uma manga a cabeça do presidente da Venezuela Nicolas Maduro, foi recompensada com a promessa de um novo apartamento para morar. O caso surreal aconteceu no final de semana passado quando o presidente, em uma aparição pública, dirigia um ônibus pela multidão no estado de Aragua. A fruta jogada por Marleny Olivo continha o pedido "Se você puder, me ligue" e um número de telefone. A manga foi exibida pelo presidente em rede nacional. — Marleny Olivo tinha um problema com a sua casa. Ligamos para ela. Ela estava assustada, não acreditava que era verdade. Aprovei um apartamento para você morar, Marleny, como parte da “Grande missão venezuelana por habitação” — disse Maduro, afirmando que vai comer a manga.
A história se tornou viral na Venezuela, motivando elogios e críticas de internautas à atitude de Maduro e gerando piadas. “Se por uma manga estão dando apartamentos, então sabemos o que fazer: jogar um abacaxi nele”, disparou o Dolar Today, site de oposição a Maduro que lista o valor do dólar no mercado negro.Assim como Hugo Chávez, morto em 2013, Maduro recebe dezenas de petições da população durante suas viagens. Esta é a primeira vez que uma delas é entregue numa manga, ao invés de papel. O hábito do governo venezuelano de atender alguns dos pedidos agrada à população mais pobre, mas é criticado por opositores. Maduro frequentemente dá casas, eletrodomésticos ou pensões para venezuelanos pobres.
Ao contrário de Chavéz, porém, Maduro enfrenta um momento de baixa em sua popularidade. De acordo com a pesquisa mais recente do instituto Datanalisis, de abril, cerca de 28,2% dos venezuelanos aprovam o seu governo. O número é metade do apoio que tinha quando se elegeu, mas é uma melhora em relação ao índice do mês anterior, de 24,7%.
A pesquisa mostra ainda que cerca de 45,8% dos eleitores planejam votar na oposição durante as eleições parlamentares neste ano. As crises no fornecimento de alimentos e remédios no país seriam os grandes responsáveis pela queda de popularidade.
Fonte: Reuters