Responsável pelo esquema de proteção dos candidatos à
Presidência da República ao longo da campanha, a Polícia Federal
pretende limitar, neste ano, a segurança para representantes de partidos
nanicos – com menos de cinco parlamentares na Câmara dos Deputados. Nem
todos terão policiais à disposição 24 horas por dia.
A PF já entrou em contato com candidatos para informar sobre o
funcionamento do esquema de segurança. Uma fonte da corporação informou
que será usada a métrica da legislação eleitoral para convite de
debates em emissoras de televisão – candidatos cujos partidos contam com
cinco ou mais parlamentares no Congresso terão “segurança dedicada”, ou
seja, 24 horas e durante toda a campanha. Os presidenciáveis sem essa representação mínima também terão
segurança, mas apenas em ocasiões específicas previamente informadas à
PF. No caso de Marina Silva (Rede), no entanto, será levada em
consideração sua posição nas pesquisas de intenção de votos, o que a
coloca em situação diferente dos nanicos.
Para a PF, o número maior de candidatos ao Palácio do Planalto e a
disseminação de “eventos espontâneos” – como a recepção a políticos em
aeroportos – são os maiores desafios na garantia da segurança dos
presidenciáveis nesta campanha. A atuação da PF na segurança dos candidatos é prevista em lei e
tem como objetivo viabilizar o exercício democrático da escolha do novo
chefe do executivo nacional. Todo o custeio e organização das viagens
para os policiais envolvidos na segurança, inclusive os gastos com
reservas de hotel, é bancado pela própria corporação. Ainda não há
estimativa dos gastos. Inicialmente, cada candidato terá uma equipe com
20 policiais – o número pode ser maior dependendo do local ou risco do
evento. O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, já estava
sendo acompanhado por agentes, ontem, ao chegar à Câmara. A campanha de
Guilherme Boulos (PSOL) disse à reportagem que ainda não decidiu se vai
pedir a proteção pessoal da PF.
O ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) disse à reportagem que ainda
está pensando se utilizará os serviços da PF. O PDT avalia a situação do
presidenciável Ciro Gomes. A assessoria de Marina afirmou que vai
acertar com a PF como será o esquema. A assessoria de Alvaro Dias (Podemos) confirmou que o
candidato terá proteção pessoal. Já a campanha do PT informou que não
foi comunicada oficialmente pela PF e não tem posição definida. A
reportagem não obteve resposta de Geraldo Alckmin (PSDB).
Colaboraram FELIPE FRAZÃO, RENAN TRUFFI e MARIANA HAUBERT.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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quarta-feira, 8 de agosto de 2018
PF vai limitar segurança de candidatos à Presidência
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